44º Festival Internacional de Música de Espinho

E hoje que começa o verão, ainda que com chuva aqui e ali, falemos de um já vetusto festival, pois está aí a 44ª edição do Festival Internacional de Música de Espinho – um dos mais reconhecidos festivais de música do género no país.

Começa esta sexta-feira, dia 22 de Junho e prolonga-se até ao próximo dia 21 de Julho, com um programa que propõe um total de 11 concertos, onde intervirão mais de 200 músicos, com uma assinalável diversidade de solistas, formações orquestrais e reportório de referência.

O concerto de abertura é da responsabilidade do violinista russo Dmitry Sinkovsky com o agrupamento La Voce Strumentale. A 22 de Junho, às 22h00, no Auditório de Espinho – Academia, Sinkosvsky irá interpretar, de forma inventiva e entusiasmante, as conhecidas “As Quatro Estações” de Vivaldi. Ficar em casa está, assim, fora de questão.

Numa programação muito abrangente, fundamentalmente de música clássica, mas também com um fim-de-semana totalmente dedicado ao Jazz – com nomes de peso como Michel Portal e Hermeto Pascoal –, o 44º FIME chega-nos com uma aposta numa diversidade de locais, entre os quais a Igreja Matriz, a Capela de Nª Srª d’Ajuda, a praça do Município, a Praça da Piscina Solário Atlântico, e o Auditório de Espinho. Para Alexandre Santos, coordenador da programação do festival, esta multiplicidade de espaços para a apresentação dos concertos “propiciarão a diversidade, cruzamento de públicos e a envolvência da música com a própria cidade”.

Por ver ficam ainda nomes como os pianistas Pedro Burmester, Lars Vogt ou Mário Laginha, o jovem rising star Edgar Moreau no violoncelo, o excepcional oboísta Lucas Macías Navarro com a Camerata da Orquestra Sinfónica de Castilla y León ou o consagrado alaudista Edin Karamazov, bem como, as orquestras Real Filharmonía de Galicia, Orquestra Clássica de Espinho (OCE) ou Orquestra de Jazz de Espinho.

O convidado do concerto de encerramento da 44ª edição do FIME, a 21 de Julho, dispensa apresentações. Mário Laginha é um dos mais aclamados e criativos pianistas e compositores portugueses e será protagonista num concerto que acontece ao ar livre, com a OCE onde irá interpretar o seu próprio “Concerto para piano e orquestra” e ainda “Raphsody in Blue” de Gershwin.

O impacto do FIME abrangerá uma grande diversidade de públicos, desde os mais familiarizados com a música clássica e o jazz, mas também chegará àqueles que em muitos casos chegarão pela primeira vez a um concerto de uma orquestra clássica ou de uma orquestra de jazz, sem esquecer também os mais jovens num concerto especialmente programado para eles. O FIME cumpre assim o objectivo que levou à sua 1ª edição em 1964 – ainda mal se falava de Festivais – que é o de contribuir para a riqueza cultural da região e trazer a Espinho o que de melhor se faz por esse mundo fora”, considera Alexandre Santos.

Este ano o programa conta ainda com um ciclo de Palestras Pré-Concerto, Palestrina’s, uma nova rubrica a pensar nos melómanos e que pretende aprofundar o conhecimento sobre o repertório dos concertos. Ao mesmo tempo, no dia 22 de Junho, inaugura uma exposição do artista Meireles de Pinho, que estará patente no foyer do Auditório de Espinho – Academia até ao final do festival.

Para melhor organizar a sua agenda, e porque o cartaz é longo, visite o site do Festival no link, no final desta nota. A ir, em Espinho. •

+ Festival Internacional de Música de Espinho – Programação
© Fotografia: Dmitry Sinkovsky, DR.

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