Desengane-se quem julgue estar perante um manifesto ou a uma ode ao feminismo. É, antes pelo contrário, o aplaudir de um trabalho marcante de 16 mulheres na região associada ao vinho baptizada, em Setembro de 2008, com o nome do maior rio que atravessa o nosso país e que bem merece um brinde.
João Silvestre, director geral da CVR Tejo
Produtoras e enólogas dos Vinhos do Tejo juntaram-se, em Lisboa, para celebrar o Dia da Mãe neste mês em que se assinala do Dia da Família a convite da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo). O encontro teve lugar no restaurante Mãe – Cozinha com Amor, nome sugestivo, escolhido a preceito para cada mulher se apresentar, contar a história da empresa e pôr à prova um vinho seu.
MINOC corresponde ao apelido invertido Conim de Rita cujo projecto pessoal é uma “edição limitada”
Rita Conim Pinto, produtora e enóloga da MINOC. Ao ler com atenção, verifica que o nome da empresa é o apelido do meio de Rita escrito de frente para trás. É também “o concretizar de um sonho, um projecto pessoal de edição limitada” desta alentejana nascida em Estremoz que se apaixonou por Santarém, cidade onde estudou, e decidiu por lá ficar.
Não tem adega nem vinhas. Tem, isso sim, protocolos com produtores da região cujas uvas brancas colhidas na zona do campo (área de produção da Região Vitivinícola do Tejo com solos férteis resultantes das inundações periódicas das águas do rio) são escolhidas para o seu branco – para o tinto, as uvas são vindimadas na zona do bairro (localizado na margem direita do rio, imediatamente a seguir ao campo e onde prevalecem os solos argilo-calcários e os xistosos).
A título de exemplo, Rita Conim Pinto levou a colheita de 2016 do MINOC branco feito a partir das castas Arinto e Fernão Pires, um vinho de veraneio perfeito para acompanhar peixe e marisco, graças à frescura e ao toque de acidez na boca, além de um final prolongado. Há apenas quatro mil garrafas. A primeira colheita é de 2015, a terceira é de 2017 com entrada prevista para Junho no mercado vínico.
Na ausência de Mariana Cândido, a Quinta da Ribeirinha fez-se representar por este Vele de Lobos branco 2016
Mariana Cândido é produtora e sócia-gerente da Quinta da Ribeirinha, em Póvoa de Santarém, empresa familiar de Póvoa de Santarém, na zona do Bairro Ribatejano e que envolve três gerações: o avô, José Cândido, patriarca dedicado à cultura da vinha e do vinho; o pai, Joaquim Cândido, que impulsionou o negócio com aumento da área de vinha e a construção de uma adega; Mariana e Rui Cândido, o irmão, com quem partilha a gestão. A enologia está nas mãos de César Machado, o responsável pelo Vale de Lobos branco 2016, um vinho monovarietal de Fernão Pires que reuniu consenso à mesa.
O enoturismo nesta propriedade de 60 hectares é outro dos dos trunfos. Além do restaurante e da sala de provas de vinho e azeite, está previsto um projecto de turismo rural para 2019.
A aposta no enoturismo está a caminhar a passos largos na Quinta da Badula de Élia Vitorino Marques
Élia Marques Vitorino é produtora da Quinta da Badula, em Arrouquelas, no concelho de Rio Maior, projecto familiar nascido em 2007. O porquê do nome advém do apelido do antigo proprietário que se chamava Badula e de uma família de flores, daí o logótipo alusivo a esta espécie dentro da flora. A primeira parcela de vinha foi implantada logo no início deste projecto.
Em 2012 foi a vez dos vinhos entrarem no mercado. António Ventura é o enólogo consultor. Em cima da mesa esteve o Badulha Colheita Seleccionada branco 2016 feito com Arinto e Alvarinho num total de 6.700 garrafas. Ambas as castas foram vinificadas e submetidas à fermentação (em barricas de carvalho francês durante 90 dias) ao mesmo tempo.
Sobre o enoturismo, Élia Marques Vitorino fez questão de sublinhar a aposta na área do enoturismo: “Estamos a construir sala de provas e uma loja gourmet.”
