Brass Wires Orchestra apresentam o seu álbum de estreia: “Cornerstone”. Sonoridades com influências bem sentidas que nos despertam a atenção e nos prendem o ouvido.
Com apenas dois anos de existência, o grupo português de orquestra folk, Brass Wires Orchestra, já marcaram presença em vários palcos internacionais, como o Hard Rock Calling em 2012, Hyde Park (Londres), e nalguns dos principais festivais nacionais como o Optimus Alive. Uma banda com influências bem sentidas de Beirut ou Mumford & Sons e até traços de Fleet Foxes (tudo boa gente, com um estilo transversal a todos). Se ouvir o single, aqui, entenderá a nossa conversa e perceberá que são influências que os torna originais, donos da sua sonoridade. Formada pela mão de Miguel da Bernarda (vocalista), em 2011, em Lisboa, o que começou por ser levado na ligeireza cedo se tornou sério com elogios a caírem no regaço. De “covers” partiram para criar originais seus, tendo lançado no passado mês de junho o seu primeiro álbum de originais, “Cornerstone”, gravado nos Black Sheep Studios por Makoto Yagyu (PAUS) e Fábio Jevelim (PAUS), masterizado por Frank Arkwright (responsável pela masterização também do álbum Neon Bible, dos Arcade Fire) nos Abbey Road Studios, em Londres. Um sexteto que aqui vos lembramos que vale a pena descobrir e ouvir.
“Cornerstone”, composto por 10 temas originais, arranca com uma limpeza da alma “Wash My Soul” que nos leva a “Tears of Liberty” um single no ouvido de muitos que arranca num ritmo forte, acelerado, para se tornar mais sereno quando a voz nos confessa os trilhos desencontrados de amor(es) “I wish I had a map/ Telling me where to look for love (…) I’ll die before I marry/ It’s too late you see/ To find someone bad enough like me“. Lírica com música de cenário instrumental preenchido onde todos vivem por igual e um banjo que nos chama. Com toada mais serena, ditada pelas cordas que a este grupo pertencem, rumamos a “The Lost King” que ganha volume a meio, num rufar seguro. “People & Humans” e o que todos procuramos – “Love Someone” que, quando acontece, é o reflexo da música “you’re going to dance tonight away,… Cos you’re feeling happy“. A sonoridade traçada por Brass Wires Orchestra, para esta estreia de originais, é estável, não tem composições descontextualizadas, cada música faz parte deste álbum, num alinhamento coeso. “Finders Keepers” leva-nos a “Anchor” que há que lembrar o “Time“, temos de ter tempo para ouvir este trabalho e, o tempo, cura e acalma “And time will real your broken heart, dear.(…). I’ll stay, till the end of time/ Until I stop breathing“. Sim, há um tema de predomina, junto com o estilo folk, a entrega a um amor, amores e desamores. A uma música do final deste alinhamento, “Prophet Child” no mote certo para o que somos, de verdade, “The Life I Chose” – “The only road I choose to walk is my own” – letra a preceito para uma banda que traça um caminho seu, com composições saídas de sua pena. Um
E porque quando se fala de sexteto crê-se necessário enumerar a trupe que constitui os Brass Wires Orchestra: Miguel da Bernarda (voz, guitarra acústica); Afonso Lagarto (banjo, guitarra elétrica, ukelele, coros), Rui Gil (trompete, flüglhorn, coros), José Valério (saxofone tenor, saxofone barítono, coros), Nuno Faria (contrabaixo), José Vasconcelos Dias (piano de cauda, piano elétrico – fender rhodes, órgão – hammond, glokenspiel), António Vasconcelos Dias (bateria, percussão), convidados especiais – Tiago Rosa (violoncelo), Fernando Sá (violino), Bruno Pascoal (eufónio), Tomás Alves (acordeão). Este álbum de estreia pode ser adquirido na plataforma iTunes, na Fnac ou escutado através do serviço de música em streaming Spotify. Também no Spotify, os Brass Wires Orchestra podem ser encontrados através de um perfil oficial através do qual os utilizadores são convidados a seguir as playlists de cada membro dos BWO (Perfil Spotify: brasswiresorchestra). Por fim, tome nota do próximo concerto a realizar-se amanhã, sábado dia 11 de outubro, no Texas Bar, em Leiria. Sons a descobrir e a ouvir. •