Os Arquitectos do Imaginário / Museu do Oriente

Esta nota é para amantes do desenho. O Museu do Oriente dedica os domingos de agosto à animação japonesa do Studio Ghibli com o ciclo de cinema “Arquitectos do Imaginário”: “A Viagem de Chihiro”, “A Princesa Mononoke”, “As Asas do Vento” e “Memórias de Marnie”.

Fundado em 1985, Studio Ghibli tem conquistado o público de todas as idades, bem como a crítica, com os seus filmes de animação capazes de criar universos de fantasia quase poéticos. Com uma impressionante atenção ao detalhe na construção de ambientes onde sonho e a realidade se confundem, habitados por personagens inesquecíveis, os filmes de Studio Ghibli são autênticas fábulas modernas, considerados uma referência incontornável no seu género. Obrigatório conhecer e ver.

Este ciclo apresentará quatro das mais emblemáticas e premiadas longas-metragens de Studio Ghibli, incluindo o mais recente lançamento, “Memórias de Marnie”, nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação e vencedor do Grande Prémio Monstra na edição de 2016 do Festival de Animação de Lisboa. Todos os filmes são apresentados na versão original, com legendagem em português.


© “A Viagem de Chihiro”

07/08“A VIAGEM DE CHIHIRO”, De Hayao Miyazaki [2001]. Duração: 125’. M/6. Produtor: Toshio Suzuki; Produtor-executivo chefe: Yasuyoshi Tokuma; História original e argumento: Hayao Miyazaki; Música: Joe Hisaishi; Japão 2001.
Chihiro, uma menina de 10 anos, fica furiosa quando os pais decidem mudar de casa. Na viagem, o pai decide seguir por um atalho e encontram, nos arredores do novo bairro, um parque de diversões abandonado. Como num sonho, ela começa a viver uma grande aventura num mundo encantado habitado por fantásticas criaturas e passa a ser protegida por Haku, um menino com poderes mágicos. Para salvar os seus pais e voltar ao nosso mundo, Chihiro terá de ter muita humildade, coragem e determinação. Vencedor do Óscar para Melhor Filme de Animação.

14/08“A PRINCESA MONONOKE”, De Hayao Miyazaki [1997]. Duração: 134’. M/6. Falado em japonês, com legendas em português. Produtor: Toshio Suzuki; Produtor-executivo chefe: Yasuyoshi Tokuma; História original e argumento: Hayao Miyazaki; Música: Joe Hisaishi; Canção do genérico: Yoshikazu Mera; Japão 1997.
Ashitaka é o jovem guerreiro do clã Emishi que é amaldiçoado ao defender a sua aldeia de um demónio criado pela violência humana. Assim, viaja até à região controlada pelo clã Tatara na esperança de compreender a maldição que lhe fora posta, antes que esta o mate. O que Ashitaka vai encontrar é um conflito entre os humanos e os deuses da floresta. Apanhado no meio do conflito, Ashitaka conhece San, a Princesa Mononoke. Esta rapariga, criada por lobos, fará tudo o que puder para acabar com os humanos que ameaçam a floresta. Ashitaka colocar-se-á entre San e Lady Eboshi, a líder do clã Tatara, procurando um meio de terminar a guerra.


© “A Princesa Monoke”

21/08“AS ASAS DO VENTO”, De Hayao Miyazaki [2013]. Duração: 121’. M/12. Produtor: Toshio Suzuki; Produtor-executivo: Koji Hoshino; História original, argumento e realização: Hayao Miyazaki; Música: Joe Hisaishi; Japão 2013.
Jiro sonha em voar e criar belos aviões, inspirado pelo famoso criador de aeronáutica Caproni. A usar óculos desde tenra idade e impossibilitado de se tornar piloto, Jiro integra a divisão de aeronáutica de uma grande empresa japonesa em 1927. A sua genialidade é cedo reconhecida, e torna-se um dos mais respeitados engenheiros aeronáuticos. “As Asas do Vento” debruça-se sobre a maior parte da sua vida, retratando eventos históricos do Japão que afetaram a vida de Jiro, incluindo o grande terramoto de Kanno de 1923, a Grande Depressão, a epidemia de tuberculose e a entrada do Japão na guerra. Ele conhece Nahoko, por quem se apaixona, dedica-se à amizade com o seu colega Honjo, e inova constantemente, levando a mundo da aviação para o futuro. Hayao Miyazaki combina as personalidades do engenheiro Jiro Horikoshi e do autor Tatsuo Hori, que foi contemporâneo do período abordado em “As Asas do Vento”, para criar Jiro, um personagem fictício no centro de um conto épico de amor, perseverança, e os desafios de conseguir viver e fazer as escolhas certas num mundo tumultuoso. Último trabalho do consagrado realizador Hayao Miyazaki para o Studio Ghibli, “As Asas do Vento” foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação.


© “As Asas do Vento”

28/08“MEMÓRIAS DE MARNIE”, De Hiromasa Yonebayashi [2016]. Duração: 103’. M/12. Produtor: Yoshiaki Nishimura; Produtor-executivo chefe: Toshio Suzuki; Produtor-executivo: Koji Hoshino; Adaptação do romance original “When Marnie Was There” de Joan G. Robinson; Argumento: Keiko Niwa, Masashi Ando e Hiromasa Yonebayashi; Supervisor de animação: Masashi Ando; Designer de produção: Yohei Taneda; Música: Takatsugu Muramatsu; Canção do Genérico: Priscilla Ahn; Japão 2016.
Baseado no romance de Joan G. Robinson, “Memórias de Marnie” é o último filme do Studio Ghibli e a segunda obra de Hiromasa Yonebayashi, o realizador de “O Mundo Secreto de Arrietty”. Conta-nos a história de Anna, uma jovem de 12 anos que, por razões de saúde, vai passar o verão a Kushiro, uma cidade à beira-mar na província de Hokkaido. Anna sempre foi muito solitária e nunca fez amigos. Acredita estar fora do círculo mágico invisível onde a maior parte das pessoas se encontram, e por isso isola-se de todos os que a rodeiam. E é durante um dos seus passeios solitários pelo pântano que Anna descobre uma misteriosa mansão isolada onde mora Marnie. Anna nunca pensou ter uma amiga como Marnie, que não a julga por ser como é. Mas ao mesmo tempo que descobre a beleza da amizade, Anna começa a perceber que Marnie pode não ser bem aquilo que aparenta. A mais recente obra do Studio Ghibli, “Memórias de Marnie” foi nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação.

Todos os domingos, às 18h00, com entrada gratuita. Vai ficar em casa? •

+ Museu do Oriente
© Imagem de destaque: “As Memórias de Marnie”.

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