Julho, em Coimbra, é sinónimo de Festival das Artes com um conjunto de ciclos dedicados às Artes de Palco, Artes Plásticas, Cinema, Conferências, Gastronomia, Música e Serviço Educativo. Um Festival que celebra este ano 10 anos de vida e que este ano nos chega com o tema “Amores e Desamores”.
De 13 a 22 de Julho, o Festival das Artes celebra a sua 10.ª edição com um regresso às origens. A história mítica de Pedro e Inês serve de mote a uma edição especial dedicada à qualidade artística existente em Portugal nas mais diversas áreas, da música à gastronomia, da dança às artes visuais. Sob o signo dos “Amores e Desamores”, o festival volta a ter como palco principal o Anfiteatro Colina de Camões, nos jardins da Quinta das Lágrimas, mas espalha-se por toda a cidade, do Convento São Francisco ao rio Mondego, passando por locais como a Biblioteca da Universidade de Coimbra, o Edifício Chiado ou o Museu Machado de Castro. Um Festival que procura agarrar a cidade no seu todo.
A programação inclui vários concertos, entre os quais três orquestras nacionais que prometem encher as noites de música clássica, três exposições, um bailado, um programa educativo para os mais novos, um ciclo de gastronomia, uma conferência e uma especialíssima sessão de cinema.
O concerto de abertura “Amor Fatal” tem lugar no dia 13 de Julho, no Convento São Francisco, onde o extraordinário violinista Yang Liu e a Orquestra Filarmónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Osvaldo Ferreira, apresentam a Abertura Fantasia Romeu e Julieta de Piotr Ilitch Tchaikovsky, uma das mais pungentes e célebres obras musicais escritas a partir do drama de Shakespeare, seguida do Concerto para violino nº1, em sol menor, Op. 26 de Max Bruch e da Sagração da Primavera de Igor Stravinsky.
Os “Amores e Desamores” também merecem destaque na obra de Graça Morais, com a exposição “Os quadros também se enamoram” a ser inaugurada no dia seguinte, no Edifício Chiado, com curadoria de José Pedro Correia da Silva. O Ciclo do Cinema, por sua vez, estreia-se este ano no formato drive-in com a exibição do lendário filme “West Side Story” a 16 de Julho, num serão que promete ser inesquecível.
No dia 21 de Julho, o Anfiteatro Colina de Camões acolhe o bailado em I Ato, “Murmúrios de Pedro e Inês”, um espectáculo onde a dança usa os dois corpos como linguagem que materializa a lenda e a emoção, dirigido e interpretado por Solange Melo e Fernando Duarte, com coreografia de Fernando Duarte e música de Bernardo Sassetti e Fernando Lopes-Graça.
O concerto de encerramento do festival, no dia 22 de Julho, parece feito à medida da celebração, pois une a jovem e talentosa pianista Inês Costa à Orquestra Metropolitana de Lisboa que é dirigida pelo maestro Pedro Amaral. “Amor e Saudade” volta, assim, a juntar os nomes simbólicos de Pedro e Inês com o Concerto para piano nº 21 em Dó Maior K. 467 de Wolfgang Amadeus Mozart e a Sinfonia nº 9 Op.95 em mi menor “Novo Mundo” de Antonín Dvořák.
Abaixo, para acicatar os nossos fiéis leitores, deixamos em destaque o Ciclo de Música, com concertos que têm de estar na sua agenda musical, da cidade de Coimbra.
13/07, 21h30 – Concerto de Abertura | Convento São Francisco.
“Amor Fatal” com Orquestra Filarmónica Portuguesa (Yang Liu, violino; Osvaldo Ferreira, maestro).
Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893) – Abertura Fantasia Romeu e Julieta.
Max Bruch (1838 –1920) – Concerto para violino nº1, em sol menor, Op. 26: Prelude – Allegro Moderato; Adagio; Finale – Allegro Energico.
