A Fundação Calouste Gulbenkian apresenta Become Ocean – um concerto que inclui no repertório a estreia de três peças: duas em estreia nacional, “Become Ocean” (de John Luther Adams) e “Museu das Coisas Inúteis” (de Celso Loureiro Chaves), e uma em estreia mundial, “Off-balance” (de Luís Antunes Pena).
“Become Ocean” estreou mundialmente em junho de 2013 no Benaroya Hall, em Seattle, tendo arrecadado, em 2014, o Prémio Pulitzer de Música e em 2015 o Grammy para a Melhor Composição de Música Contemporânea – atestando assim a sua qualidade ímpar. O título da obra foi retirado de um poema que John Cage dedicou ao compositor Lou Harrison, que John Luther Adams considera como um mentor. “Become Ocean” é uma peça que buscou inspiração nos oceanos do Alasca e da zona Noroeste do Pacífico. Segundo o compositor, “Become Ocean” é um espelho do destino da humanidade: “A vida nesta terra emergiu primeiro do mar. Com o degelo e a subida dos níveis do mar, nós humanos confrontamo-nos de novo com a perspetiva de nos transformarmos de novo em oceano.”
No âmbito da parceria parceria SP-LX estabelecida entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo, que consiste na encomenda de novas obras a compositores portugueses e brasileiros, com estreias alternadas entre as duas cidades, chega a vez de apresentar, em estreia nacional, “Museu das Coisas Inúteis”, de Celso Loureiro Chaves. A peça será interpretada pelo violinista brasileiro Luíz Filíp, membro da Orquestra Filármonica de Berlim. Já lhe dizemos a data para colocar na sua agenda este imperdível concerto.
Por fim, será ainda apresentada, em estreia mundial, a peça “Off-Balance”, encomendada ao compositor Luís Antunes Pena pela Fundação Calouste Gulbenkian. Luís Antunes Pena dedica esta peça a dois dos mais reconhecidos percussionistas nacionais, Rui Sul Gomes e Nuno Aroso, que marcarão presença em palco nesta noite, e descreve a sua obra como um estudo do “desequilíbrio” entre o humano e o mecânico, o digital e o analógico, o abstrato e o empírico ou ainda entre o discurso e a realidade, a opinião e o facto.
Nesta sexta-feira, dia 23 de fevereiro, pelas 21h00, todos os caminhos vão dar ao Grande Auditório da Gulbenkian, em Lisboa. É a não perder. •