Para brindar com os amigos e a família, acompanhar com pratos invernais à mesa, degustar, com vagar, à lareira, ou para matar saudades, eis as sugestões de vinhos para todos os gostos e a experimentar ao longo deste recém-chegado 2023.
Tintos sedutores
Vinhão é a casta de eleição do Quinta de Monforte tinto 2021 (€15). Variedade de uva tradicional na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, revela a sua intensidade através deste tinto de Inverno e, simultaneamente, uma suavidade singular na boca, graças aos seus taninos macios, com alguma acidez. Trata-se de uma edição limitada a mil garrafas de um vinho produzido com uvas da agora Quinta de Monforte, propriedade cuja história remonta ao século XVII, ainda como Quinta da Naia. O novo nome foi atribuído pelo actual proprietário, Daniel Rocha, que, em 2014, decide comprar a propriedade, recuperar a vinha, de 40 hectares, e o solar, com uma envolvente predominada de floresta.
+ Quinta de Monforte
Ainda pela Região Demarcada dos Vinhos Verdes, com os pés assentes na sub-região de Baião, mas já à beira do Douro, é de revelar as singularidades deste Singular Quinta de Santa Teresa branco 2021 (€12). Feito a partir de castas seleccionadas, revela-se fresco, com uma agradável sensação de mineralidade, ideal para servir com pratos de peixe e marisco, a fazer lembrar os dias quentes do ano. Este vinho é produzido pela A&D Wines, empresa de cariz familiar, que, desde 1991, aposta na vinha em modo de produção biológico e tem a Quinta de Santa Teresa como o epicentro dos programas de enoturismo, com visita, provas de vinho diferentes e piquenique, concretizável apenas quando o tempo está de feição.
+ A&D Wines
É da histórica Quinta das Carvalhas, cujas referências mais antigas remontam a 1759, ano da demarcação da região considerada, hoje, a mais antiga do mundo, e onde as vinhas velhas estão perto de contabilizar um século desde a sua plantação. É nesta propriedade, localizada na margem esquerda do rio Douro, em frente à vila do Pinhão, e pertencente à bicentenária Real Companhia Velha, que foram vindimadas as castas típicas deste território vitivinícola, utilizadas na produção do Carvalhas Vinhas Velhas tinto 2017 (preço sob consulta). O resultado traduz-se num vinho, elaborado sob a batuta do enólogo Jorge Moreira, acompanha, na perfeição, pratos de caça e de carnes vermelhas no forno.
+ Real Companhia Velha
Tiago Alves de Sousa e João Rosa Alves, que são, respectivamente, enólogos residente e consultor da Menin Douro Estates, elegeram vinhas da Quinta do Pontão, na vila da Cumieira, na sub-região duriense do Baixo Corgo, localizadas em cotas de média altitude, entre os 240 e os 300 metros. As uvas da casta tinta Sousão foram vinificadas, processo que incluiu o estágio de 14 meses em barricas de carvalho e de oito meses em garrafa. O resultado é este H.O. Sousão 2018 (€23). Ao contrário do esperado, é um vinho elegante, com acidez e frescura equilibradas, e um final de boca apetecível. O potencial de guarda, indissociável a esta variedade de uva, é para ter em conta.
+ Menin Douro Estates
Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca foram as castas que Marta Casanova, enóloga da Quinta da Côrte, situada em Valença do Douro, juntou uvas vindimadas em vinhas velhas – maioritariamente, com 80 anos, e ocupam 13 hectares de um total de 26 hectares de vinha –, para fazer este Princesa Reserva tinto 2019 (€25,20). Com notas de frutos vermelhos bem presentes, na boca revela frescura e elegância, este vinho é ideal para quem prefere aprecia um bom tinto e consiga guardar, já que denota potencial de envelhecimento. Sobre a referida propriedade vinhateira, cuja história remonta a meados do século XVIII, foi comprada, em 2013, por Philipe Austruy, que abre as portas dos oito quartos, instalados nas casas desta quinta, recuperadas sob o traço do arquitecto e designer de interiores francês Pierre Yovanovitch.
