O “ouro do Douro” de Adrian Bridge, director geral da The Fladgate Partnership, compôs uma trilogia de Vinho do Porto Vintage, para celebrar a primazia do Douro vinhateiro nas categorias especiais.
Reaberto há quase um ano, o Centro de Visitas da Taylor’s, em Vila Nova de Gaia, cruza o passado com o futuro num roteiro circunscrito pela História do Vinho do Porto
Ontem, dia 23 de Abril, data eleita pela The Fladgate Partnership para anunciar a decisão de um Vinho do Porto Vintage, foi o dia em que esta empresa familiar oficializou a apresentação de três Vintages Quintas, desenhados após a escolha das melhores castas de 2015, a reavaliação do que ficou reservado para Vintage, a composição dos lotes e a prova com afinação final dos mesmo lotes, dando a conhecer a identidade de cada quinta.
Começamos pelo Taylor’s Quinta de Vargellas Vintage 2015, feito apenas a partir de castas da Quinta de Vargellas, daí a referência “Vintage Quinta”, um Vinho do Porto produzido nesta propriedade na localidade de Vargelas, em São João da Pesqueira, no Douro Superior, adquirida pela Taylor’s em 1893 e desenhado por David Guimaraens, director de enologia da The Fladgate Partnership que, em comunicado, enaltece uma das características da colheita de 2015, “a sua relativa acessibilidade, escondendo, no entanto, taninos robustos e bem integrados”. Já Adrian Bridge realça a “plenitude e estrutura para envelhecer bem em garrafa”.
As vinhas da Quinta da Roêda incluem uma escola a céu aberto, que vale a pena visitar
Com as castas colhidas na vindima de 2015 na mui vetusta Quinta da Roêda, da Croft, empresa fundada em 1588, foi engarrafado o Croft Quinta da Roêda Vintage 2015, um vinho que, segundo Adrian Bridge “irá atingir a sua maturidade até 2025, mas continuará a revelar a toda a sua elegância e complexidade durante mais de 20 anos”. Por sua vez, António Magalhães, director de viticultura da Croft, explicou quão importante é acção do clima na feitura de um Vintage: “Dias quentes e noites frescas permitiram fermentações longas e extracções equilibradas durante a vindima.” Uma vindima feita na Quinta da Roêda, no Pinhão, a uma curta distância da estação desta freguesia de Alijó, distrito de Vila Real, no Cima Corgo, onde se encontra o Centro de Visitas da Croft.
A Quinta do Panascal foi adquirida, em 1978, pela Fonseca
Terminamos com um Vinho do Porto Vintage Quinta que vem celebrar os 200 anos da Fonseca. Falamos do Fonseca Guimaraens Vintage 2015, uma edição limitada de Vinho do Porto que “festeja” o bicentenário da Fonseca – fundada em 1815 –, comemoração inscrita no rótulo de um legado de Baco que “poderá ser consumido ainda jovem, mas não irá desiludir se decidir guardá-lo para beber mais tarde”, assegura Adrian Bridge (leia aqui a última entrevista ao director geral da The Fladgate Partnership) em comunicado. David Guimaraens, que pertence à sexta geração dos Fonseca Guimaraens – uma família de enólogos que se dedica ao Vinho do Porto – sublinha: “Uma Primavera e um Verão bastante secos deram origem a rendimentos mais baixos, mas o estado sanitário das uvas foi, sem dúvida, um dos melhores dos últimos anos.” A produção de um Vintage Guimaraens acontece nos anos em que não é declarado um Fonseca Vintage e “mais recentemente, os vinhos da principal propriedade da Fonseca, a Quinta do Panascal”, no vale do Rio Távora, “começaram a tornar-se um componente cada vez mais importante”, de acordo com o mesmo comunicado.
Mas como podemos armazenar o Vinho do Porto em casa sem percalços? Simples: Basta ter um armário cujo interior proporcione um ambiente escuro, fresco, com uma temperatura constante — sem exceder os 15° C – e onde não haja qualquer vibração. Além disso, é fundamental que a garrafa seja guardada em posição horizontal até ao dia D. Brindemos! •