Igor Stravinsky (1882 –1971) – Sagração da Primavera: Parte I -A Adoração da Terra, Parte II -O Grande Sacrifício.
14/07, 21h30 — Igreja do Convento São Francisco.
“Amores na Diáspora”, Sete Lágrimas.
Com Filipe Faria, voz; Sérgio Peixoto, voz; Tiago Matias, vihuela, tiorba e guitarra barroca; Rui Silva, percussão histórica.
16/07, 21h30 – Ciclo do Cinema, Drive In | Parque de Estacionamento do Teatrão.
“West Side Story” (1961). Jerome Robbins e Robert Wise, realização.
17/07, 21h00 – Anfiteatro Colina de Camões.
“Amor aos Clássicos” com a Orquestra Clássica do Centro, Lara Martins (soprano) e Andrew Swinnerton (maestro).
João de Sousa Carvalho (1745-1799) – Abertura da Ópera “L’Amore Industrioso”.
Georg Philipp Telemann (1681 – 1767).
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) – Sinfonia nº1 em Dó Maior, Op.21: Adagio molto; Andante cantabile con moto; Minueto: Allegro molto e Vivace; Finale, Adagio, Allegro molto.
18/07, 21h00 – Anfiteatro Colina de Camões.
“Amor Incondicional” com Geoffroy Couteau (piano).
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750) – Suite Francesa nº5: Allemande; Courante; Sarabande; Gavotte; Bourrée; Loure; Gigue.
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827) – Sonata nº32, Op.111: Maestoso; Allegro con brio ed appassionato; Arietta: Adagio molto semplice e cantabile.
Johannes Brahms (1833-1897) – Intermezzo Op. 117 nº1; Sonata em fá # menor Op.2: Allegro non troppo, ma energico; Andante con espressione; Scherzo. Allegro; Finale. Introduzione (Sostenuto) – Allegro non troppo e rubato.
19/07, 21h00 – Anfiteatro Colina de Camões.
“Desamor e Drama” – Árias de Ópera com Sandra Medeiros (soprano) e Francisco Sassetti (piano).
W. A. Mozart (1756-1791) – Idomeneo: Zeffiretti lusinghieri; Idol mio se ritroso; Tutto nel cor vi sento.
Henry Purcell (1659-1695) – Dido & Aeneas: Thy hand Belinda…When I am laid in earth.
George Frideric Händel (1685-1759) – Semele: Endless pleasure.
Christoph Willibald V. Gluck (1714-1787) – Orfeo et Euridice: Mais d’ou vient qu’il persiste…Fortune ennemie.
Giacomo Puccini (1858-1924) – Turandot: Signor ascolta; Gianni Schicchi: O mio Babbino caro; La Bohème: Quando m’en vo soletta.
Jerónimo Francisco de Lima (1743-1822) – Teseo: Rabia, furor, dispetto…Dal furor dall’odio accesa.
20/07, 21h00 – Anfiteatro Colina de Camões
“Amor à primeira vista” (Fado) com Beatriz (voz); Guilherme Banza (guitarra portuguesa); José Elmiro Nunes (viola); Ni Ferreirinha (baixo).
22/07, 21h00 – Concerto de Encerramento | Anfiteatro Colina de Camões.
“Amor e Saudade” com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Inês Costa (piano) e Pedro Amaral (maestro).
W. A. Mozart (1756 – 1791) – Concerto para piano nº 21 em Dó Maior K. 467: Allegro maestoso; Andante; Allegro vivace assai.
Antonín Dvořák(1841 – 1904) – Sinfonia nº 9 Op.95 em mi menor “Novo Mundo”: Adagio – Allegro molto; Largo; Scherzo: Molto vivace; Allegro con fuoco.
Para aceder ao programa completo (que pela sua dimensão ser-nos-ia impossível colocar todos os eventos aqui, nesta nota), com todos os ciclos, é só clicar no link no final deste artigo.
Se estiver por Coimbra, neste Julho, alinhe neste festival, dedicado às artes e aos amores. •