O vinho histórico e a sua nova imagem

Apressem-se os enófilos, pois o mítico Tapada de Coelheiros Garrafeira está para as curvas. Trata-se da colheita de 2012 que, só agora, entra no mercado. A produção é limitada a 2.900 garrafas, das quais cem são magnuns


Três gerações de bordadeiras de Tapetes de Arraiolos estiveram presentes, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, no âmbito da apresentação deste vinho


Feito a partir das castas Cabernet Sauvignon e Aragonez, o Tapada de Coelheiros Garrafeira tinto 2012 é, para muitos, o histórico vinho da Herdade de Coelheiros, propriedade vinhateira localizada em Igrejinha, no concelho de Arraiolos, Alentejo. As duas variedades de uva são provenientes da Vinha Leonilde, plantada em 1981 a mando de Joaquim e Leonilde Silveira, os antigos donos. A introdução destas castas internacionais decorreu quando António Saramago já desempenhava a função de enólogo. 


Hoje é Luís Patrão o responsável pela missiva de submeter este vinho a um estágio de 18 meses em barrica de carvalho francês, período depois do qual foi engarrafado e estagiou, novamente, durante cinco anos. O desafio é conceder-lhe ainda mais tempo, para potenciar a sua essência. Quem alinha?


Vamos à garrafa. Demarcado pelo ponto de Arraiolos eternizado nos tapetes, o rótulo é texturado e predominado pelo preto. Sóbrio e, ao mesmo tempo, elegante, tal como este vinho da Herdade de Coelheiros – icónico desde a década de 1990 – o é. 



+ Herdade de Coelheiros
© Fotografia: João Pedro Rato

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