A gastronómica lenda da Atlântida serve-se fria no Al Quimia

O restaurante do chef Luís Mourão, no Epic SANA Algarve, em terras algarvias, prepara o 3.º jantar sensorial, desta vez, inspirado no misterioso desaparecimento da ilha perdida. Um desfile de pratos a degustar em nove actos, ao jantar, a 3 de Novembro.

Acto 1

Levantemos o véu: Sabe qual é o nome da filha de Atlas? Junte-se as boas-vindas, seguidas de um aperitivo. Na concha é servido um inusitado cocktail. O nome? Poseidon, o deus do mar na mitologia grega, acompanhado por pequenas iguarias.

Acto 2

Abre-se a cortina. Passemos para a sala. Na ilha há ouriço do mar, yuzo e caviar, a tríade acompanhada de um espumante duriense a condizer: Vértice Pinot Noir 2007. Uma história vínica que remonta a Alijó, no Cima-Corgo, e à década de 1980’.

Soltem-se as amarras!

Acto 3

O desafio é conduzido para a descoberta de Atlântida, a ilha perdida nas águas quentes, uma analogia convertida num quarteto de “comer e chorar por mais” e apresentado na forma de triângulo: ostra, mexilhão, camarão e perceves. De Baco, deus romano do vinho, a escolha recaiu no Terrantez do Pico branco 2015, um Vinho Regional dos Açores feito a partir da casta Terrantez do Pico. O destaque vai, aqui, para as complexas notas salinas deste néctar da Azores Wine Company – co-fundada, em 2014, pelo enólogo António Maçanita e os sócios Filipe Rocha e Paulo Machado –, para combinar com os quatro produtos escolhidos pelo chef Luís Mourão.

Acto 4

Atenas entra em jogo pela luta do poder. O polvo a cebola fumada e as ervas demarcam-se pelo genuinidade de sabores harmonizados por um Quinta de Saes Reserva branco 2010, da Quinta da Pellada, do emblemático produtor do Dão, Álvaro de Castro, e feito a partir das castas Encruzado e Cercial.

Acto 5

É anunciada a guerra entre Atenas e Atlântida e apenas uma civilização sobreviverá. No prato, o enorme lavagante dá lugar ao carabineiro, à moleja, à lula e à líchia. Uma rima de sabores acompanhados por um vinho que faz jus a tamanho conflito: Sem Vergonha tinto 2015. Um alentejano feito a partir da casta Castelão e desenhado pela dupla de enólogos Dirk Neipoort e Susan Esteban.

Acto 6

O lavagante, o bisque (caldo feito a partir de crustáceos) e a gnocchi de batata-doce (massa preparada à base, neste caso, de batata-doce) fazem as delícias dos comensais, mas só depois da tempestade terminar. Da divindade representativa do vinho é dada a vez a Bebes.Comes by Lúcia Freitas branco 2013, um vinho o Dão que conjuga as castas Encruzado e Cercial e a concretização de um sonho que resulta de um convite de Joana Marta e Pedro Moreira – co-fundadores do site Bebes.Com – à enóloga, por ser mulher e porque queriam iniciar este roteiro vínico pela região vizinha.

Acto 7

O mundo submerso continua a ser explorado em toda a sua plenitude e transposto para a vieira e o risotto de ervilha, o par de um Quinta do Boição Vinhas Velhas 2010, um monocasta feito a partir da casta rainha da Região Demarcada de Bucelas, a Arinto.

Acto 8

Em busca da cidade perdida, Luís Mourão prepara o trio composto por maçã verde, merengue e bolo de vinho branco.

Acto 9

O mito, a existência de outrora de uma Atlântida submersa. Estará sob o Mar Mediterrânio ou fará parte do enigmático Triângulo das Bermudas? Já à mesa, a alegoria é feita por quatro elementos: chocolate, amendoim, limão e pêra. No cocktail mistura-se a bebida grega destilada, a Metaxa, e uma outra obtida através da maceração de ervas e raízes de carácter medicinal, a Fernet branca, com redução de cerveja preta e canela.

O jantar, cujo valor é de €150 (com bebidas), está marcado para as 19 horas, o mesmo é dizer que impera a pontualidade, e carece de reserva através do 289 104 301 ou de info.algarve@epic.sanahotels.com.

Bom apetite! •

+ SANA Hotels
© Fotografia: João Pedro Rato

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