Angélique Kidjo: EVE / Gulbenkian Música

Em novembro falemos de música para dezembro: Angélique Kidjo, que nos apresenta um dos seus álbuns assim – “Eve é dedicado às mulheres de África, à sua resistência e à sua beleza…Estas mulheres têm tão poucos bens materiais e, no entanto, o seu sorriso faz desaparecer qualquer tipo de pena. Enquanto formos fortes, avançaremos com dignidade.

A cantora, compositora e Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF Angélique Kidjo é uma das artistas mais arrebatadoras no mundo da world music de hoje. Nomeada quatro vezes para os Grammys, recebeu o prémio Melhor Disco do Ano da World Music pelos álbuns “Djin Djin” (2008), “Eve” (2015) e “Sings” (2016), distinções que salientam a excecionalidade da sua música, que explora as relações entre culturas musicais diversas, dos ritmos tribais e pop que herdou do oeste africano a todas as contaminações com outros géneros como o funk, a salsa, o jazz, a rumba e muitos outros. “A música é para mim, antes de mais, a única forma de arte que liga o mundo inteiro”, afirma Kidjo.

Afirmada como a “primeira diva de África”, segundo a Time Magazine, ou ainda a “rainha incontestada da música africana”, como a descreve o Daily Telegraph, Kidjo apresentará em Lisboa, a 01 de dezembro pelas 21h00, o álbum “Eve”, uma homenagem à sua mãe, Yvonne, e a todas as mulheres africanas. Neste álbum, a música “Bomba” explora a questão do orgulho que as mulheres africanas têm nas suas roupas tradicionais, “Kulumbu” sugere que a opinião das mulheres deve ser tida em conta nas negociações de paz, já que são elas que mais sofrem durante a guerra; “Cauri” denuncia o casamento forçado, com uma jovem que lamenta o facto dos pais terem determinado o seu par, e em contraste, “Hello” aborda a felicidade de um casal apaixonado. O álbum Eve foi lançado pela editora 429 Records e subiu para o topo das tabelas de world music nos E.U.A., Reino Unido, França e Alemanha.

Em palco terá Angélique Kidjo na voz, Dominic James na guitarra elétrica, Ben Zwerin no baixo elétrico, Magatte Sow nas percussões africanas e Yayo Serka Mimica na bateria. Um concerto a colocar na sua agenda e a não perder no Grande Auditório da Gulbenkian. •

+ Gulbenkian Música
© Fotografia: DR.

Partilhe com os amigos: