Eis o Mona Verde. Perfeito para um almoço intimista, uma tarde passada em boa companhia e noites acompanhadas por sonoridades mil. À mesa privilegia-se o diálogo entre as culturas mediterrânea e sul-americana, com interessantes paragens a partilhar.
Entre no n.º 14C da Rua Castilho, em Lisboa. Suba, de elevador, até ao piso sete. À saída, a escada é o caminho de acesso ao 8.º andar, o rooftop onde está instalado o bar e restaurante Mona Verde. “É um restaurante bar com boa música ao vivo todas as noites”, com particular destaque para o Mona Vista Social Club agendado para todas as quartas-feiras. A explicação é dada por Teresa Barros, cujo nome faz parte da sociedade composta por cinco elementos, um dos quais é Miguel Júdice, nome ligado à Quinta das Lágrimas, hotel de cinco estrelas de Coimbra.
A tenda, disposta sobre o balcão do bar, as sombras instaladas sobre as mesas e as palmeiras conferem o exotismo e a tropicalidade deste novo ponto de encontro cheio de classe, em plena cidade. O cenário parece reportar-nos para o não muito longínquo deserto do Sara. Mas, em menos de dois meses, será montada uma tenda marroquina, para tornar o Mona Verde um espaço aprazível durante os dias frios do ano.
À mesa, a viagem encaminha-nos a Espanha, França, Itália, ao Mediterrâneo, num cruzamento saudável e apetecível com outras latitudes, rumo a outras latitudes. No fundo, “o conceito da gastronomia, aqui, é o encontro entre a cozinha do Sul da Europa com a da América Latina”, sublinha Teresa Barros, enfatizando “a conexão que temos com o Brasil e a América Latina – Perú, Colômbia”.
Antes de mais, troque os cocktails clássicos pelos de autor. Viaje de “Caravela” até à Madeira, rume à América Latina com o “Graviola Rosada”, fique pelo Brasil com o “Amazónico”, entregue-se à “Sedución Tropical”, finja-se a “Dame Otro” ou o “Socialite” do momento e sinta o sabor do “Mona’mour”.
Sem mais delongas, peça carapau braseado com pimentos assados, que remete para a loucura das festas joaninas da cidade de Lisboa, ou deixe-se arrebatar pelos cogumelos assados com gema de ovo, uma saborosa versão dos tão conhecidos ovos rotos. Para continuar, prove o ceviche de peixe branco e o tártaro de bonito com milho crocante e abacate, e pisque o olho à tostada de lombo maturado por 45 dias.
Entretanto, escolha um vinho a copo ou uma das referências da carta de vinhos, com passagem por algumas regiões do país, itinerário vínico, que convida a ir além fronteiras, atravessando Espanha, França até chegar à Itália. Chile, Argentina e Nova Zelândia complementam a lista.
Alinhe no desfile gastronómico do Mona Verde, com forte aposta na cozinha de fogo, responsabilidade do chef Manuel Lino (trabalhou no Tabik, restaurante localizado na Avenida da Liberdade). “Não é uma comida muito trabalhada”, comenta Teresa Barros. O peixe do dia grelhado, para dois, a comer com os corações de alface romana grelhados é a recomendação do momento.
Ou a corvina com molho de espumante e limão. Vale o chuletón maturado e chimichurri, mas peça para acompanhar com batatas fritas trufadas. A beringela fumada com queijo feta e o trio constituído por couve-flor, avelã e cogumelos enchem as medidas dos apreciadores de pratos vegetarianos.
Renda-se ao fondant de chocolate branco ou viaje até Itália ao sabor do gelado cremino, doce tradicional daquele país composto por chocolate e avelã, e continue a fruir dos ritmos da noite, ao jantar, das 18h30 às 12h00.
Segundo Teresa Barros, o Mona Verde não fica por aqui. “No início do próximo ano, vamos abrir outro restaurante, no piso sete. Será o Mona Libre, com um nível um bocadinho acima. A ideia é ir ao restaurante e, depois, subimos ao Mona Verde para beber um copo no final ou bebe-se o copo cá em cima e depois descemos para o restaurante”, explica. Aguardemos!
Até lá, delicie-se com a boa onda do Mona Verde, aberto também ao almoço, entre as 12h00 e as 15h00, o momento do dia ideal para apreciar a silhueta da cidade de Lisboa e o rio Tejo, a prolongar-se tarde afora, das 15h00 às 19h00, para reunir com os amigos, ambos os momentos com ementas diferenciadas.
É ir!