+ Quinta da Côrte
O enólogo Tiago Alves de Sousa escolheu uvas de vinhas quase centenárias, para a feitura do Quinta da Gaivosa tinto 2019 (€40). Produzido com a minúcia de quem conhece bem a rudeza dos solos, a generosidade da matéria-prima e a influência do clima, este vinho revela a complexidade de um Douro agreste e a elegância das vinhas velhas afinada pelo tempo. A Quinta da Gaivosa, localizada em Santa Marta de Penaguião, na sub-região duriense do Baixo Corgo, pertence a Domingos Alves de Sousa, pai de Tiago Alves de Sousa, responsável pela enologia dos vinhos da Alves de Sousa, e de Patrícia Alves de Sousa, directora financeira desta empresa familiar com 30 anos e que preserva a tradição dos seus antecessores.
+ Alves de Sousa
Da Quinta do Crasto, em Sabrosa, na sub-região do Cima Corgo, é proveniente a maioria da matéria-prima para este Roquette & Cazes tinto 2019, feito também a partir de uvas vindimadas em vinhas velhas localizadas no Douro Superior. Este vinho apresenta atributos singulares, que vão bem com pratos de carne e de caça. O nome Roquette & Cazes surge do encontro de José Roquette, da Quinta do Crasto, com uma vista deslumbrante sobre os socalcos serpenteantes do Douro e o rio que empresta o nome à mais antiga região demarcada do mundo, e Jean-Michel Cazes, do Château Lynch-Bages, localizada na região de Bordéus. Ambos contam com os seus respectivos enólogos, Manuel Lobo e Daniel Llose.
+ Quinta do Crasto/Roquette & Cazes
O Douro é muito mais do que as suas três sub-regiões – Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior –, pois há muito para descobrir na mais antiga região demarcada do mundo. Uma das provas desse ecletismo é este Quinta da Gricha Vinhas Velhas tinto 2014. Feito a partir de uma mistura de castas colhidas numa vinha (field blend), típicas deste território vitivinícola, como Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Francisca e Tinto Cão, este tinto revela interessantes notas de especiarias, no nariz. Na boca, mostra uma sedutora combinação de frutos silvestres, com uma mineralidade singular, uma acidez equilibrada e taninos sedosos. Este trabalho deve-se ao conhecimento de John Graham, grande apaixonado do Douro, e à experiência adquirida por parte de Ricardo Pinto Nunes, que constituem a equipa de enologia da Quinta da Gricha, localizada em Ervedosa do Douro, com uma vista encantadora sobre o rio e a paisagem vinhateira.
+ Quinta da Gricha
Prepare-se os enchidos e continue-se com os pratos de caça e de carnes vermelhas. No copo está Adega de Penalva Tinta Roriz 2017 (preço sob consulta), da Região Demarcada do Dão, ou não rimasse este vinho com os dias frios da mais gélida das estações do ano. Apesar dos aromas frutados pouco exuberantes, no nariz, e da acidez equilibrada, na boca, os taninos estão ainda muito presentes. Eis o motivo pelo qual há que dar tempo a este vinho à semelhança dos demais tintos produzidos a partir de uvas vindimadas na referida região vitivinícola. A Adega de Penalva foi constituída a 23 de Dezembro de 1960, conta, hoje, com cerca de mil associados.
+ Adega de Penalva
Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional são as castas que compõem o lote do Dona Vitória Garrafeira tinto 2019, Vinho Regional Alentejano da Ravasqueira. Este vinho foi submetido a 18 meses de envelhecimento em barricas de carvalho de francês, seguidos de 12 meses de estágio em garrafa, como manda a cartilha da Comissão Vitivinícola do Alentejo, no que à menção Garrafeira diz respeito, segundo a qual as duas fases devem perfazer, no mínimo, 30 meses. A enologia é feita por David Baverstock e Vasco Rosa Santos, e a produção é limitada a 3.332 garrafas. Com cerca de 45 hectares, a vinha do Monte da Ravasqueira, propriedade com cerca de três mil hectares, localizada em Arraiolos, é de visitar, sem esquecer o Museu de Atrelados.