Márcia Farinha, da Quinta da Alorna, substituiu a enóloga Martta Reis Simões e falou sobre o vinho levado à mesa do restaurante Mãe
Martta Reis Simões é a enóloga da secular Quinta da Alorna, em Almeirim, entre o campo e a charneca (situada a Sul do rio Tejo, onde predominam os solos arenosos e menos férteis). Fundada em 1723, esta propriedade está nas mãos da quarta e quinta gerações da família Lopo de Carvalho. Palco de episódios que ficaram para a História de Portugal, é de convir escrever sobre D. Leonor de Almeida Lorena e Lencastre (1750-1839), a quarta Marquesa de Alorna. Durante o seu período de clausura em Chelas aprendeu a falar cinco línguas e denotou grande interesse pela literatura e a pintura. Após o regresso à Quinta da Alorna, esta propriedade passou a ser paragem obrigatória para ilustres nomes ligados à cultura e à arte, tendo criado também a primeira escola para mulheres na região.
A mesma Quinta da Alorna é, hoje, palco de um universo vitivinícola que não prescinde de Martta Reis Simões que se dedica a este projecto desde 2003. Em 2010 passa a responsável por todos os vinhos produzidos com as vinhas dos 220 hectares de vinha da propriedade, como o Marquesa de Alorna Grande Reserva branco 2015, um DOC do Tejo para harmonizar com carnes brancas e peixe.
Padre Pedro Reserva branco 2016, da Casa Cadaval, foi apresentado por João Silvestre na ausência de D. Teresa Schönborn
D. Teresa Schönborn, Condessa de Schönborn e Wiesentheid, é o rosto da quadricentenária Casa Cadaval, em Muge, no concelho de Santarém. Com cinco mil hectares de vinha e de campos cultivados entre as zonas de campo e de charneca, esta casa é uma das maiores vinícolas da Região dos Vinhos do Tejo.
Graças à envolvente paisagística e à forte aposta no enoturismo, a Casa Cadaval disponibiliza provas de vinho e visitas à adega, passeios pela propriedade, observação de aves, actividades equestres, entre outras acções, em programas pré-definidos.
Até lá, prove o Padre Pedro Reserva branco 2016 – distinguido com a Medalha de Prata, no IX Concurso de Vinhos do Tejo, realizado em Março deste ano – feito a partir das castas Arinto e Viognier, perfeito para os dias mais soalheiros do ano, já que combina com carnes brancas, peixe e marisco.
Joana Silva Lopes levou o medalhado Falcoaria Vinhas Velhas branco 2016 da Quinta do Casal Branco
Joana Silva Lopes, enóloga residente do Casal Branco (leia a reportagem aqui), quinta bicentenária em Almeirim. Recentemente galardoada com o prémio “Enólogo do Ano” (a mesma distinção foi atribuída a Manuel Lobo Vasconcellos, o enólogo da mesma casa) no IX Concurso de Vinhos do Tejo, Joana Silva Lopes há muito que denota experiência no mundo vitivinícola, dado que a sua família produz vinho há mais de três gerações. À prática apreendida no mundo vinícola juntou o curso de Agronomia, com especialização em Viticultura e Enologia, pelo Instituto Superior de Agronomia. Segue-se o Alentejo e, já fora de portas, a Austrália, o Chile e África do Sul, até regressar ao Alentejo e abraçar o projecto de enologia na Quinta do Casal Branco.
Daqui levou à prova o Falcoaria Vinhas Velhas branco 2016, um dos vinhos deste produtor contemplado com a Medalha de Excelência e Medalha de Ouro no referido concurso. Segundo a enóloga, a Fernão Pires, casta com que é feito este néctar, foi colhida de uma vinha de 67 anos. “Temos uma das vinhas mais velhas do Tejo”, frisou Joana Silva Lopes. Esta é plantada em solos arenosos com uma camada de argila branca e está localizada na zona da charneca. A fermentação ocorreu em cubas de cimento revestidos com epóxi.
Verónica Pereira apresenta o primeiro rosé da Sociedade Agrícola Casal do Conde da colheita de 2017
Verónica Pereira, enóloga. Tem 26 anos, é licenciada em Engenharia Alimentar pela Escola Superior Agrária de Santarém. Conquistada pela viticultura e a enologia, decidiu estagiar na Casa Cadaval, seguindo-se a empresa Enoport e, por fim, a Sociedade Agrícola Casal do Conde, onde permanece desde 2017.
