Após um mês de maio em pleno com seis concertos muito bem sucedidos – Sun Blossoms; LaBaq; Flávio Torres; Daniel Catarino; Birds Are Indie e JP Simões – já é conhecido o cartaz para o mês de junho, da Música da Casa (MdC). Eis os eleitos para dar ritmo a este mês que já corre…
06/06, 18h30 – Meta
Mariana Bragada natural de Bragança tem “raízes profundas na natureza e com a memória de cantar e dançar desde que existe. Caracteriza-se como Costureira de melodias – recolhe e coze sons do mundo, que grava nas suas viagens e que ouve no coração, criando uma manta de retalhos sonoros de caminhos imaginários e tradições, que cresce infinitamente.“
Meta une assim a “inspiração natural e ancestral que a Terra lhe dá com a tecnologia que a potencializa para re-criar visões e manifestações. Através de improvisos e cânticos em português, inglês, espanhol e na linguagem universal, partilha o processo de criação no momento e valoriza a viagem como o destino.” Com vários palcos de cá e além fronteiras no seu curriculum, Meta abre as hostes a um novo mês na MdC.
13/06, 21h30 – Dapunksportif
Após 17 anos de estrada e muitos concertos, os Dapunksportif continuam bem “agarrados” ao Rock. Com quatro LPs na bagagem – e um quinto já em fase de produção – “a banda de Peniche mostra a sua vitalidade e resiliência, em tempos conturbados. Uma coisa é certa, o seu Rock musculado com groove à mistura, mantém-se“.
O Line up para o concerto é: João Guincho – guitarra; Paulo Franco – voz & guitarra; Fred Ferreira- bateria; Filipe Brito- baixo; Vicente Santos- teclas.
20/06, 21h30 – Knot 3
Um casamento entre a menina de coro e o eléctrico ex-tédio boy seria tão improvável quanto os dois se juntarem para um indigente encontro musical. “Com carreiras musicais bastante distintas que viajam, da parte do para sempre Toni Fortuna, do frenético rock’n’roll dos d3o e as canções cinematográficas dos Mancines à explosiva África urbana do projecto a solo de Selma Uamusse ou a intimista música de Rodrigo Leão, a quem esta também empresta a voz desde 2014. O ponto de encontro destas duas figuras deu- se por obra e graça divina no mundo espiritual da música gospel“.
“KNOT3 é por isso como um cordão de 3 dobras onde dois cantores com um lado performativo muito vincado largam o seu “eu” para se entregarem a um 3o amor e casamento divino, no palco e fora deles . Electrónica, guitarradas, teclados… o corpo, a alma e as vozes serão certamente os instrumentos principais deste projecto que surge por insistência do amigo e radialista Nuno Calado, que os convida a fazerem a sua estreia no Festival Indigente Live em Outubro de 2019.”
21/06, 21h30 – From Atomic
From Atomic é banda que nasce em Coimbra, em 2018, do desafio de Alberto Ferraz a Sofia Leonor para fazerem algo em conjunto, aos quais se junta Márcio Paranhos, formando-se assim um super núcleo atómico.
Nos “From Atomic encontramos um som com marca própria, crua mas firmemente apoiada em melodias pop. A urgência das palavras com que Sofia Leonor (voz e baixo) nos interpela, expõe a narrativa minimalista que se funde nas melodias ruidosas de Alberto Ferraz (guitarra). O ciclo fecha-se com uma fundação rítmica viciante e feroz, a cargo de Márcio Paranhos (bateria), que enquadra uma atmosfera simultaneamente negra e luminosa.”
No início de 2020 aconteceu o lançamento do seu primeiro álbum de originais: “Deliverance”. Gravado e produzido nos estúdios da Blue House, editado pela Lux Records.
27/06, 21h30 – John Branco & The Fee
John Branco é guitarrista, vocalista e letrista do quarteto rock alcobacense Stone Dead – grupo que tem vindo a assumir o seu lugar na cena musical portuguesa graças ao lançamento do disco “Good Boys”, em 2017, pela editora Lovers & Lollypops, e pela consequente jornada de concertos entre alguns dos maiores festivais nacionais e inúmeros palcos fora de portas.
Este 2020, enquanto vai preparando a gravação do segundo LP com os Stone Dead, começa também a levantar o véu sobre o seu projecto em nome próprio – John Branco & The Fee – tendo revelado a demo de uma faixa, “Truth”, no passado mês de fevereiro.
28/06, 18h30 – Henrique Amoroso
Em 2003, Henrique Amoroso foi um dos membros fundadores, juntamente com Pedro Temporão, da banda pop-rock “Corsage”, projecto musical com uma história bem preenchida que em 2014 cessa guardando seguro um portfólio bem invejável.
“Henrique Amoroso, em período pós-trombalescência devido ao final dos Corsage, decidiu mostrar-se ao público com novas composições, novos passos de dança e novos batimentos electrónicos em detrimento dos convencionais. Findaram as dúvidas – os Corsage apagaram a luz e o Henrique foi buscar o gerador à casa do Tio artista, Soviético, e seguir o seu caminho, feito gambiarra kamikaze ou pirilampo trágico.“
“Aquando da estreia mundial no mundo português, embalado feito bola de canhão humano em papel de c’est la femme, implode então na edição física dos Novos Talentos Fnac 2015, com o “Varão no Fontória”. Estatelado à parte, estreia-se oficialmente na escrita de canções, mais pessoais e intransmissíveis (…). A doce colisão frontal – com banda, ao vivo e a dores – entre a insuportável leveza do ser e o peso da herança pop-escroque.“
Os concertos são exclusivos para membros, e visionados através de um grupo fechado no Facebook. Os promotores já pensam em organizar concertos ao vivo, estando já em contacto com várias salas. Além dos concertos, os subscritores têm acesso a vários sorteios de discos e merchandise, assim como conteúdos exclusivos para autênticos melómanos.
A adesão a esta plataforma é feita através do site no final deste artigo. Se quiser saber mais sobre este movimento independente criado por fãs de música que se juntaram para promover concertos pagos… É só reler aqui a entrevista que fizemos aos cabecilhas da MdC.
A tomar nota, a ouvir estes concertos, no conforto de sua casa (enquanto não podemos ir às salas habituais). •