Há uma boa nova acerca do primeiro lugar do top 10 de Restaurantes e um novo rosto à frente das listas de Chefes da 8.ª edição do evento ligado à gastronomia: O Feitoria e o seu chef. Mas as surpresas não ficaram por aqui…
Carlos Albuquerque, em representação de Pedro Pena Bastos do Esporão, pelo prémio Chefe Revelação do Ano; Adriano Jordão e André Magalhães, da Taberna da Rua das Flores, que conquistou o galardão Mesa Diária; João Rodrigues, com os prémios Chefe 2016 e Restaurante 2016; Alexandre Silva, chef do Loco, que recebeu o Destaque do Ano; e José Avillez pelo Bairro do Avillez, o Restaurante Novo do Ano
“Tudo está em constante mudança”. Quem o disse foi João Rodrigues, o chef do restaurante Feitoria (1 estrela Michelin), do Altis Belém Hotel & Spa, na cidade das sete colinas, há três anos, numa entrevista para a Mutante. E a mesma frase ajusta-se aos resultados dos Prémios Mesa Marcada, da dupla Miguel Pires e Duarte Calvão, revelados na noite de ontem, dia 16 de Janeiro, no espaço partilhado pelo Less by Miguel Castro e Silva, do chef Miguel Castro e Silva, e pela Gin Lover’s, do mercado indoor Embaixada, no Príncipe Real, em Lisboa.
Com efeito, e pela segunda vez, depois de 2011 – ano em que Leonel Pereira (chef do São Gabriel, com 1 estrela Michelin, em Almancil) alcançou o topo da lista de Chefes e de Restaurantes, enquanto chef do Panorama, em Lisboa) –, José Avillez e o, agora, Belcanto, ficaram em segundo lugar, com 693 pontos, tendo o primeiro sido conquistado por João Rodrigues, que subiu três posições, ficando com 704 pontos. No momento da entrega, o chef do Feitoria – onde se encontra a trabalhar há cerca de nove anos e para o qual está a preparar uma nova carta a dar que falar em breve –, agradeceu à equipa, enaltecendo o esforço de todos num “ano de emoções variadas”.
Ainda a propósito do Top 10 de Chefes 2016, o reconhecimento vai também para Henrique Sá Pessoa – chef do Alma (1 estrela Michelin), em Lisboa –, que subiu cinco posições, arrecadando 524 pontos, seguido do austríaco Hans Neuner – chef do Ocean (2 estrelas Michelin), em Porches, no concelho de Lagoa, em terras algarvias –, com 515, e de Alexandre Silva – chef do Loco (1 estrela Michelin), em Lisboa –, outra das grandes revelações de 2016, que saiu do 20.º para o 5.º lugar, com 484 pontos.
Os cinco chefs que se seguiram foram Leonel Pereira, com 447 pontos; Ricardo Costa, do The Yeatman (2 estrelas Michelin), em Vila Nova de Gaia, com 386; o austríaco Dieter Koshina, há 25 anos à frente do restaurante do Vila Joya (2 estrelas Michelin), em Albufeira, com 340; Pedro Lemos, do restaurante Pedro Lemos, no Porto, com 232; e Vítor Matos, pelo Antiqvvm, no Porto, com 215.
O 10+ da lista de Restaurantes 2016 do Mesa Marcada foi, desta vez – e tal como já o dissemos – encabeçada pelo Feitoria, que subiu dois lugares, conquistando 652 pontos. Já o Belcando de José Avillez ficou com 603 pontos, enquanto o Ocean, que desceu da segunda para a terceira posição, ficou com 594 pontos. Da oitava para a quarta posição subiu o lisboeta Alma, com 502 pontos, enquanto o Loco, de Alexandre Silva, escalou 18 posições ficando, assim, no n.º 5, conquistando 471 pontos, fazendo com que o São Gabriel, em Almancil, fosse o 6.º da lista, com 367. Por sua vez, o The Yeatman desceu um lugar, ficando em 7.º, com 349 pontos, e o restaurante Pedro Lemos passou para 10.º, com 207 pontos, ou seja, desceu três lugares em relação a 2015. Já a 9.ª posição cabe a Kanazawa, em Belém, de Tomoaki Kanazawa, depois de subir 25 lugares, graças aos 233 pontos que ganhou nesta 8.º edição dos Prémios Mesa Marcada.
Nas categorias especiais, comecemos pelo Chefe Revelação do Ano, distinção atribuída a Pedro Pena Bastos, chef do restaurante Esporão, em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, Alentejo, onde é responsável pela cozinha desde finais de 2014, mostrando uma evolução excepcional desde Novembro desse mesmo ano para o último dia de Março de 2015, e uma identidade que lhe é muito própria. Na mesma lista de eleitos estavam Rui Silvestre, chef do BonBon (1 estrela Michelin), no Carvoeiro, na região algarvia, e a única mulher cujo nome teve grande destaque neste universo masculino: Ana Moura, a chef do restaurante Cave 23, no Torel Palace, em Lisboa – além de Noélia, que surge na 34.ª posição da lista de Chefes 2016, sobejamente conhecida pelo seu trabalho no restaurante Noélia e Jerónimo, em Cabanas, Tavira, assim como Justa Nobre, de O Nobre, em Lisboa, na 56.ª posição, Anna Lins, de Miss Jappa, no n.º 68, e Maria João Marcelino, do Sabores d’Itália, na 83.ª ex aequo com Teresa Ruão, da Cozinha da Terra, no Louredo, Paredes, ou Michele Marques, pelo Mercearia Gadanha, em Estremoz.
O Prémio Especial Graham’s Restaurante Novo do Ano foi para o Bairro do Avillez, no Chiado, em Lisboa, que competia com o mais recente restaurante do chef Kiko Martins, O Asiático, e o Bagos Chiado, do chef Henrique Mouro, em Lisboa.
Já o Prémio Especial Estrella Damm Destaque do Ano, que também tinha o Kanazawa e o Esporão nos nomeados, coube ao Loco, levando o chef Alexandre Silva, uma vez mais, ao palco.
Quanto ao Mesa Diária, a distinção foi parar, pelo terceiro ano consecutivo, às mãos de André Magalhães, pela Taberna da Rua das Flores, na lisboeta Rua das Flores, com 20 votos, que competiu com o Taberna ao Balcão, de Rodrigo Castelo, em Santarém, com nove, A Cevicheria, de Kiko Martins, com cinco, e o Bonsai, com quatro, ambos também em Lisboa.
Para consultar a lista dos Chefes aceda aqui e a dos Restaurantes encontra-se aqui , até porque há sempre boas razões para reservar tempo às boas experiências à mesa. Bom apetite! •