A história do Casal do Conde começa no início do século XIX. Fundada por Manuel Henriques é considerada, actualmente, como umas das maiores produtoras de vinho da Região Vitivinícola do Tejo. Em 2016 foi adquirida pela Casa Agrícola Faia & Filhos e o administrador é António Manuel Faia. Dos 137,5 hectares de terreno, 150 são ocupados por vinha, que se estende entre o campo e o bairro. A adega está localizada junto a Porto de Muge, no concelho do Cartaxo.
Para a prova, Verónica Pereira levou o Casal do Conde rosé 2017, o primeiro rosé deste produtor ribatejano. A casta eleita para este vinho é a Touriga Nacional, da qual foi extraída a lágrima. O estágio ocorreu em cubas de inox e foi engarrafado há dois meses. Há apenas 6.000 garrafas deste néctar que harmoniza com o Verão.
Sílvia Canas da Costa trocou a arquitectura pela arte e a cultura do vinho na Quinta da Lapa
A passagem para os vinhos tintos começou, subtilmente, com Sílvia Canas da Costa, produtora da tricentenária Quinta da Lapa. Adquirida no início do século XVIII por D. Lourenço de Almeida, familiar do fundador da Quinta da Alorna, no concelho da Azambuja, esta propriedade é novamente comprada, desta vez, por José Guilherme da Costa, em 1989. Na década de 90, a filha, Sílvia Canas da Costa, executa o projecto de reabilitação da quinta. Em 2011 abriram-se as portas do Quinta da Lapa Wine Hotel. Na mesma altura, Sílvia Canas da Costa troca a arquitectura pelo mundo vinícola.
À mesa do Mãe apresentou o novíssimo Clarete 2017. É um tinto leve feito a partir da Castelão (casta tinta) e da Trincadeira das Pratas (casta branca). A utilização das duas variedades de uva tem uma explicação: a “fórmula” deste vinho, comummente produzido, em tempos idos, entre Ourém, Alcobaça e Santarém, fora deixada pelos Monges de Cister, para quem este néctar representada o “sangue de Cristo”. A produção desta referência ascende a 6.600 garrafas. O rótulo, de linha retro, é assinado pela produtora.
Chimene Geitoeira está na área da enologia há mais de duas décadas, dos quais 13 registam a SIVAC no seu currículo
Chimene Geitoeira é formada em Indústrias Agro-Alimentares e licenciada em Ciência e Tecnologia dos Alimentos pela Escola Superior Agrária de Santarém. Trabalha na área da enologia há 23 anos e é responsável pela produção de vinhos da SIVAC desde 2005.
A SIVAC (Sociedade Ideal de Vinhos de Aveiras de Cima) foi fundada em 1974 e em 2008, com a construção da nova adega – já depois de ter investido em novas instalações em Abril de 2005 –, passou a Sociedade Anónima. Um dos vinhos desta produtora da Região Vitivinícola do Tejo é o Canto da Vinha tinto 2017 composto pela dupla de castas tintas Aragonês e Syrah. Um néctar de cor granada, muito aromático. É um vinho jovem – foi engarrafado em Janeiro de 2018 – e tem “uma boa acidez, que também se torna suave, com taninos equilibrados”.
Teresa Nicolau, da Casa Agrícola Solar dos Loendros, levou um vinho tinto produzido em homenagem ao mordomo das tradicionais Festas dos Tabuleiros de Tomar
Teresa Nicolau é a enóloga responsável da Casa Agrícola Solar dos Loendros. Iniciou a sua formação académica na Escola Superior Agrária de Santarém, de onde saiu com Mestrado, seguindo-se a carreira na enologia, em 2001.
A Casa Agrícola Solar dos Loendros foi fundada, em 1995 e está sediada em Tomar. Um dos sócios fundadores desta empresa é Diamantino Ferreira que, já na altura, iniciou o investimento nas infra-estruturas e no equipamento necessários para a produção vínica. A reconversão das vinhas – de 22 hectares e que ocupam solos argilo-calcários –, foi outro dos passos importantes na área da viticultura e pela preservação das castas tradicionais da região.
