Cidades da Noite Vermelha é um daqueles romances que mistura, de forma muito descritiva e real, temas tão polémicos, como sexo, drogas, exploração sexual, violência, numa linguagem muito visceral, crua.
Não é de desconhecimento público que William Burroughs era um consumidororegon football jerseys uberlube luxury lubricant nike air jordan 1 elevate low blundstone uomo OSU Jerseys sac petite mendigote blow up two person kayak OSU Jerseys borsa prima classe johnny manziel jersey yeezy shoes under 1000 stetson casquettes decathlon bmx dallas cowboys slippers mens custom stitched nfl jersey bastante ativo de substâncias alucinogénias, nomeadamente ópio, e que muitas das suas obras foram escritas sob a influência desta droga. A sua vida pessoal ficou inclusive marcada por um episódio violento – o escritor matou acidentalmente a sua mulher, Joan, quando, bêbedo, tentou recriar o episódio de Guilherme Tell. E foi este momento que o fez ser escritor, como uma forma de fugir à vida real.
Esta fuga é bem evidente neste livro, agora reeditado pela Quetzal, onde se cruzam duas histórias: uma, passada no séc. XVIII, que tem como ponto de partida uma viagem de navio que leva os seus tripulantes a um novo mundo, regido sob os princípios integrados nos “Artigos”, de James Mission. A outra parte deste livro suge num tempo mais recente, séc. XX, quando um detetive privado – Clem Snide, uma personagem presente em vários dos seus romances e que deu origem ao nome da banda norte-americana homónima – tenta desvendar o mistério por detrás da morte de um jovem assassinado.
Mas o livro é constituído por muitas outras histórias e tantas outras personagens. Não é um livro com princípio, meio e fim, onde tudo tem a sua sequência lógica. Há momentos em que vai perguntar: “Mas quem é esta personagem? De onde veio?”.
Mas esta é também a sua riqueza maior: é um livro para se dedicar com tempo, com concentração. É perturbador, revelador, denso, quase maldito na forma como descreve os momentos sexuais – a homossexualidade de Burroughs aqui assumida em pleno – as mortes, até mesmo os momentos em que as personagens consomem droga.
E, como tudo que evoca o lado mais ‘proibido’ da vida, é uma tentação.