E afinal somos todos feitos de hábitos. Sem resistência, deixamos o nosso “O que foi, o que será…” com a Jigsaw.
Depois da longa conversa (aqui), assumimos o “longa” pois tínhamos de bem aproveitar o exclusivo, nós Mutante(s), mais um público restrito, tivemos um momento ímpar com a Jigsaw: um pequeno concerto de apresentação do novo álbum “No True Magic” e a aquisição do novo álbum. Este último trabalho de originais, “No True Magic”, chega até nós com um conceito, ao nosso sentir, ainda mais forte e, ao mesmo tempo, tão delicado – “os termos de aceitação da nossa mortalidade”. Abordam, num alinhamento equilibrado de 11 músicas, “a questão da suspensão da mortalidade” porque em nós, por vezes, a razão pode ceder e levar-nos a um acreditar no insólito “ou no milagre maior da imortalidade”. Imagine o universo da magia, quando lhe é revelado o que está por detrás truque e este deixa de ser magia para se tornar ilusionismo. Junte Samuel Taylor Coleridge que cunhou o termo “willing suspension of disbelief”, o permitir numa leitura “a suspensão do julgamento da implausibilidade de uma determinada narrativa”. É assim que somos convidados a ver mortalidade. E será que, tantas vezes, não deixamos a razão ceder para uma crença viver?
O concerto, imaginem um showcase no aconchego de uma casa particular, numa sala com alma, e têm o nosso cenário envolvente. Foi um pequeno e especial concerto no conforto de uma casa que tão bem nos acolheu, um concerto marcado pela simpatia e humor dos músicos, pela música cativante, pelo som definido, pela luz que a nossa equipa de fotografia desenhou, pelo look estudado dos músicos pelo criativo Carlos Gago, pelo irresistível e delicioso late tea servido pelo Chef Paulo Queirós, temperado com bons vinhos da Friends Castle Wine. Foi um fim de tarde verdadeiramente exclusivo com cinco novas músicas tocadas, em estreia, ao vivo, que nos deixaram a querer ouvir mais, mais do que cinco. Os dois, sem mais companhias, deram um concerto cheio, numa proximidade que lhes é inata com o público convidado. Os dois que rumam agora a outros palcos, em duo ou com a sua trupe “The Great Moonshiners Band”, para vos prenderem num universo de magia e ilusão e da nossa parte, fiquem crentes, a sós ou com “The Great Moonshiners Band”, é banda a terem na mira e a colocarem os seus showcases e/ou concertos nas vossas agendas.
Datas que precisam saber, de outubro, para tomarem nota:
04/10 – 21h30/ Teatro da Cerca de São Bernardo, Coimbra.
11/10 – 17h00/ Fnac Norteshopping, Matosinhos.
12/10 – 17h00/ Fnac Gaiashopping, Vila Nova de Gaia.
26/10 – 15h00/ Fnac Guimarães. 18h00/ Fnac Braga.
29/10 – 23h00/ Associação Cultural Mercado Negro, Aveiro.
31/10 – Clube de Tavira, Tavira.
As datas de novembro e dezembro, mais tarde vos lembraremos porque há muito “o que será…” A tomar nota, a ir. Bons sons nacionais! •