Já à mesa do Mãe, Teresa Nicolau mostrou O Mordomo tinto 2014, feito a partir de Touriga Nacional, é uma homenagem ao mordomo da célebre Festa das Tabuleiros, em Tomar. No nariz sobressaem os aromas de frutos vermelhos bastante maduros. Na boca destacam-se os taninos redondos devido ao estágio em barrica de segundo ano.
Anca Martins falou acerca da sua Adega Casal Martins com este tributo prestado à Terra dos Templários pela qual se apaixonou: Tomar
Engenheira e enóloga, Anca Martins, nascida na Roménia, é produtora de vinhos desde 2013. O projecto criado dentro deste universo é a Adega Casal Martins, na freguesia dos Casais, em Tomar, “a cidade que me escolheu”, afirmou aquando da apresentação de Castelo Templário tinto 2016, “vinho de uma colheita seleccionada” e feito a partir das castas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Castelão. Esta última foi vindimada em vinhas velhas. A produção resultou em cerca de 2.600 garrafas.
A Adega Casal Martins tem apenas dois hectares de vinha, daí a necessidade de alugar outras na região, e um portefólio constituído por três marcas. A primeira marca criada foi Cave do Gira, em homenagem à cave do marido; a segunda é D. Ana.
Rita Vidal representa a quinta geração da Quinta do Casal das Freiras, pela qual mudou de malas e em família para a freguesia de Madalena, no concelho de Tomar
Rita Vidal é professora mas, em 2017, decidiu “voltar à quinta onde fui muito feliz na minha infância”. Desde então, tem vindo a acompanhar mais de perto o trabalho nas vinhas e na adega. É responsável pelas áreas de enoturismo e comercial do Casal das Freiras, na freguesia da Madalena, concelho de Tomar. Criou programas e circuitos pela vinha, abriu portas de uma loja de venda ao público onde se pode provar o vinho “da casa” e escolheu a designer Rita Rivotti para (re)desenhar os rótulos (leia a reportagem aqui).
Na apresentação, a produtora escolheu o Casal das Freiras Reserva tinto 2015 com Aragonês e Cabernet Sauvignon – deste último há também um lote de uvas proveniente de vinhas velhas. O estágio deste vinho ocorreu em barrica por seis meses, o mesmo tempo em que permaneceu em garrafa – são 6.600 no total – antes de ser lançado para o mercado. Este ano juntaram um rosé ao portefólio vínico e haverá, em breve, um branco da casta Arinto de uma vinha alugada.
A aposta no modo biológico na vinha e no vinho foi explicada numa súmula pela enóloga Alexandra Mendes
Alexandra Mendes é enóloga há duas décadas, ofício esse em que muito aprendeu com o também enólogo João Melícias. É formada em Engenharia Alimentar pela Escola Superior Agrária de Santarém e, em 2005, foi para a Sociedade Agrícola do Alveirão. Pertencente à família Faria Vieira que, desde o século XIX, se dedica à produção de vinho na aldeia de Chícharo, no concelho de Tomar. Em 2000, a adega foi submetida a uma reviravolta… ao que parece, para melhor.
Nesse ano, os cinco irmãos, filhos dos proprietários, resolveram continuar o projecto dos pais, aproveitando o potencial do clima, do solo e de quem trabalha na Adega do Alveirão. “Até 2012 a vinha de Touriga Nacional permaneceu em modo biológico. A partir de então, e de acordo com as normativas da União Europeia, o vinho também passou a biológico”, explicou Alexandra Mendes. No total são 18 hectares de vinha, que se divide em 16, para as castas tintas, e o restante para as brancas. Mas o tamanho da vinha irá aumentar em breve.
Já na adega, “a política da casa é mexer o mínimo possível no vinho”. Sobre o Maximo’s Grande Escolha tinto 2013, um monocasta de Touriga Nacional, falou-nos de que ainda não se encontra à venda no mercado. Mesmo assim, frisou de que se trata de uma marca pouco conhecida em Portugal, “porque a aposta foi sempre o mercado internacional, sobretudo França e Alemanha”.
A enóloga Antonina Barbosa falou acerca da mudança decorrida na Falua, onde permanece há 14 anos
Antonina Barbosa começa a sua carreira na Escola de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, em 2002. Era então investigadora na área do vinho. Em 2004 assume o papel de enóloga da Falua e, em 2010 acumulou esta função com a do projecto da Região dos Vinhos Verdes do grupo. Agora é enóloga consultora na Falua, empresa fundada em 1997, em Almeirim, pelo reconhecido produtor João Portugal Ramos pertence, desde 2017, a uma empresa francesa, o Grupo Roullier.
