Já tem programa para amanhã, à noite, em Matosinhos? Se ainda não tem, deixamos a sugestão: ‘La Cambiale di Matrimonio’ de G. Rossini no Teatro Constantino Nery (Matosinhos).
É já amanhã, dia 2 de Fevereiro, pelas 21h30, que a companhia all’Opera estreia uma nova produção da ópera cómica ‘La Cambiale di Matrimonio’ de G. Rossini, no Teatro Constantino Nery (Matosinhos).
Com encenação de Pedro Ribeiro, cenografia de Ana Gormicho, figurinos de Inês Mariana Moitas e desenho de luz de Nuno Almeida, esta bem divertida ópera conta com a participação dos cantores Job Tomé, Sara Braga Simões, Mário João Alves, Diogo Oliveira, Ana Vieira Leite, Miguel Maduro-Dias e ainda do pianista Ángel González, do clarinetista Nuno Pinto e da flautista Sílvia Cancela.
O encenador Pedro Ribeiro num testemunho deixado na página oficial da companhia all’Opera no facebook, aponta três razões porque não se deve perder este espectáculo:
1. “Porque tem música de Rossini, que é por si só uma experiência brutal“;
2. “porque a nossa versão está repleta de acção e comédia do início ao fim“;
3. “Porque podem vir conhecer a companhia all’Opera que é feita de grandes profissionais, que têm um coração enorme e que amam aquilo que fazem – e isso transparece a cada segundo do espectáculo.”
“La Cambiale di Matrimonio” (O Contrato de Casamento) é uma ópera cómica em um acto com música de Gioachino Rossini composta para o libreto de Gaetano Rossi. O texto foi baseado na peça teatral de Camillo Frederici (1791) e num outro libreto de Giuseppe Checcherini para a ópera “Il matrimonio per lettera di cambio” de Carlo Coccia (1807). A ópera estreou a 3 de Novembro, no ido ano de 1810, no Teatro San Moisè em Veneza. Rossini compôs a música em apenas alguns dias e foi a sua primeira ópera profissional.
A Abertura foi escrita quando era ainda um estudante no Liceo Musicale de Bologna, e é hoje uma obra muito conhecida do reportório orquestral. O Contrato de Casamento está intimamente ligado às famosas comédias burguesas de Carlo Goldoni. Retractando o mundo da burguesia de forma positiva, mas ao mesmo tempo criticando-a. Usa muitas vezes o exagero na caricatura das personagens – especificamente nos prósperos comerciantes, sempre muito ocupados com os seus negócios internacionais, mas emprisionados com o seu provincialismo e mesquinhez.
Uma comédia com 200 anos que continua tão e bem actual como na data em que estreou: porque negócios, continuam a ser negócios e em tempo de crise tudo pode ser vendido ou hipotecado…
O espectáculo será cantado em Italiano com diálogos e legendagem em Português. Para quem tem na ópera um hábito pontual ou mais assíduo, uma paixão ou uma curiosidade, amanhã é obrigatório rumar ao Teatro Constantino Nery.
Ópera de excelência por uma companhia portuguesa. A não perder. •