Traditional CrEATivity é o tema da 8.ª edição do festival de alta gastronomia do Vila Joya, que celebra os 20 anos da primeira estrela Michelin, os 24 ‘de casa’ do chef Dieter Koshina e os 85 do fundador, Klaus Jung, reunindo 101 chefs de 10 a 15 de novembro, sob o título original: Tribute to Claudia.
Dieter Koschina, chef do restaurante Vila Joya
“Queremos voltar ao início.” As palavras são de Joy Jung, a filha dos fundadores do Vila Joya, Claudia e Klaus Jung que, em 1982, abriram as portas de casa “para outras pessoas”, convertendo-a num hotel intimista, onde a cozinha deveria ter um papel importante, motivo pelo qual a mãe, mulher exigente no que concerne à gastronomia, tenha procurado com diligência um chef à altura, com o intuito de proporcionar experiências memoráveis à mesa.
Eis a essência do festival gastronómico do Vila Joya de 2015 que regressa a terras algarvias: “A homenagem a Claudia Jung, a minha mãe, que tinha uma paixão muito grande pela gastronomia.” E o cruzamento da tradição com a criatividade à mesa, o qual dá o mote para o tema Traditional CrEATivity, uma viagem no tempo que reporta a um “regresso às raízes” interpretado por uma celebração mais intimista, em que “os chefs vêm como amigos, para ficar em casa connosco”, continua Joy Jung. Além disso, a edição deste ano regista menos lugares disponíveis do que os anos interiores – 80 por noite –, uma duração de seis dias, porque “queria mudar um pouco o conceito do festival, para que ficasse mais curto mas, ao mesmo tempo, convidar muitos mais cozinheiros” – 101, ao todo – e um surpresa reservada para 11 de novembro cuja revelação será feita a 21 de outubro.
As razões? Assinalar os 20 anos da primeira estrela Michelin conquistada em 1995, quatro anos depois de Dieter Koschina entrar para a cozinha do Vila Joya, onde permanece há 24 anos, daí a noite destinada ao tributo ao chef austríaco, agendada para 12 de novembro – “o dia com mais cozinheiros é a noite do Tributo a Koschina, na qual estarão presentes [20] cozinheiros que trabalharam com Koschina durante estes 24 anos”, sendo esta “uma forma de agradecer o seu trabalho” dotado de grande exigências, ou não fosse o chef que todos os dias altera o menu de fio a pavio, ou seja, que cozinha ao estilo de John Wayne, uma metáfora que usa para explicar que, primeiro, vê o que há no frigorífico e cozinha pratos que não constam no menu.
Klaus e Joy Jung, pai e filha juntos desde a primeira edição do festival
Comemorar “o aniversário do meu pai, que faz 85 anos”, como gesto de agradecimento pelo esforço e a dedicação que tem investido ao longo de mais de três décadas a este projeto familiar.
E enaltecer a tradição da gastronomia no país, “porque, hoje em dia, nos esquecemos muito das nossas ligações e de onde vem a nossa tradição”, salienta.
Passemos agora à conversa com Joy Jung e Dieter Koschina sobre o Tribute to Claudia que, para Dieter Koschina é “um festival familiar internacional”. (Clique nas setas em baixo para continuar a ler)