Para o restaurante Mãe, Antonina Barbosa levou o Falua Reserva Unoaked tinto Touriga Nacional 2015, “um ano extraordinário, com uma concentração incrível”. Foi engarrafado a meio de Abril deste ano e, “dentro dos próximos meses, sairá para o mercado”. É aguardar.
Margarida Falcão Rodrigues divide o papel de produtora da Quinta da Coelheira com o marido
Margarida Falcão Rodrigues é licenciada em Engenharia Agro-Industrial e Mestre em Ciência e Engenharia dos Alimentos pelo Instituto de Agronomia. Desde o seu casamento com Nuno Falcão Rodrigues, proprietário e enólogo no Casal da Coelheira, decidiu aprofundar os seus conhecimentos na área alimentar e passou a leccionar na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. A partir de 2010 passou a dividir a enologia e as áreas de marketing e comercial com o marido. Por essa mesma razão, é produtora da Quinta da Coelheira, localizada junto à vila do Tramagal. Por aqui, as vinhas ocupam uma área de 64 hectares dos cerca de 250 de solos predominantemente arenosos.
Casal da Coelheira Private Collection tinto 2015 é o vinho feito com Touriga Nacional e Alicante Bouschet (as castas foram divididas em partes iguais) e a terceira colheita desta marca. Foi também este o terceiro vinho a conquistar a Medalha de Excelência do IX Concurso de Vinhos do Tejo.
Luísa Paciência deu a conhecer o primeiro Moscatel da Casa Agrícola Paciência
Luísa Paciência fechou este ciclo feminino da Região Vitivinícola do Tejo com um Paciência Moscatel DOC 2016, feito a partir da casta branca Moscatel Graúdo (distinguido com Medalha de Prata no IX Concurso dos Vinhos do Tejo), a homenagear a paciência, uma das maiores virtudes de todas as mães do mundo! Este néctar foi engarrafado em Setembro de 2017 e totaliza uma produção de cerca de nove mil litros. É uma experiência nova na Casa Agrícola Paciência cuja antiga adega está localizada no centro de Alpiarça. As vinhas estão todas em terras férteis da zona do campo.
De volta a Luísa Paciência, esta mulher representa a quarta geração da família Paciência cuja história é indissociável à vinha e ao vinho desde há cerca de 200 anos. A formação em Agronomia no Instituto Superior de Agronomia, situado na Tapada da Ajuda, em Lisboa levou-a a dar continuidade a este projecto familiar para o qual tem contado com o apoio de Luís Guimaraes, o enólogo a adega Paciência.
Trocado por números
Vista para o rio Tejo visto do terraço da Casa-Museu Passos Canavarro, em Santarém
A Região Vitivinícola do Tejo atravessada pelo Tejo em redor do qual é traçado o perímetro que a delimita. Em vinha totalizam-se 12.500 mil hectares e, em vinho, o resultado é 60 mil milhões de litros pofr ano. A casta principal é a Fernão Pires e representa 30 por cento do encepamento feito nesta região. Nas tintas predominam as castas Castelão e Trincadeira.
O peso da exportação é de 35 por cento e os principais destinos fora de portas são a Alemanha, a Polónia e o Reino Unido, na Europa, bem como o Brasil, os Estados Unidos da América e a China. Dentro de portas, o primeiro trimestre de 2018 registou um aumento de 26 por cento no volume de vendas na soma dos resultados da distribuição e da restauração.
Agora é ir ao Mãe – Cozinha com Amor para se deliciar com os peixinhos da horta e o wrap de rabo de toiro ou não fosse a rapaziada deste restaurante ribatejana de gema. A sopa de pedra de bacalhau é outra das especialidades deste restaurante, assim como a tábua de carnes para gente rija. O restaurante está de portas abertas de terça-feira a sábado, das 12 às 15 horas e das 18.30 e as 23 horas; ao domingo o horário é das 12 às 15 horas, no n.º 92B, da Rua Dona Estefânia, em Lisboa.
Depois há que brindar e… bom apetite! •