Porque há quem considere a cozinha uma arte, do Fusing Culture Experience sobressai a arte de cozinhar que, ao longo de três dias, aguçou o palato e o olfato de gourmands de todas as idades.
Música, desporto, artes… e gastronomia. Eis os ingredientes do cartaz da 2.ª edição do Fusing Culture Experience, que decorreu na Figueira da Foz, entre os dias 14 e 16 de agosto, com destaque para um menu composto por sabores da terra, comida saudável e experiências dedicadas aos mais novos proporcionados por quem bem conhece o ofício da cozinha.
Com uma área de mil metros quadrados ao ar livre, o cooking lounge, o espaço mais verde do interior do recinto do festival, esteve sempre vigiado pelos olhares atentos de uma plateia de curiosos, atraídos pelos cheiros e pelas cores dos pratos. E pela criatividade. É por isso que Ana Simões, coordenadora da Gastronomia do Fusing, considera “a gastronomia uma arte, que completa o ciclo das áreas” representadas no festival. “Fazer um prato acaba por ser um processo criativo, uma forma de expressão”, justifica.
Comecemos pelas duas competições de chefs de fazer crescer água na boca. A primeira, realizada no segundo dia do evento, juntou a chef transmontana Justa Nobre, ícone da cozinha portuguesa, eleita “pela notoriedade que já tem no mundo da gastronomia e pela tradicionalidade dos pratos que elabora”, que cozinhou uma cataplana de bacalhau, a Pedro Peixoto, o chef com formação em design de comunicação que mostrou como se fazem suas empadas Bem Boas.
O segundo frente a frente pôs à prova um chef adepto dos sabores mediterrânicos, Vítor Esteves, e Domitília Simões, membro da organização do Fusing, cuja paixão pela gastronomia está-lhe no sangue e que, “na hora, concretizou o desafio e surpreendeu pela positiva o nosso público”, revela a filha e coordenadora da gastronomia do evento. “Só tenho a agradecer à minha mãe que, teve de aceitar o desafio, sem qualquer preparação prévia e, nesse dia, fez aquilo que faz todos os dias: apoiar-me incondicionalmente. Assim que chegou ao palco gastronómico deixou escapar ‘o que é que uma mãe não faz pelos filhos’.” Portanto, “se temos boas raízes aqui, temos de as mostrar”, continua Ana Simões.
A aposta na matriz do festival não ficou por aqui. Inês Mendes (a.k.a. Ginja), do blogue Ananás & Hortelã, animou o palato dos festivaleiros ao início da tarde do dia 15. Na lista das “suas” cidades, a escolha recaiu na catalã Barcelona e, claro, na Figueira da Foz, esta representada pela sardinha no paté e pelo mexilhão com crosta de broa à Bulhão Pato, enquanto a primeira se reviu nas tapas e no gaspacho de tomate, morango e manjericão. Uma fusão de sabores coordenados com a cozinha saudável de que se rege a gastronomia do Fusing: “Todos usam ingredientes de qualidade, para cozinhar pratos saudáveis.”
Registo confirmado no showcooking de Célio Cruz, do blogue Sweet Gula, que cozinhou com ervas aromáticas, e de Naida, do blogue Frango do Campo, que partilhou a receita do seu gaspacho, ambos a 14, assim como no de Isabel Zibaia Rafael, do blogue Cinco Quartos de Laranja, cujo prato elaborado coube ao frango e à quinoa o protagonismo, no último dia do evento. Na tarde do dia anterior, Mafalda Pinto Leite marcou presença com um workshop que reuniu pais e filhos, para aprenderem como se faz um batido simples e com os melhores ingredientes.
No alinhamento das tendências, o palco gastronómico acolheu ainda um workshop de Sushi & Gin, uma prova cega de vinhos, cozinha vegetariana, cocktails clássicos moleculares, bem como a cozinha e os cocktails moleculares.
Para quem faltou à chamada, saiba que para o ano há mais. •
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