“O Anel do Unicórnio – Uma Ópera em miniatura” viaja até Guimarães para encantar miúdos e graúdos e provar que a ópera não tem idade. Com libreto de Ana Lázaro, música de Martim Sousa Tavares e encenação de Ricardo Neves-Neves, “O Anel do Unicórnio” é uma criação totalmente original que pretende inspirar e incentivar os mais novos a começarem a apreciar a ópera. De Guimarães, depois rumará até Lisboa.
Segundo Martim Sousa Tavares, esta peça “vai abrir portas” à exploração deste género musical para os mais pequenos, que com este “contacto muito mais leve, divertido e com uma janela aberta muito convidativa”, estarão mais aptos a admirar a ópera. Este foi, de facto, o maior desafio na escrita do libreto, de acordo com Ana Lázaro: “o principal desafio foi o facto de ter criado uma linguagem para crianças, sendo que a ópera tem uma linguagem muito própria.”
Dirigido às crianças a partir dos seis anos de idade, o espetáculo conta a história de Pedro Patê, um rapaz enfadado pela sua invulgar sorte: filho de dois cantores de Ópera, vive ele próprio dentro de uma Ópera que nunca acaba, com a música de fundo de uma Orquestra que pauteia cada gesto que faz. Aborrecido com esta condição e farto de ouvir ininterruptamente árias, cavatinas, intermezzos e afins (imagine-se o que é ser-se acompanhado por uma Orquestra quando se quer simplesmente ler um livro de Banda desenhada, tomar banho, ou fazer chichi), ou de ser arrastado para aventuras épicas ou intrigas e tropelias pelo seu pai Bellini Bel Canto (um ex-barbeiro em Sevilha) e a sua mãe Faustina Balão, uma verdadeira Diva barroca (não confundir com “diva barroco”, algo que a deixará muito zangada), Pedro Patê sonha com a possibilidade de vir a ser Ilusionista e descobrir o truque que roube as cantorias das bocas da sua família apenas com um estalar de dedos. Até que um dia, o gato de estimação de Faustina Balão, Don Giovanni al Latte, desaparece misteriosamente. Precisamente no dia em que Bellini Bel Canto e Faustina Balão celebram as Bodas de Prata. E assim Pedro Patê descobre que, ao contrário do que previa, na ópera não há limites para o imprevisto.
Este espetáculo será acompanhado em simultâneo através de audiodescrição e Língua Gestual Portuguesa.
Para além de sessões dirigidas às escolas entre 25 e 26 de novembro que já se encontram esgotadas, haverá uma sessão especialmente dedicada às famílias no dia 27 de novembro, sábado, às 16h00, no Grande Auditório do CCVF. Posteriormente, de 03 a 19 de dezembro estará no LUCA – Teatro Luís de Camões, em Lisboa. Em 2022 vai estar em Odivelas, Ovar e Ílhavo.
Ficha artística: Libreto Ana Lázaro; Música Martim Sousa Tavares; Encenação Ricardo Neves-Neves Com André Henriques, Cátia Moreso, Sílvia Filipe (cantores) e André Magalhães (actor) Ensemble David Silva (flauta), Ana Aroso (harpa), Mrika Sefa (piano eléctrico e sintetizador), Francisco Cipriano (percussão), Helena Silva (violino), Miguel Menezes e Vasco Sousa (contrabaixo e baixo eléctrico).
Agarre nos seus mais pequenos e rume a uma tarde com Ópera, em Guimarães. •