Para celebrar esta quadra de partilha, enquanto se ouvem estórias dos “velhos tempos” de quem possui saber empírico e dos que conhecem o mundo. Para saborear cada momento em família e com os amigos. Para recordar. Brindemos!
Região Demarcada dos Vinhos Verdes
Iniciemos esta rota com Alvarelhão Blanc de Noite 2016 (preço sob consulta). Este monocasta, com a assinatura de Anselmo Mendes, o prestigiado enólogo, prestigiado papel desempenhado desde há três décadas, na Região dos Vinhos Verdes, é um branco feito a partir da referida uva tinta proveniente da sub-região de Melgaço. A dita casta é uma das mais antigas do país. Segundo a inscrição no rótulo da garrafa “esteve certamente presente nos primeiros vinhos portugueses exportados para Inglaterra através da primeira Feitoria Inglesa constituída em Viana do Castelo”. Este é, por conseguinte, um tributo aos grandes néctares portugueses de então e uma oportunidade de degustar um vinho singular.
+ Anselmo Mendes Winemaker
A predominância da casta portuguesa Alvarinho sobre a estrangeira de Chardonnay enaltece a exuberância do floral e do frutado da primeira e, em simultâneo, a fruta exótica da segunda. Falamos do QM Alvarinho/Chardonnay branco 2017, referência apenas com 1.298 exemplares, é uma óptima companhia para peixe e marisco. Este branco foi feito sob a batuta do enólogo Fernando Moura, que conta com a colaboração de 1.600 sócios da sub-região de Melgaço inscritos nas Quintas de Melgaço. Fundada desde 1958 tem na Alvarinho a variedade de uva que exprime a identidade desta vila raiana pertencente ao distrito de Viana do Castelo. Já o rótulo, da autoria do Atelier Rita Rivotti, estreia a nova imagem desta gama.
+ Quintas de Melgaço
Região Demarcada do Douro
Das novidades de Outono destacamos Costa Boal Homenagem Reserva tinto 2011 (€100), solenidade prestada por António Costa Boal, produtor e mentor da Costa Boal, a seu pai, António Costa Boal, viticultor e pequeno produtor do Douro. Esta é a razão pela qual as castas Touriga Franca e Touriga Nacional, da colheita de 2011, são provenientes da vinha da aldeia de Cabêda, no concelho de Alijó, de onde é natural o homem que recebeu a homenagem. Às duas variedade de uva somam-se as variedades de uva Tinto Cão e Sousão. A supervisão do vinho foi da responsabilidade de Paulo Nunes. Sobre este projecto, actualmente, a Costa Boal é proprietária da Quinta do Vale de Mouro, em Vila Nova de Foz Côa; da Quinta do Sobredo, em Vilar de Maçada, Alijó; da Quinta da Pia, em Porrais, Murça; da Quinta dos Távoras, em Mirandela; e da Quinta dos Tojais, em Cabêda, Alijó, terra natal de António Costa Boal.
+ Costa Boal
Viosinho, Gouveio e vinhas velhas. Eis as castas escolhidas a dedo pela equipa de enologia, constituída por Jorge Alves e Sónia Pereira, para o Mirabilis branco 2018 (€42). Este vinho foi produzido na propriedade vitivinícola duriense da família Amorim, a Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo, localizada em Couvas do Douro, na sub-região de Cima Corgo. As suas características – complexidade, intensidade e elegância – combinam, na perfeição, com pratos de peixes gordos, carnes de aves e vitela, e queijos curados. Razões não faltam, portanto, para servir este branco na noite da Consoada. Quanto à Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo – versada, igualmente, no enoturismo e com uma unidade hoteleira que vale a pena visita – esta regista 120 hectares, dos quais 85 estão ocupados pela vinha composta por 42 talhões, onde as videiras estão plantadas em regime de produção integrada e a vindima é feita manualmente. A adega, datada de 1764 e designada de “Atelier do Vinho”, ou não fosse o epicentro da produção viníca desta “casa”, será redimensionada a médio prazo. Sobre o nome Mirabilis, Jorge Alves responde: “é o que nos vai na alma”.
+ Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo
Gricha tinto 2017 (€30) é um vinho que espelha o carácter de vinhas velhas, com mais de 70 anos, plantadas no coração do Douro, isto é, em plena sub-região de Cima Corgo. A sua apresentação teve lugar na Quinta da Gricha, localizada em Ervedosa do Douro, na margem sul do rio Douro, e adquirida em 1999 por John Graham que, em 1981, fundou a Churchill´s. O vinhedo desta propriedade contabiliza 40 hectares e está classificado com a letra A. Actualmente, o comércio de vinhos do Douro e do Porto da família vai já na sexta geração, com Zoe Graham, filha de John Graham, na direcção de vendas e marketing.
+ Quinta da Gricha
Quando Francisca van Zeller completou 18 anos, o pai, Cristiano van Zeller decidiu presentear a filha com uma parcela muito especial na propriedade vitivinícola da família, a Quinta Vale D. Maria. Estávamos em 2004. Desde então, aquele pedaço de terra de 4,5 hectares, preenchida de castas tintas, passou a chamar-se de Vinha da Francisca. É precisamente da colheita de 2017 neste talhão que foram vindimadas as variedades de uva Touriga Franca, Sousão, Rufete e Touriga Nacional para a composição do Quinta Vale D. Maria Vinha da Francisca 2017 (€70). Encorpado e frutado, este vinho denota uma boa estrutura e, ao mesmo tempo, elegância, e um final longo. Perfeito para harmonizar com pratos peixes e carne assados no forno, bem como receitas com cogumelos, seja risotto, massa, ou pizza. A equipa de enologia, constituída por Cristiano van Zeller, Joana Pinhão e Francisca van Zeller recomenda, também, a harmonização com queijos, sobretudo os que são feitos a partir de leite de vaca. Os primeiros registos da Quinta Vale D. Maria, localizada no Vale do Rio Torto, no Douro, e integrada no Grupo Aveleda desde 2017, datam de 1868; em 1996, estreou-se na produção de vinhos DOC Douro e Vinhos do Porto, sob a orientação de Cristiano van Zeller, rosto da 14.ª geração de produtores ligados aos vinhos desta região.
+ Quinta Vale D. Maria
É conhecida como “quinta boutique do Douro”. Chama-se Foz Torto, ocupa um total de 14 hectares de terra junto ao Pinhão, no concelho de Alijó, na mais antiga região demarcada do mundo, e traz três novidades. Foz Torto Vinhas Velhas branco 2018 (€20), produzido a partir de vinhas velhas que o Abíio Tavares da Silva possui em Porrais, nas terras de Murça, distrito de Vila Real, é um vinho delicado, com notas florais e aromas citrinos; na boca prima pela elegância e pela acidez equilibrada. Foz Torto tinto 2017 (€13), vinho de lote feito a partir de sete castas – as predominantes são Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Francisca, às quais o produtor juntou Tinta Roriz, Alicante Bouschet, Sousão e Tinta Barroca – que conferem notas de fruta vermelha madura e barrica discreta ligados a taninos finos e um final de boca dotado de boa acidez. Foz Torto Vinhas Velhas tinto 2017 (€33) é, por sua vez, feito a partir de uvas provenientes de vinhas velhas da Quinta de Foz Torto, as quais contribuem para este vinho harmonioso, elegante, delicado. Recomenda-se a visita à quinta.
+ Foz Torto
©Luísa Ferreira
O património vitícola da Quinta Dona Matilde abriu caminho para Manuel Ângelo Barros – director geral desta propriedade duriense localizada entre a Régua e o Pinhão – falar sobre “as longas temporadas” passadas ali durante a sua juventude. As memórias remetem para o seu pai, Manuel Ângelo, e o caseiro, o senhor Nogueira. Desses tempos, recorda-se do pinhal onde, na década de 1940, foi plantada a Vinha dos Calços Largos, pelo avô, Manoel Moreira Barros, o fundador da Quinta Dona Matilde e, na qual, foram vindimadas as uvas dessas vinhas velhas a ultrapassar os 70 anos e constituídas por cerca de 30 castas autóctones do Douro que fazem parte da composição deste Dona Matilde Vinha dos Calços Largos tinto 2017. Este vinho reflecte o potencial das vinhas velhas e, em simultâneo, a identidade do Douro, graças ao trabalho efectuado pela equipa de viticultura e enologia orientadas, respectivamente, por José Carlos Oliveira e João Pissarra.
