Avizinham-se as comemorações dos 725 Anos da Universidade de Coimbra, com a 17ª Semana Cultural que dá “Música à Sexta e aos Outros Dias da Semana”. Para vos acicatar a entrar nos festejos do aniversário desta Senhora Universidade: Adriana Calcanhotto, em concerto, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).
A cantora brasileira de voz doce e serena confirma concerto único, e obrigatório, na Região Centro, que será o 1.º espetáculo da 17.ª Semana Cultural que assinala os vetustos 725 Anos da Universidade de Coimbra – Património da Humanidade da UNESCO. Adriana Calcanhotto regressa, em março, a Portugal com o seu violão e com um dos seus espetáculos mais populares. “Olhos de Onda” é apresentado no TAGV no dia 2 de março, pelas 21h30.
A Reitoria da Universidade de Coimbra e o TAGV apresentam pela primeira vez Adriana Calcanhotto com um espetáculo no qual os protagonistas são a voz singular da artista e violão. E mais não é preciso quando se canta, toca e se envolve com música assim, com mestria elegante. Em “Olhos de Onda”, a cantora e compositora brasileira interpreta os seus maiores sucessos e alguns inéditos em versão voz e violão. O espetáculo, um solo tão cheio, foi concebido propositadamente para o nosso país, por ocasião do 20º aniversário da Culturgest, tendo esgotado 14 datas ao longo das suas apresentações em Portugal continental e ilhas. Olhos de Onda encerra agora este ciclo de espetáculos, em salas onde Adriana Calcahotto atua pela primeira vez como Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra, 2 de março), Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 25 de fevereiro), Teatro das Figuras (Faro, 5 de março) e Theatro Circo (Braga, 7 de março).
Adriana Calcanhotto revela-se contemporânea na lírica e delicada na harmonia da música que compõe. Sem receios agarra na poesia e musica versos de Mário de Sá-Carneiro e de Jacques Prevért; nas artes plásticas, envolve-se com a obra de Lygia Clark e Helio Oiticica; no cinema, compõe bandas sonoras para documentários e espetáculos. É completa na musicalidade, na música que lhe está na alma e na pele. Na sua já afirmada carreira, alcança um equilíbrio entre qualidade e popularidade que a tornaram num dos nomes incontornáveis da música popular brasileira. A trajetória de Adriana começou no sul do Brasil, em Porto Alegre, cidade onde nasceu em outubro de 1965, de uma mistura de italianos e portugueses. Mãe bailarina, pai baterista e “um ambiente harmonioso para que a menina, aos 13 anos, já se aventurasse a inventar canções.”, uma junção mais que perfeita para um resultado que se ouve e (re)ouve. Nas descobertas musicais de Adriana não foi só o “fino canto” de João Gilberto ou as intrincadas invenções de Miles Davis, mas também os hits populares das rádios AM. Adriana Calcanhotto desenvolveu um ouvido sem preconceitos, porque um músico completo ouve de tudo um pouco, para conhecer o seu meio. Esta suave voz que regressa a terras lusas, estreou-se nos bares de Porto Alegre em 1984 e, quatro anos depois, causou sensação ao participar num concerto de Rita Lee. O primeiro álbum, “Enguiço”, foi lançado em 1990, data também da sua primeira digressão pelo Brasil, e a música, “Naquela Estação” (Caetano Veloso/João Donato) conquistou o público como banda sonora de uma novela de sucesso, “A Rainha da Sucata”, da TV Globo. Adriana Calcanhotto recebeu o prémio de revelação feminina. Depois de estreia e em mais de 20 anos de carreira, Adriana Calcanhotto lançou outros oito álbuns e desde 2003, trabalha com a produtora Sony e, sob o heterónimo Adriana Partimpim, lançou três álbuns e concertos de grande sucesso, numa proposta feliz em que regista a visão contemporânea para as canções infantis. Em abril de 2013, apresentou-se em Portugal: 13 espetáculos em nove cidades diferentes.
Dia 2 de março, marque presença no TAGV. Bons sons, do Brasil! •
+ Adriana Calcanhoto
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© Fotografia: Daryan Dornelles.
© Vídeo: Adriana Calcanhotto, “Me Dê Motivo“.
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