Não há duas sem três! / Porto Vintage 2018

A The Fladgate Partnership declara 2018 um ano excepcional, com a atribuição da classificação Vintage para os Vinhos do Porto da Fonseca, da Taylor’s e da Croft. Como é tradição, o anúncio foi feito, ontem, 23 de Abril, dia de S. Jorge, santo padroeiro de Inglaterra. O engarrafamento será efectuado em Julho, mas e a comercialização realizada no início de 2021.


A Quinta do Panascal é a principal propriedade da Fonseca


Depois de 2015 – ano em que se celebraram os 200 anos da marca – é chegada a hora do Fonseca Guimaraens Vintage Port 2018. Feito com uvas vindimadas na Quinta do Panascal, localizada no vale de Távora, a escassos quilómetros do Pinhão, no concelho de Alijó, bem com em outras das suas propriedades, situadas em vale do Pinhão, Cruzeiro e Santo António, este vinho reflecte a identidade máxima de um terroir singular e reúne as características exigidas a um Vintage. David Guimaraens, director técnico e de enologia do grupo The Fladgate Partnership, reforça que “2018 seja um dos melhores exemplos recentes de um Guimaraens Vintage”.


A Taylor’s, aqui representada pelas suas caves, em Vila Nova de Gaia, foi fundada em 1692


A Taylor’s declara, por sua vez, este 2018 como um “Vintage Clássico”, o terceiro de uma sequência excepcional, decisão que, segundo Adrian Bridge, CEO desta centenária casa duriense, “este é um ano em que as condições gerais foram excelentes, mas excepcionais, no Douro Superior. Como a Taylor’s é a única das nossas casas com uma extensa propriedade nesta parte do Douro, conseguiu fazer um Vintage clássico”.


David Guimarães faz parte da mais longa geração de uma família de enólogos da história do Vinho do Porto


David Guimaraens vai mais longe na explicação sobre este Taylor’s Vintage Port 2018: “o Douro Superior desfrutou da combinação de abundante água subterrânea e clima quente durante o Verão, o que muitas vezes produz magníficos Vintages. Isso deu-nos excelente maturidade fenólica, típica de um período de maturação quente, mas com maravilhosas camadas de fruta e uma acidez fresca que normalmente vemos em anos mais frescos.” Quando à harmonização, fica a sugestão de uma tábua de queijos constituída pelos que denotam um sabor intenso e os de pasta azul, além de nozes, damascos e figos.


A Quinta da Roêda pertence à Croft desde 1889


Croft Quinta da Roêda Vintage Port 2018 é o nono “Vintage de Quinta” da Croft, designação que reforça, não só, a feitura do vinho a partir de uvas de uma colheita de uma única propriedade. Ou seja, neste caso, as uvas foram colhidas na histórica Quinta da Roêda, localizada em pleno Pinhão, no coração do Douro.


Adrian Bridge é, desde o ano de 2000, o Director-Geral da The Fladgate Partnership


Sobre este Vinho do Porto excepcional, Adrian Bridge esclarece que “oferece a característica fruta madura e perfumada que são a apanágio dos vinhos da Roêda, juntamente com os taninos tensos e a frescura do ano”. Já David Guimaraens destaca a importância da cor: “é importante notar que os vinhos de 2018 têm a mais alta intensidade de cor dos últimos anos, o que é sempre um sinal de boa extracção e longevidade”.

De um modo geral, depois de dois ou três anos em madeira, os Vinhos do Porto Vintage não são filtrados aquando o seu engarrafamento, daí a necessidade das garrafas terem de ser colocadas de pé horas antes de serem decantados. Sirva, depois, a uma temperatura entre os 16° e os 18° C.

Apesar dos três Vinhos do Porto Vintage serem engarrafados no próximo mês de Julho, a comercialização está prevista apenas para o início de 2021 “atendendo à situação económica que vivemos”, advertiu Adrian Bridge. Afinal, o (bom) Vinho do Porto tem potencial de envelhecimento.

A (a)guardar para brindar em breve!


+ Croft
+ Fonseca
+ Taylor’s
© Fotografia: João Pedro Rato

Já recebe a Mutante por e-mail? Subscreva aqui.