+ Quinta Dona Matilde
Os solos xistosos e o clima mediterrâneo moderado da sub-região do Cima Corgo, no Douro, tiveram influência nas uvas utilizadas na feitura deste Quinta Beira Douro Dádiva tinto 2015 (preço sob consulta). Fala-se, aqui, de vinhas velhas, Touriga Franca e Touriga Nacional provenientes das melhores parcelas de vinha da Quinta do Malhô, onde beneficiam da exposição solar e de altitude, e da Quinta Beira Douro, na qual foram colhidas as duas castas portuguesas acima referidas. Todo o processo de viticultura e de enologia foi acompanhado de perto pela enóloga Sofia Valente. O estágio, de 24 meses, em ânforas de barro e a posterior selecção das dez melhores exprime o carácter deste vinho cujo engarrafamento teve lugar em 2017.
+ Capwine
Rabigato, Gouveio, Arinto e Códega de Larinho. Estas quatro castas autóctones do Douro fazem parte da composição do Duorum Colheita branco 2018 (€12,49). A companhia ideal para o bacalhau, o prato mais típico da Consoada, no país. Acrescentemos os outros pratos de peixe e os de carnes brancas, além dos queijos de pasta mole. Já o Duorum Colheita tinto 2017 (€12,49) é feito pelas variedades de uva Touriga Franca, Touriga Nacional e Tinta Roriz. O trio de castas igualmente tradicionais da mais antiga região demarcada do mundo, daí que a reflicta na sua superioridade absoluta com um final longo, perfeito para harmonizar pratos de carne com sabor intenso, como o cabrito assado no forno, prato tradicional do Dia de Natal. ‘Duorum Colheita’ remete para a primeira referência vínica apresentada pelos enólogos João Portugal Ramos e José Maria Soares Franco. A dupla que há uma década decidiu adquirir a Quinta de Castelo Melhor, localizada em Vila Nova de Foz Côa, no Douro Superior.
+ Duorum
Região Demarcada do Dão
Carlos Magalhães, Manuel Vieira e Carla Rodrigues foram os enólogos que pegaram na casta Jaen, para produzir este Titular Dão Novo tinto 2019. O paladar suave e os taninos redondos e aveludados tornam este vinho fresco, características que, no seu conjunto, determinam a recomendação do serviço a 12° C e a uma degustação descomplicada. A produção está a cargo da Caminhos Cruzados, cuja Adega Quinta da Teixuga está localizada em Nelas, no coração do Dão, inaugurada em 2017. O projecto de enoturismo é a nova aposta desta empresa familiar.
+ Caminhos cruzados
Dom Vicente Branco Field Blend rosé 2018 (€4,90) é uma das novidades da Quinta Dom Vicente, do produtor António Vicente Marques. Nesta propriedade de 90 hectares – 40 são de vinha –, localizada em Oliveira do Conde, no concelho de Carregal do Sal, foram colhidas as castas tintas Touriga Nacional e Tinta Roriz, para a composição deste rosé desenhado pelo enólogo António Narciso. Com notas de fruta vermelha e jovem, mantém a frescura na boca é fresco e um final persistente. A guardar por dois anos ou a degustar na quadra festiva que se avizinha. Sirva à temperatura de 8 a 10° C, como aperitivo ou com peixe, marisco, ou carnes brancas. Para os apreciadores de branco, recomendamos Dom Vicente Branco Field Blend 2018 (€4,90) feito a partir de Encruzado – a casta rainha do Dão –, Malvasia-Fina, Bical, Arinto, com notas florais, citrinas e minerais e um paladar frutado.
+ Dom Vicente
Região Demarcada da Bairrada
A Caves São João, empresa familiar mais antiga em actividade no concelho de Anadia, denota sabedoria com este Caves São João Pinot Noir 99 Anos de História rosé (preço sob consulta). De cor delicada, este vinho da Região Demarcada da Bairrada da colheita de 2018 é fresco, seco e tem um final de boca persistente. Inicie uma refeição entre amigos ou em família com este rosé ou harmonize com pratos de peixe e carnes magras. Esta edição, cujo tema é alusivo ao Bosão de Higgs, é a nona referência das dez que antecedem a celebração do centésimo aniversário da Caves São João fundada, em 1920, pelos irmãos José, Manuel e Albano Costa.
