A companhia de teatro Marionet estreia este mês de junho o seu novo espetáculo – “O Algoritmo da Epilepsia” -, no Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB), em Coimbra.
Esta peça teatral surge como consequência de um desafio feito à Marionet por Mauro Pinto, investigador do Departamento de Engenharia Informática, que tem vindo a trabalhar na área da inteligência artificial aplicada a cuidados de saúde. Em simultâneo com a cocriação do texto, foram realizadas reuniões com cientistas, doentes e profissionais de saúde, tendo sido ainda aberto um questionário online, aberto a todos os interessados.
Das diversas entidades que apoiaram a conceção do espetáculo, destaca-se o First Foundation Project, uma iniciativa implementada pela Universidade de Coimbra, com financiamento da empresa Feedzai, que visa estimular estudantes e professores a sair da sua zona de conforto e a trabalhar de forma inovadora e arrojada.
Foi precisamente com esse espírito que a Marionet abordou “O Algoritmo da Epilepsia”, uma vez mais cruzando Teatro e Ciência, as duas áreas fundamentais da sua atividade, ao longo de mais de 22 anos.
Neste espetáculo, para além do investigador Mauro Pinto, a Marionet estreia algumas novas colaborações, como dois dos intérpretes, Inês Dias e Teosson Chau, o videógrafo Miguel Tavares e o músico Omar Costa Hamido. Fazem também parte da equipa artística a atriz Catarina Moita, que desde 2019 colabora regularmente com a companhia, o encenador e diretor artístico da Marionet, Mário Montenegro, Pedro Andrade, responsável pela imagem, Guilherme Pompeu, diretor técnico e criador do desenho de luz e Francisca Moreira, Vicente Paredes e Carolina Andrade, que se encarregam da comunicação e produção do espetáculo.
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Sinopse
A Joana adora séries. Enquanto assistia, no sofá, à série favorita do seu namorado, viveu a sua primeira crise epiléptica. Muita coisa mudou a partir desse momento. No trabalho, no modo como se vê a si mesma, na relação com o namorado. Jorge é o namorado da Joana.
A coincidência na letra inicial do nome dos dois parece ter sido apenas isso, uma coincidência. Já o nome da médica que acompanha a Joana não é coincidência, é diferente, começa por M. A partir de testemunhos reais, imaginámos esta história, com pessoas que têm, tratam e investigam a epilepsia.
Em “O Algoritmo da Epilepsia” as coincidências existem. Existem, sobretudo, probabilidades. Para que algo realmente aconteça, é condição suficiente a sua probabilidade ser maior que zero – ter epilepsia, ganhar o Euromilhões, ou terminar uma relação. A realidade é a concretização, ou não, dessas probabilidades.
O desafio do Jorge, informático, é tentar agarrar o funcionamento do cérebro da Joana num algoritmo, para tentar prever o momento das suas crises. Mas o cérebro humano tem 86 mil milhões de neurónios, permanentemente a fazer e desfazer ligações. Do mesmo modo que não é fácil prever com precisão uma crise, também não é fácil controlar para que direção nos move o coração que temos na cabeça.
Em “O Algoritmo da Epilepsia” as coincidências existem. Existem, sobretudo, probabilidades. Para que algo realmente aconteça, é condição suficiente a sua probabilidade ser maior que zero – ter epilepsia, ganhar o Euromilhões, ou terminar uma relação. A realidade é a concretização, ou não, dessas probabilidades.
Local | Teatro da Cerca de São Bernardo, TCSB, Coimbra.
Datas | 28 de junho a 2 de julho de 2023.
Horários
28 jun, quarta-feira | 21h30
29 e 30 jun, quinta e sexta-feira | 19h00
01 jul, sábado | 21h30
02 jul, domingo | 16h00
Classificação etária | M/14.
Duração | aproximadamente 60m.
A não perder, neste início de Verão. Teatro de excelência, em Coimbra. •