Sabe o que é o Baga@Bairrada?

Há um projeto numa região de vinhos do país que exalta a sua casta rainha, para criar um espumante com assinatura para dentro e fora de portas.

‘Uma Região. Uma Casta. Um Espumante: Baga Bairrada.’ Só o lema diz tudo. Falamos da logomarca, uma ação da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) que, a partir de critérios definidos para a criação de um espumante monovarietal feito a partir da casta Baga, abre caminho a um produto diferenciado com novas regras e uma identidade gráfica própria, a fim de promover a região no país e além fronteiras.

O projeto surge após “dois anos de conversas”, nas palavras de Pedro Soares, presidente da CVB, entre um grupo criado por esta mesma entidade e um corpo técnico de sete enólogos. Ambas as partes têm vindo a definir regras de produção, processos e estratégias de implementação, promoção e divulgação desta ação.

Assim, e para além de Pedro Soares, fazem parte do projeto Baga Bairrada os enólogos Antero Silvano, das Caves Primavera; Francisco Antunes, da Aliança Vinhos de Portugal; João Soares, das Caves Messias; José Carvalheira, das Caves São João, José Carvalheira Vinhos e da Quinta da Mata Fidalga; e Osvaldo Amado, da Adega de Cantanhede, da Quinta do Encontro, da Quinta do Ortigão e da Quinta dos Abibes; e os produtores Luís Pato, da Luís Pato, e António Selas, da Rama & Selas e das Caves Montanha.

Ao centro estão as potencialidades da Baga, a casta predominante da Bairrada, onde a exposição solar e os solos argilosos, “com maior ou menor teor de calcário” – como se lê no site do referido projeto – garantem um processo de amadurecimento preciso desta casta tinta, a partir da qual são feitos vinhos de longevidade, característica que potencia a produção de espumantes brancos, tintos e rosé. Porém, a CVB tem como principal objetivo impulsionar os espumantes Blanc de Noirs Baga Bairrada.

“No fundo, o que queremos fazer é dar valor à região”, afirmou o presidente da CVB por ocasião da apresentação do projeto na Sala Ogival de Lisboa, da Viniportugal, tendo antes abordado os critérios da produção de espumante da região bairradina – percentagem da casta Baga (85 %, no mínimo; o ideal é 100 %), tipologia (intensidade de cor/corante), classificação (teor de gramas de açúcar / litro), acidez total do vinho base e rotulagem (presença da logomarca Baga Bairrada e da data de colheita) – definidos “de acordo com a vontade dos produtores”, continuou. Assim, o posicionamento dos espumantes com assinatura Baga Bairrada encontra-se “num patamar de valorização especial, evitando a guerra de preços e unindo os produtores na criação coletiva de valor para todos e para a região”, de acordo com o comunicado da CVB.

Na apresentação, a iniciativa foi brindada com cinco referências com a assinatura Baga Bairrada cem por cento Baga, das quais três foram criadas de raiz, para exaltar esta nova aposta da CVB. Ao Marquês de Marialva Baga Bairrada 2013, da Adega de Cantanhede, e ao São Domingos Baga Bairrada 2008, das Caves São Domingos, juntaram-se, assim, o Aliança Baga Bairrada Reserva 2013, da Aliança Vinhos de Portugal, o Quinta do Poço do Lobo Baga Bairrada 2013, das Caves São João, e o Rama&Selas Baga Bairrada 2013, da iniciativa conjunta Rama & Selas.

Cinco boas razões para brindar à região da Bairrada, a este projeto, em relação ao qual a CVB acredita na possibilidade de aumentar para um milhão a comercialização de garrafas com o selo de qualidade Baga Bairrada em 2018 e, claro, ao fim de semana que está à porta. •

+ Baga Bairrada

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