+ Ravasqueira
No nariz, sobressaem as notas de frutos do bosque; na boca, denota taninos suaves, frescura e a mesma expressão de fruta preta. Trata-se de Monte de Pinheiros tinto 2019 (€3,69), um vinho descomplicado, resultante do património vitivinícola da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora. É na propriedade de Monte de Pinheiros que está a vinha, de onde são vindimadas as castas utilizadas na produção do célebre Pêra Manca, e o centro de vinificação constituído por duas adegas, uma datada de 2006 e outra de 2014. Já o espaço destinado aos programas enoturísticos está concentrado na Quinta de Valbom, onde fica a Adega Cartuxa.
+ Cartuxa
As notas florais e de frutos vermelhos estão menos exuberante. Na boca, mostra-se aveludado, elegante, fresco, com um final longo e persistente, que apetece repetir com o vagar que o Alentejo proporciona. Falamos de São Lourenço do Barrocal tinto 2015 (€28,50), vinho elaborado com as castas Alicante Bouschet, Aragonez e Touriga Nacional, colhidas das vinhas de São Lourenço de Barrocal, propriedade vitivinícola situada em Monsaraz. Pertencente à mesma família ao longo de 200 anos, foi com José António Uva, da oitava geração, que renasceu, dando logar a um hotel. Esta unidede é composta por 24 quartos e suítes, e 15 casas, distribuídos pelo casario antigo e recuperado a rigor, graças à genialidade do arquitecto Eduardo Souto de Moura e a subtileza da dupla Anahory Almeida, nos interiores.
+ São Lourenço do Barrocal
Criado em homenagem a António Ginestal Machado, fundador da Herdade do Sobroso, Arché é nome maior desta casa e a explicação deste nome está inscrita no rótulo de cada garrafa desta referência vínica. Das colheitas até então produzidas, elegemos Arché tinto 2019 (€75), um vinho estruturado e elegante, fresco e com final de boca longo e persistente. É um tinto feito a partir das castas Cabernet Sauvignon, Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional, colhidas na referida propriedade vinhateira localizada em Pedrógão, no concelho da Vidigueira, no Alentejo. Aqui, o casario acomoda os onze quartos, que integram o hotel, e o restaurante, onde o receituário alentejano é preparado com rigor e o amor de D. Josefa Repas. A adega complementa o conjunto edificado erguido numa envolvente serena.
+ Herdade do Sobroso
Tinta Miúda da Malhadinha Vinha da Malhadinha 2019 (preço sob consulta) é a estreia desta casta tinta a solo na adega da Herdade da Malhadinha Nova. O conhecimento e a infinita vontade de experimentar por parte enólogo Nuno Gonzalez foi determinante na feitura deste vinho. Com grande potencial de guarda, característica indissociável à casta Tinta Miúda, este vinho é produzido na já referida propriedade vitivinícola da família Soares, com Rita Soares à frente do projecto de Turismo em Espaço Rural, iniciado com a country house, no Monte da Peceguina. Este foi, portanto, o ponto de partida para abrir portas da Venda Grande, casa situada no coração da aldeia de Albernoa, no concelho de Beja, bem como recuperar ruínas espalhadas pelas propriedades posteriormente adquiridas e localizadas em redor da primeira, onde ficam a Casa das Pedras, a Casa do Ancoradouro, a Casa da Ribeira e a Casa das Artes e Ofícios.
+ Herdade da Malhadinha Nova
Também da Vidigueira, trazemos este Revelado tinto 2019 (€15), Feito a partir das castas Alicante Bouschet, Touriga Nacional e Syrah, vindimadas na Herdade do Peso, denota, na boca, complexidade, estrutura e frescura. Sirva-o a 16 °C. Os pratos de carne mais elaborados são a companhia perfeita, mas se guardar por mais tempo, revelar-se-á certamente uma boa surpresa. Sobre a referida propriedade, pertencente, desde a década de 1990, à família Guedes e à Sogrape, tem em Luís Cabral de Almeida, a responsabilidade da enologia, desde 2012, agora com nova adega.
+ Herdade do Peso
Brancos versáteis
As castas emblemáticas da Região dos Vinhos Verdes foram as seleccionadas para este Aveleda Loureiro & Alvarinho 2021 (€5,49), um branco exuberante no nariz, graças ao perfil frutado e floral. A sensação de mineralidade e a elegância conferidas pelas duas variedades de uva, tornam este vinho apetecível, só mesmo para recordar o Verão. Ou apenas porque apetece sushi ou uma salada, para minimizar os excessos cometidos durante a passada época festiva. Sobre a Aveleda, é de recordar que esta empresa primeiro vinho da Quinta da Aveleda, situada em Penafiel, foi produzido há 150 anos, por Manoel Pedro Guedes. Actualmente, esta casa é representada pela quinta geração, com a dupla de CEO’s, Martim Guedes e António Guedes.
+ Aveleda
Voltemos novamente à Quinta da Côrte, em Valença do Douro, para degustar este Côrte branco 2021 feito a partir da casta Viosinho. As características desta variedade de uva são notórias no vinho, que, na boca, revela frescura, untuosidade e um final longo. O resultado advém do trabalho da enóloga Marta Casanova em conformidade com Stéphane Derenoncourt, o enólogo consultor desta casa. As provas de vinho realizam-se na nova adega, enquanto a casa principal tem, no centro, a cozinha, com mesa espaçosa, revestida por uma imagem, que reproduz a paisagem do vale do Douro e a Quinta da Côrte. Aliás, todo o projecto está profundamente marcado pela arte. É ir!
+ Quinta da Côrte
Síria, Fonte Cal a Arinto são algumas das variedades de uva colhidas em vinhas velhas, com idades compreendidas entre os 60 e os cem anos, para fazer este Quinta Vale do Ruivo Vinhas Velhas branco 2019 (preço sob consulta). Os solos graníticos de Souropires, na Beira Alta, os Invernos rigorosos e os Verões quentes e secos constituem uma quota parte da influência na matéria-prima, conferindo, a este vinho, uma sensação de mineralidade e de frescura, atributos igualmente partilhados pelas castas. As vinhas são de José Madeira Afonso. Natural de Coimbra e outrora estudante na Escola de Regentes Agrícolas, em Coimbra e Santarém, e de Medicina, também em Coimbra e Lisboa, despertou, mais tarde, em Bergen, na Noruega, para o universo vitivinícola. O primeiro vinho que produziu remonta a 1994. Hoje, divide o seu tempo entre a Medicina e os vinhos Casas Altas e Quinta Vale do Ruivo.
+ Casas Altas
A emblemática casta branca Jampal continua a ser a mais emblemática para André Manz, proprietário da Manzwine, com o seu epicentro instalado no coração da aldeia de Cheleiros, no concelho de Mafra. É precisamente desta variedade de uva que é elaborado este Dona Fátima Jampal 2021 (€25). No copo, deixa transparecer os seus atributos frutados em consonância com acidez equilibrada e uma complexidade, e frescura, que conquista à primeira. Pratos de peixe e marisco estão aptos a fazer companhia a este branco da região dos Vinhos de Lisboa, que teve Ricardo Noronha na enologia.
+ Manzwine
Com mais de duas décadas de história, eis Prova Régia Arinto 2021 (€4,99), um dos vinhos mais consagrados da Região Demarcada de Bucelas, na região dos Vinhos de Lisboa, onde a casta Arinto é rainha. É precisamente esta variedade de uva a eleita para esta colheita, que dá mostras da influência atlântica característica do terroir da Quinta da Romeira. Acidez integrada, frescura e volume conferem a este branco a capacidade de acompanhar pratos de peixe e marisco, além de sushi. Sobre a Quinta da Romeira, onde o enólogo Diogo Sepúlveda é o responsável por este e pelos demais vinhos do portefólio desta propriedade comprada, em 2019, pela Sogrape. Já a sua história é para ouvir in loco.
