No passado dia 05 de maio nasceu, em São Paulo, Brasil, O Língua, no Dia da Língua Portuguesa.
Em São Paulo vive a maior concentração de falantes de português; por isso foi lá que se decidiu lançar publicamente a primeira palavra do Língua® Bienal de expressividades criativas da Língua Portuguesa; uma iniciativa da Associação Portugal Genial que ocorrerá no próximo ano, no Brasil e em Portugal.
A língua é, antes demais, o órgão músculo de paladar, de dar e de receber prazer, de se manifestar, de expressar os nossos sentimentos. A nossa, é tão culturalmente comprida, que se fala e ouve, escreve e lê, pinta e esculpe, canta e dança por diferentes povos e continentes ao mesmo tempo.
Português, a primeira língua global. Há 600 anos, a Língua portuguesa lançou-se por mares nunca antes navegados para ser do mundo. Musical, suave e sonora, foi a primeira língua franca, falada em todos os continentes. Desse legado há palavras Portuguesas usadas em mais de 60 línguas. No japonês são 90 entre as quais: amendo-amendoa; anjo- anjo; koppu-copo; manteka-manteiga, tabako-tabaco. No Canadá, kanata vêm de canada (passagem estreita); bacallao de bacalhau; fogo, Boa Ventura; labrador-lavrador. Na América, a palavra índia pocasset deriva de pouca, o nome Pocahontas significa mulher pequena. Pão é pano na India e Pan no Japão, onde arigato nos soa tão bem a obrigado, isto para citar apenas alguns exemplos.
A Língua é, ainda, um recurso endógeno multinacional. Falada no Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau, a Língua Portuguesa é um mais valioso recurso endógeno de uma comunidade de 280 Milhões de pessoas; 5.ª lingua mais falada no planeta, a 3.ª no hemisfério ocidental, a 2.ª na internet e a 1.ª no hemisfério sul. É uma língua de expressividades criativas feita de lusofonias destemidas, que se se debruçam à janela da Língua … e caem, nas mãos de quem consegue sentir e exprimir o inexplicável.
Sobre a Associação Portugal Genial, é uma organização fundada no final de 2015, privada e sem fins lucrativos, e tem como missão ligar a “poesia” à economia apoiando atividades criativas que estejam alinhadas com a valorização dos recursos endógenos materiais e imateriais, de Portugal. A Bienal espera-se que seja sem papas na língua. “O objectivo do Lingua@ é fazer pontes ‘linguaristicas’ que promovam novas formas de cultura e de economia entre os países irmãos de língua. Desenvergonhar e aprofundar as diferenças que nos unem. Criar pontes criativas improváveis pelas rotas da primeira língua Universal do planeta terra“.
Por aqui, em espaços Mutantes onde nos perdemos tanto na nossa língua, acompanharemos de perto a evolução desta Bienal e prometemos manter-vos a par de tudo. •