Christos Th. Bokoros / Centro Cultural de Cascais

A afinidade entre pessoas, valores e culturas, acima das fronteiras geográficas e linguísticas, converte-se na essência da obra de Christos Bokoros, considerado o pintor de vanguarda da atualidade e com mais prestígio no campo da intervenção no pensamento grego contemporâneo, que reforça a crença de que a Europa é uma composição das obras dos seus povos.

Eis a exposição “Christos Th. Bokoros – No caminho da essência” que, depois do Museu Benaki, em Atenas, está patente, a partir de 7 de março até 24 de maio, no Centro Cultural de Cascais, sob a égide da Embaixada da Grécia em Lisboa, no contexto da presidência grega da União Europeia. Ao todo são 26 obras de grande formato sobre tábuas velhas e tecidos gastos cuja preparação segue a tradição dos pintores bizantinos, traduzindo uma linguagem pictural mui característica do pintor grego que expõe, pela primeira vez, em Portugal.

Sobre a sua obra, Christos Bokoros começa por explicar que a sua pintura é um “exercício de autognose”, que “começou por reflectir a minha relação com as minhas origens e, depois, a História como vivência. Mais recentemente, ocupa-me a ideia da medida do Homem. É uma reflexão sobre uma prosperidade austera, aquilo que é absolutamente fundamental na vida. Como sermos inteiros, libertos do supérfluo”.
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Foto de abertura: “Trasladação da democracia” (2009) / óleo e pano sobre 280 placas de madeira de cedro / 294×420 cm