O Festival Fado Madrid tornou-se uma referência a nível internacional, para este género musical, e é hoje a maior mostra de Fado além fronteiras.
A 6.ª edição do Festival Fado Madrid está de regresso aos Teatros del Canal no próximo mês de junho, com a temática “Fado e outras músicas”. Esta nova edição conta com um cartaz de luxo, como sempre, composto por Ana Moura, António Zambujo e Cuca Roseta. Após o êxito das passadas cinco edições o Festival promete brindar Madrid com o melhor da cultura portuguesa, levado a cabo por três grandes artistas cujo sucesso se estende por todo o mundo. Ana Moura, António Zambujo e Cuca Roseta.
Para além de concertos o Festival Fado, que vai sempre além de só e apenas concertos, oferece ainda a exibição de filmes portugueses, um ciclo de conferências e uma exposição representativa do Fado. Serão três dias de intensa cultura portuguesa, entre o Teatros del Canal e La Filmoteca Nacional – Cine Doré, onde os visitantes vão poder assistir a uma diversidade de atividades relacionadas com o tema desta edição: “Fado e outras músicas”. A exposição – “Estar com Paredes” – mostra a biografia e carreira do virtuosíssimo e inigualável guitarrista Carlos Paredes, desde a sua infância e adolescência, destacando a sua carreira e discografia. Uma exposição marcada pela sonoridade das suas composições , testemunhos e ainda dezenas de entrevistas: obrigatória, se estiver por Madrid nestes dias de junho.
O já habitual ciclo de conferências terá como temas “Fado floral e universal” a cargo da fadista Mísia e “Inventores e reinventores do Fado” a cargo de Rui Vieira Nery. O festival conta também com exibições de filmes como “Mísia, a voz do Fado” de Carmen Castilho, para descobrir imagens inéditas da artista, e “Movimentos Perpétuos”, de Egdar Pêra, um documentário dividido em 17 “movimentos”, uma homenagem à vida e obra de Carlos Paredes – imperdível junto com a exposição. Nos concertos, é a tomar nota:
24/06, 20h30 – Sala Roja /Ana Moura com: Ângelo Freire – guitarra portuguesa; Pedro Soares – viola fado; André Moreira – baixo acústico; Mário Costa – percussão; João Gomes – teclas. Ana Moura é sinónimo de sucesso tanto a nível nacional como internacional. Com cerca de meio milhão de discos vendidos, mais de uma dezena de galardões e prémios tão importantes como dois globos de ouro, um prémio Amália Rodrigues e, em 2015, foi ainda nomeada pelo Presidente da República Portuguesa Comendadora da Ordem Infante D. Henrique. Ana Moura leva ao Festival Fado Madrid o seu sexto disco de originais, “Moura”.
25/06, 20h30 – Sala Roja / António Zambujo com: Bernardo Couto – guitarra portuguesa; Ricardo Cruz – contrabaixo; José Conde – clarinete; João Moreira – trompete. Com estreia absoluta no Festival Fado Madrid, António Zambujo já ultrapassou a marca de 100 concertos na sua tour mundial do seu último disco de originais “Rua da Emenda”. Um disco que ora é viela estreita para amores arraçados de fadista, ora se transforma numa avenida larga para escalas que trazem todo o mundo (Brasil, França, Uruguai, África) para a dimensão maior de um artista português. Em 2015, venceu múltiplos prémios, recebeu o Globo de Ouro para Melhor Intérprete individual e Melhor Canção “Pica do 7”, e foi também condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a comenda de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
26/06, 20h30 – Sala Roja / Cuca Roseta com Luis Guerreiro – guitarra portuguesa; Pedro Joia – viola fado; Frederico Gato – baixo; Vicky Marques – percussão. Cuca Roseta é uma das vozes mais reconhecidas do fado contemporâneo. Em 2015, apresentou “Riû” – um álbum que recebeu as melhores críticas nacionais e internacionais dos meios musicais, produzido por Nelson Motta, o mesmo produtor de Djavan, Elis Regina, Marisa Monte entre outros. No seu mais recente álbum de originais “Riû”, Cuca Roseta canta um dueto com Djavan tendo sido acompanhados na composição por Jorge Drexler, Bryan Adams, Ivan Lins, produzindo desta forma um dos discos de fado mais falados dos últimos tempos.
Um Festival obrigatório se por Madrid andar, estiver ou viver. A música portuguesa nos palcos, onde é ainda maior. Exposição, filmes, concertos. Todo um programa completo para homenagear um estilo que é parte da nossa identidade.
A ir! •
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© Fotografia de capa: Ana Moura – do vídeo “Dia de Folga“.
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