A Blue House, em colaboração com o Salão Brazil, dá continuidade ao ciclo de mini-concertos “SALÃO AZUL”, na cidade de Coimbra, e apresenta-nos o programa para este mês de junho. Os concertos realizar-se-ão sempre à quarta-feira (com excepção do dia 09) e sempre à mesma hora.
A produtora Blue House, junto com obrigatório Salão Brazil, fará a produção e curadoria de diversos espectáculos solidários com a União Audiovisual. Esta associação, como bem se lembra, nasceu durante a pandemia com o objectivo de ajudar, exclusivamente através de bens alimentares, o grande número de profissionais da área audiovisual que ficaram sem trabalho, devido à enorme redução do número de eventos realizados.
Sendo uma situação a que não podiam ficar indiferentes, a Blue House e o Salão Brazil, com o apoio da Music Light e da Associação de Músicos e Técnicos, juntaram-se para se associar a este movimento e, assim, continuarão a promover diversos mini-concertos, sempre no Salão Brazil.
Para assistir é necessário efectuar reserva (contactos no final desta nota) e, em troca da entrada gratuita para estes espectáculos, é apenas solicitado a cada pessoa a oferta de pelo menos um bem alimentar não perecível (ex: enlatados, arroz, massa, azeite, leite pasteurizado, sumos empacotados, compotas), que será recolhido e entregue à União Audiovisual.
Eis o alinhamento de “Salão Azul” para o mês de junho:
02/06, 18h30 – LUCY
Lucy é o nome do músico e produtor executivo do programa Ecos Urbanos, natural de Angola. Mudou-se para Portugal, em 1987, onde formou o grupo Mentes Criminosas, tendo editado o seu primeiro álbum – “Cara ou Coroa” – em 2009. Depois de três anos em digressão, criou com alguns músicos de Odivelas um novo colectivo intitulado Odc Gang e lançou o seu segundo trabalho colectivo intitulado “Escumalha”. Em 2016, lançou o seu primeiro trabalho a solo – “Uma História Para Contar” – ao qual se seguiram “Primeiro Capítulo” (2018), “Epílogo” (2019) e já no estranho ano de 2020 lançou o seu 3.º trabalho de originais – “Capítulo Segundo”.
16/06, 18h30 – WIPEOUT BEAT
Os Wipeout Beat são a banda de três bem conhecidos veteranos da cena musical conimbricense. Carlos Dias, Pedro ‘Calhau’ Antunes e Miguel Padilha passaram ou estão em bandas como Bunnyranch, Subway Riders, Garbage Catz, Objectos Perdidos, entre outras; bandas que deram à cidade de Coimbra a sua reconhecida diversidade sonora. Uma panóplia de teclados, três vozes e uma guitarra, soam ao mais sujo do garage, mas também aos sons minimais dos Suicide ou de Philip Glass, tudo ao ritmo de uma uma velha caixa-de-ritmos Roland CR-8000, que faz com que seja impossível não bater o pé. Produzido nos Estúdios Blue House, “Small cities big thoughts” foi editado em 2018 pela Lux Records e é o resultado de ano e meio de longas e divertidas noites, a descobrir, explorar e criar música simples para gente descomplicada que gosta de dançar/rockar.
23/06, 18h30 – K. WOLF
Projeto a solo do músico Gonçalo Parreirão. Esquecendo a deambulante parafernália a que recorre para sonorizar filmes antigos, apresenta-se desta vez apenas com a sua fiel companheira – a guitarra.
30/06, 18h30 – RUZE
Figura central da cena hip-hop conimbricense, Ruze, é um dos mais antigos MCs portugueses que continua em actividade. Com uma história que remonta a meados dos anos 1990, o líder dos movimentos 239 ou SBT2, tem tido uma carreira consistente, conseguindo com isso grande apreço do público. Em 2007, Ruze lançou «1440 Minuto a Minuto», que é a primeira edição da então nova editora Mizikon Records. Seguiram-se “União vs Exclusão” (EP 2009), e “Pão, Água, Rimas & Instrumentais”. O regresso recente às edições fez-se com o EP “Tenho Tudo” (2019), e relata as dificuldades dos portugueses na era do consumismo, tendo sido produzido na totalidade pelo produtor Raze, num estilo vincado que segue a escola de rap dos anos 1990. Para 2021 reservou-nos a edição de “Pressão”.
A tomar nota. A ir e a abraçar a nobre causa da União Audiovisual. •