E se lhe dissermos que há uma exposição com obras de Alexandre Conefrey, João Grama, Jorge Molder, Joseph Beuys, Maísa Champalimaud, Marcelo Costa, Mário Macilau, Mel O’Callaghan, Pedro Calapez, Pedro Proença, Pedro Sousa Vieira, Pires Vieira & RitaGt, com a curadoria de Alda Galsterer, para visitar?
“Beuys disse, que o Múltiplo é um portador de ideias. O seu carácter serial fazia dele o veículo ideal para chegar com a sua arte a um maior círculo de pessoas, a um maior número de público. Na altura (anos 1960/70) foi o quebrar de um tabu – o carácter único da obra de arte era nivelado, a aura elevada que existia em torno da obra de arte era colocado em causa; o papel do artista era relativizado, e além disso, tornava a arte mais acessível“.

© Alexandre Conefrey, “Sem Título”, 1995, Litografia sobre papel, PA, 27,5 x 18,5 cm
Embebida no espírito deste reconhecido artista alemão, esta exposição colectiva que aqui vos damos a conhecer – Paperworks IV” – apresenta trabalhos que foram selecionados por se relacionarem com esta lógica de edição. No sentido de querer tornar a arte mais democrática no seu sentido mais lato, acessível não só em termos monetários, bem como em termos conceptuais, o múltiplo cria uma relação imediata com o objecto e seu conteúdo. Serão apresentado livros de artista, desenhos, objetos únicos e múltiplos numa partilha inesperada.
Com inauguração marcada para o próximo dia 19 de janeiro, “Paperworks IV” é mais uma exposição a não perder na seleta Galeria que já bem nos habituou a exposições que marcam diferença de conteúdos, pelos conceitos apropositados, com obras de artistas reconhecidos do panorama cultural. A visitar, na Rua Castilho, em Lisboa. •
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