+ Quinta da Romeira
Aos pratos que rimam com o Inverno é de se fazer acompanhar o Altitude Reserva do Comendador branco 2020 (€23,99), da Adega Mayor, localizada em Campo Maior. Trata-se de um Vinho Regional Alentejano feito a partir de uvas vindimadas em vinhas velhas seleccionadas e trabalhadas sob a supervisão dos enólogos Rui Reguinga e Carlos Rodrigues. A frescura e a acidez, a par com a elegância, fazem deste vinho um branco apetecível e uma boa escolha para este ano. Provas de vinho, workshop vínico e ser enólogo por um dia são alguns dos programas disponíveis nesta adega, que, na chegada dos dias soalheiros, prepara tudo para que faça um piquenique na vinha, mediante pedido prévio, claro!
+ Adega Mayor
Antão Vaz e Arinto são as castas que fazem parte do lote do Reguengos Reserva branco 2020, vinho exuberante, no nariz; com estrutura e acidez equilibrada e persistente na boca. Harmonize este vinho, com uma tábua de enchidos e queijos, seguida de um prato de peixe assado no forno ou experimente na CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz fundada em 1971, onde estão disponíveis atividades várias, no âmbito do enoturismo, como a visita guiada à adega, as provas vínicas, que podem ser acompanhadas por petiscos regionais. Hoje, esta casa conta com 800 associados e mais de três mil hectares de vinha.
+ CARMIM
O Marias da Malhadinha é colocado no mercado apenas quando a vindima é excepcional e este Marias da Malhadinha Vinhas Velhas branco 2020 (€65) é expressão maior dessa decisão e a prova de que a produção vínica tem vindo a prosperar na Herdade da Malhadinha Nova. Com grande potencial de guarda, é feito a partir de castas típicas do Alentejo, como Manteúdo, Alicante Branco, Roupeiro, Diagalves, Olho de Lebre. A enologia cabe a Nuno Gonzalez, que, há uma década, abraçou este projecto da família Soares, cujo epicentro se situa na referida propriedade, localizada em Albernoa, no distrito de Beja. Acompanhe com pratos elaborados, seja de peixe, seja de carne, bem como queijos ou rume à referida propriedade e faça uma prova vínica na taberna, espaço contíguo à recepção do hotel e da villas.
+ Herdade da Malhadinha Nova
No nariz, destacam-se as notas de frutos tropicais. Na boca, exalta a sensação de mineralidade, a frescura e volume, seguido de um final salínico e longo. Falamos do Terras de Lava branco 2019, da Pico Wines, que faz jus ao terroir vulcânico dos Açores, neste caso, da Ilha do Pico. A enologia é do enólogo Bernardo Cabral, que recomenda pratos de marisco e de peixe. Quem estiver ou visitar este pedaço de terra insular, fica a sugestão da viagem cultura pela adega, durante a qual é contada a história sobre esta actividade agrícola, desde a plantação dos primeiros bacelos, na segunda metade do século XV, à fundação desta Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico.
+ Pico Wines
Imparável, o enólogo António Luís Cerdeira decidiu ir mais longe, em relação ao primeiro espumante da sua Soalheiro – empresa familiar de Melgaço cujo nome advém da primeira e soalheira parcela de Alvarinho plantada, em 1974, pelo pai João António Cerdeira e pelos avós António Esteves Ferreira e Maria Cerdeira. Feito a partir da referida variedade de uva, que “dá corpo” à maioria das referências desta adega, onde as experiências são uma constante, eis o Soalheiro Espumante Bruto Barrica 2018 (€17). Apresenta bolha fina e, no nariz, denota complexidade. Acidez equilibrada, textura cremosa e elegância são características, que incitam a apreciar, bem devagar, este espumante, que, à mesa, revela-se versátil. O final longo e persistente são uma excelente companhia para reflectir sobre os desejos para 2023, até porque ainda vai a tempo!
+ Soalheiro
Brindemos!