+ Caves São João
Região de Lisboa
Ganita Homenagem tinto 2015 (preço sob consulta). Eis o tributo de Luís Vieira, administrador da Quinta do Gradil, ao avô, António Gomes Vieira, nascido a 19 de Setembro de 1919, conhecido por Ganita. Feito a partir das castas Alfrocheiro, Tannat e Touriga Nacional, vindimadas naquela propriedade vitivinícola, localizada na freguesia de Vilar, no Cadaval, este tinto, apresentado no dia do seu centenário, teve os enólogos Vera Monteiro e António Ventura como supervisores na adega desde a vinificação ao engarrafamento. É de relembrar que Luís Vieira foi o fundador do grupo Parra Wines, em 2010, criado com a aquisição da Quinta do Gradil.
+ Quinta do Gradil
Adega Mãe Terroir branco 2016 (€40) e Adega Mãe Terroir tinto 2016 (€40) são “os expoentes máximos da AdegaMãe”. As palavras são de Bernardo Alves, director geral deste projecto vitivinícola, por ocasião do seu décimo aniversário assinalado com um jantar assinado por André Cruz, sub-chef do Feitoria, o restaurante premiado do Altis Belém Hotel & Spa, em Lisboa. O primeiro é feito a partir das castas portuguesas Viosinho, Alvarinho e Arinto que lhe conferem um aroma complexo e mineral, volume de boca e acidez equilibrada. Sirva-o com queijos de pasta mole e pratos de peixe assado no forno. O segundo tem a Touriga Nacional e a Petit Verdot como as variedades de uva seleccionadas para a sua composição. Este revela estrutura, taninos intensos e um final prolongado. As duas referências foram supervisionadas pela equipa de enologia constituída por Anselmo Mendes e Diogo Lopes. Recomenda-se a visita à adega, em Ventosa, no concelho de Torres Vedras apostada, desde o início, ao enoturismo.
+ AdegaMãe
Região Demarcada do Alentejo
A Herdade do Sobroso Wine & Country House, de 1.600 hectares, localizada na Vidigueira, a dois passos do enorme Alqueva, com a Serra do Mendro, a Norte, e o rio Guadiana, a Este, produz os dois vinhos que se seguem: Cellar Selection branco Antão Vaz & Alvarinho 2018 e Cellar Selection tinto Syrah & Alicante Bouschet 2015. O primeiro é fresco e exuberante, a fazer justiça a ambas as castas com que é feito. O segundo é elegante e tem um final de boca prolongado. A enologia está nas mãos da dupla Luís Duarte e Filipe Teixeira Pinto. O enoturismo é uma das muitas atividades concretizadas, o qual está associado o hotel e o restaurante versado na cozinha típica alentejana.
+ Herdade do Sobroso
Freixo Reserva branco 2018 (€12,90) e Freixo Reserva tinto 2016 (€19,90) são as novas referências víncias da Herdade do Freixo, na aldeia do Freixo, Redondo, distrito de Évora. O primeiro é feito a partir de Arinto, Alvarinho e Sauvignon Blanc, trio predominado pelas notas de frutos brancos, bem como peça complexidade e frescura, características que combinam com pratos de peixe, sushi, saladas, bem como pratos de caça ou tradicionais de carne. O segundo, composto por Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet, revela, no nariz, fruta vermelha amadurecida e, na boca, sobressai a frescura, com um final prolongado, para harmonizar com receitas de carne e peixe da chamada cozinha tradicional portuguesa. Aproveite para conhecer a adega desta propriedade de 300 hectares, mediante reserva prévia, e solicite o piquenique, ao pôr-do-sol, que passou a fazer parte, recentemente, do programa de enoturismo.
+ Herdade do Freixo
Antão Vaz da Peceguina branco 2018 é um monocasta da Herdade da Malhadinha Nova. Situada em Albernoa, no concelho de Beja, tem Nuno Gonzalez como enólogo residente, que deixou brilhar as características desta casta tão comum em terras alentejanas. Ou seja, a intensidade aromática e as notas exuberantes de fruta tropical, bem como da casca de laranja, estão presentes neste vinho que, na boca, revela uma acidez equilibrada e um final prolongado. Além dos vinhos, da forte aposta no enoturismo e da criação de gado e porco alentejano, esta propriedade ampliou, recentemente, a sua unidade de alojamento. Por isso, em Março de 2020, abrirá portas da sua renovada country house, das novas casas e recepção, assim como do restaurante, ampliado e com novidades a descobrir.
