A banda de Pedro Gonçalves e Tó Trips regressa já este fim-de-semana ao Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, para fechar a tour de Odeon Hotel, o disco onde a sua música é feita com mais companheiros do que nunca e trazem o mítico Mark Lanegan e Alain Johannes como convidados especiais. Será necessário dizer que é a não perder?
A tour “Odeon Hotel” dos Dead Combo, que teve início em Abril de 2018, terá um espetáculo especial em Guimarães, no CCVF, no próximo sábado, dia 2 de Março, com participação especial de Mark Lanegan e Alain Johannes. A viagem, que rouba o nome ao sexto álbum de originais dos Dead Combo, conta com mais de cinquenta espetáculos realizados de norte a sul do país, incluindo as ilhas e algumas incursões por diversos países europeus e da América. Em 2019, a tour Odeon Hotel tem dois espetáculos especiais, um em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, amanhã dia 28 de Fevereiro, e o outro em Guimarães, no CCVF. Para estes espetáculos especiais, os Dead Combo convidam Mark Lanegan, cantor e compositor norte-americano que, neste disco, dá voz a “I Know, I Alone”, um dos mais belos poemas escritos em língua inglesa por Fernando Pessoa, e Alain Johannes, músico e produtor norte-americano (Eleven, Chris Cornell, Queens of the Stone Age, PJ Harvey), responsável pela produção do disco “Odeon Hotel”, participando também na sua gravação.
“Odeon Hotel” é a “síntese perfeita da portugalidade e universalidade existentes na música dos Dead Combo. E pela primeira vez na história da banda, o disco é editado em todo o mundo. Composto por treze músicas, este trabalho conta com a participação de diversos músicos convidados na sua gravação. Ao vivo, a banda apresenta-se com uma formação inédita. Habitualmente reconhecidos como lobos solitários em palco, desta vez, em Guimarães, Tó Trips (guitarras) e Pedro Gonçalves (guitarras, contrabaixo, melódica) partilham o palco com a voz de Mark Lanegan, as guitarras de Alain Johannes, a bateria de Alexandre Frazão, o contrabaixo e guitarras de António Quintino e os sopros e teclas de Gui.”
Odeon Hotel é um trabalho mais de “banda”, em que a bateria está mais presente e o rock surge de forma mais vincada, como disse Tó Trips em entrevista, a propósito da edição do disco. “Talvez seja o álbum mais rock” em quase 15 anos de carreira, sublinhou. O título do álbum surgiu por acaso – as fotografias para a capa do disco foram tiradas no Cinema Odeon –, mas acabou por fazer sentido para a banda. “Os hotéis são pontos de passagem. Pessoas de vários estratos sociais e de várias raças, que param num sítio e que estão de passagem – são um ponto onde se juntam diferentes expressões”, tal como a sonoridade dos Dead Combo, realça Tó Trips.
Os Dead Combo surgiram em 2003, com Pedro Gonçalves e Tó Trips a criarem composições instrumentais marcadas pelo rock, pelos blues e pela tradição da música portuguesa, bebendo também influências que se estendem à morna, bossa nova e flamenco. Encarnando dois personagens que poderiam ter vindo de um livro de B.D. – um agente funerário e um gangster – os seus álbuns foram e continuam a ser aclamados pela crítica em Portugal e no estrangeiro, tendo o seu primeiro “Vol. 1” sido incluído na lista dos melhores álbuns do mundo de Charlie Gillet em 2005; “Lusitânia Playboys” foi galardoado com o “disco da década” em 2008 e todos os seus discos foram premiados com recordes do ano por várias publicações importantes em Portugal.
No próximo sábado, pelas 21h30, os Dead Combo prometem reinventar-se uma vez mais em palco, reconquistando o público já habituado às boas surpresas que criam a cada novo trabalho. Ficar em casa, no sofá, está totalmente fora de questão para quem estiver por Guimarães. •