A cidade de Lisboa conta com mais um restaurante italiano na lista, desta feita, com um espaço com uma cozinha rica em massas e risottos no recém inaugurado hotel de quatro estrelas do grupo Porto Bay.
Bruschettas, com cogumelos, queijo scarmozza fumado e speck
O ambiente descontraído e familiar convida a um repasto informal no Trato32, no Porto Bay Marquês, na capital portuguesa, onde as mesas de tampo toscos de madeira combinam o sentar em confortáveis cadeiras de madeira ou no sofá corrido, ora na sala com um pequeno jardim de inverno dentro de uma caixa de vidro que rasga a parede do restaurante de lés a lés, ora na mezzanine, perfeita para famílias grande e grupos maiores de amigos, que queiram desfrutar de um almoço ou jantar num espaço acolhedor.
Na carta, com a assinatura de João Espírito Santo, o chef do Bistrô4, o restaurante do Porto Bay Liberdade (leia o artigo aqui), outro dos hotéis do grupo Porto Bay, na vizinha rua Rosa Araújo, aprimorou os conhecimentos inerentes à cozinha italiana e avançou com o receituário. “De produtos vive a nossa carta” e “todos os produtos frescos são portugueses (carnes, peixes, fruta, legumes, tubérculos e alguns lacticínios)”, assegurou o chef. Em contrapartida, “a charcutaria, os queijos e as massas secas são cem por cento italianos. Já o arroz, utilizamos arbório italiano e carolino português”, esclareceu.
Mas por que razão se abriram portas para um italiano? “Em Lisboa já temos um Bistrô, que conjuga a criatividade da cozinha portuguesa com a inspiração na bistronomia francesa. Para complementar queríamos um restaurante apelativo à maioria das nacionalidades que nos visitam, que em pouco mais de dois meses de operação do hotel Porto Bay Marquês já são 46. A nossa experiência de restauração nos vários hotéis que temos indica-nos que a gastronomia italiana é uma aposta muito apreciada”, justificou António Trindade, o presidente executivo do grupo Porto Bay, estando “o tipo de gastronomia associado ao número da porta”, rematou.
Assim, e depois dos grissinis e da focaccia, a dupla de pães muito apreciada por quem inscreve os restaurantes italianos na lista de preferências, e enquanto aguarda pelo passo seguinte, que tal acompanhar dois dedos de conversa com um espumante. Afinal, todos os vinhos do restaurante podem ser servidos a copo.
Eis as entradas, com o anti-pasti misto, composto por azeitonas, charcutaria, cogumelos, legumes e mozzaella no rol dos mais solicitados. Na mesa estiveram também as bruschettas, com cogumelos, queijo scarmozza fumado e speck, que conquistaram ainda mais o palato pela comitiva de sabores que funcionou melhor na boca. Enquanto isso, na carta há as fatias de novilho marinadas em azeite e temperos mediterrânicos com parmesão, a sala caprese, com mozzarella de búfala, tomate e pesto, e a sopa do dia, como sugestão do chef. Da carta de vinhos, a escolha recaiu um vinho do Tejo, o Ninfa Sauvigon Blanc 2014.
O linguini com sapateira é um dos pratos mais requisitados no Trato32
Avancemos para as massas e os risottos. Aqui vão à frente o linguini com sapateira, assim como o risotto de povo e camarão e o risotto porcini com óleo de trufa e o queijo pecorino romano, que seduziu a boca logo à primeira, tendo sido harmonizado por um Rótulo Niepoort tinto 2013, um DOC do Dão feito a partir das castas Touriga Nacional, Jaen e Alfrocheiro.
Risotto porcini muito bem confecionado com óleo de trufa e o queijo pecorino romano
Aos vegetarianos, recomendamos a lasanha de legumes (cogumelos, beringela, tomate e azeitonas) e a tortellini de ricota e espinafres. Para quem aprecia carne, ficam o esparguete com almôndegas de vitelão estufadas e o pappardelle (tiras largas de massa, semelhantes ao fettucine) com ragú de novilho.
Nos clássicos estão o esparguete de carbonarra, com guanciale (tipo de bacon não fumado italiano), os queijos pecorino romano e parmesão e gemas, e o esparguete Cacio & Pepe, com pecorino romano e pimenta.
O sempre apetecível bolo de chocolate morno acompanhado com gelado de baunilha
No fim estão os doces, como a panna cotta de baunilha e framboesas com grappa (bebida alcoólica de origem italiana), o ananás assado com gelado de coco, o boca negra, que se traduz num deleitoso bolo de chocolate morno acompanhado com gelado de baunilha, bem acompanhado com um Malvasia doce da Balndy’s, um vinho generoso da ilha da Madeira.
Tiramisu Trato32 em harmonização com um Vinho da Madeira meio seco
E o tiramisu Trato32, feito com os chamados palitos de la reine ainda um pouco estaladiços, bem a gosto e uma combinação de sabores que remataram o repasto ao lado a lado com um Blandy’s feito a partir da casta Verdelho, um meio seco que quebrou o doce da sobremesa na perfeição.
No alinhamento das sobremesas constam ainda a fruta laminada e uma seleção de gelados e sorvetes.
Já depois do fim, a carta regista o cuidado inerente a menus especiais, como os sem glúten ou os que podem ser preparados para bebés e/ou crianças. E todos os dias há, no Trato32, no n.º 32 da rua Duque de Palmela, em Lisboa, um prato de carne e um de peixe que são sugestão do chef João Espírito Santo (leia a entrevista ao chef em julho de 2015 aqui, por ocasião do artigo sobre o Bistrô4), os quais fazem parte do menu de almoço composto por um prato, uma bebida e um café por € 13,50.
Bom apetite! •
+ Porto Bay Marquês
© Fotografia: João Pedro Rato
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