+ Herdade da Malhadinha Nova
O emblemático Monte Velho remete para o pequeno monte situado junto à albufeira da Caridade, na Herdade do Esporão que, em 1992, foi apresentado, pela primeira vez, ao mercado. Volvidos 17 anos, chega este Monte Velho Altitude tinto 2018 (€5,99). É feito a partir das castas Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e um lote de uvas tintas provenientes de vinhas velhas da Serra de São Mamede, em Portalegre, as quais estão entre os 200 e os 600 metros de altitude. David Baverstock e Sandra Alves são os enólogos responsáveis por esta nova edição de garrafas numeradas e de venda exclusiva nas lojas do Pingo Doce, na Herdade do Esporão, na Quinta dos Murças, no Douro, e no Esporão no Porto, restaurante da cidade Invicta.
+ Herdade do Esporão
Comecemos com o Discórdia Reserva branco 2018 (€17), vinho da Herdade Vale d’Évora, situada em Mértola, feito a partir das variedades de uva Arinto, Antão Vaz e Verdelho. Este trio de castas portuguesas resultado num tinto que, na boca, denota frescura, estrutura e gordura. Discórdia Reserva tinto 2017 (€17) tem, na sua composição, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Touriga Franca e Syrah que, depois dos processos de fermentação e vinificação conferem, na boca, estrutura e frescura. A enologia esteve a cargo de Filipe Sevinate Pinto. As sete castas são as únicas existentes na vinha de dez hectares desta propriedade alentejana integrada no Parque Natural do vale do Guadiana.
+ Herdade Vale d’Évora
Que comecem os preparativos para a noite da passagem de ano!
Porque a celebração de 2020 pede raridades, que tal este Casa de Saima tinto 1995, da Bairrada? Feito a partir de Baga, casta rainha da região, este vinho é, naturalmente, um clássico a desfrutar pelos entusiastas de vinhos trabalhados de acordo com o método tradicional, sem desengace, submetido a fermentação em lagar e posterior estágio “em tonéis de madeira de carvalho avinhada”. As garrafas são numeradas e produzidas pela Casa Agrícola de Saima, hoje Casa de Saima, localizada em Sangalhos, no concelho de Anadia, propriedade vitivinícola de Graça Maria da Silva Miranda.
+ Casa de Saima
Produzido a partir das uvas de vinhas velhas plantadas há mais de 70 anos, este Quinta da Gricha Vintage Port 2017 (€65), um field blend com complexidade, estrutura e exuberância na boca, está pronto para ser saboreado no final do repasto de fim de ano. Fica a recomendação de o abrir e decantar antes de o servir a uma temperatura entre os 16° e os 18° C.
+ Quinta da Gricha
Testemunho do legado de gerações guardado na adega situada na aldeia de Cabêda, no concelho de Alijó. Assim é este Costa Boal Very Old Port (€1.240), um tawny muito velho cujo registo é desconhecido. Estima-se, porém, que esta relíquia tenha entre 70 e 100 ano. A secura e a acidez deixados no palato revelam surpresa, além de uma deleitosa e prolongada intensidade aromática. A produção totaliza, apenas, 200 garrafas. Uma raridade para o brinde do início da nova década que se avizinha.
+ Costa Boal
Da Bairrada chega, também, esta belíssima surpresa: Raríssimo by Osvaldo Amado (€95). É o espumante Extra Bruto Blanc de Blancs de 2006 feito por a partir de Arinto, a casta preferida deste enólogo e produtor com mais de três décadas de vida dedicadas ao mundo do vinho. Desenhado a preceito, para “ir ao encontro do que já não existe ou de algo inovador” e “ir em contraciclo” no que ao mercado diz respeito, este espumante está recomendado para celebrar a passagem de 2019 para 2020 em grande! A prova está, igualmente, no exterior, seja na garrafa, seja na caixa, ambas inspiradas na sumptuosidade a que está associado este vinho tão especial. Bairradino de coração, Osvaldo Amado tem Espanha, Itália e África do Sul no currículo a somar ao Grupo Global Wines detentor de Casa de Santar e Cabriz, no Dão, ou de Quinta do Encontro, na Bairrada, onde exerce a função de director de enologia, entre outras propriedade vitivinícolas do país.
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