Chega hoje, às lojas, um novo trabalho na cena musical portuguesa: “Eden’s Inferno”, dos conimbricences Mancines.
O Paraíso infernal ou o Inferno paradisíaco, que sejam permitidas as duas leituras conforme cada qual assim o sinta, é um alinhamento de dez composições, um álbum heterogéneo onde se faz uma viagem em inglês e italiano que, pelos acordes e lírica, nos quer levar até um universo do cinema clássico, das indispensáveis bandas sonoras. Aqui, neste novo projecto que junta Raquel Ralha (Wraygunn, Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet), Toni Fortuna (D3O, Tédio Boys, M’as Foice) e Pedro Renato (Belle Chase Hotel, Azembla’s Quartet), não espere sonoridade constante, do início ao fim, mas sim uma diversidade de ritmos, acordes, estilos onde a música, que nos cria todos os cenários deste filme, nasce da pena de Pedro Renato e a lírica ficou entregue a Raquel Ralha, Toni Fortuna e uma de autoria de JP Simões (“An Amazing Vision“).
Não nos querendo alongar muito mais sobre este novo trabalho na cena musical, pois estivemos à conversa com esta trupe e temos na manga uma entrevista para vos revelar, em breve, Mancines tiveram como single de estreia “Time”(vídeo abaixo), que nos chegou ao ouvido como tendo, na base, aquilo a que o dia-a-dia das nossas vidas deveria soar, se estas tivessem banda sonora, como nos filmes. Momentos mais serenos, outros mais agitados, momentos de amor e qualquer coisa mais… o comum quotidiano.
Mancines poderá sim soar-lhe a novo, porém, sendo um projeto que chega agora ao mundo, já tem algum tempo de maturação, com o motor de arranque instrumental a ser composto aos poucos, sem pressas, com o passar do tempo. “Eden’s Inferno”, nome do primeiro trabalho de originais de Mancines, esteve uns anos em imobilidade tónica, sobretudo a aguardar (e a maturar) o momento ideal para reunir Raquel Ralha e Toni Fortuna e somá-los a Pedro Renato e Gonçalo Rui, e para reunir as composições certas para este álbum de estreia.
O resultado desta soma leva-nos numa viagem onde não é necessário o recurso a guias turísticos, vamos às profundezas de um inferno idílico e somos convidados a ficar para umas férias, sem término definido. Tentadora proposta para umas férias. É o inferno paradisíaco, o sofrimento cor-de-rosa… o pior dos infernos, é o paraíso com aquele lado negro que em todos exerce um certo fascínio. Pior que o inferno interno, o inferno da perfeição…
Para quem não os ouviu, em Coimbra, no concerto de apresentação, tomai nota do próximo concerto: 25 de junho, no Teatro da Trindade, em Lisboa. “Time”, que acima convidamos a ouvir, é a primeira alma perdida a fugir de “Eden’s Inferno”. E como dizem estes Mancines, “Ladies & gentlemen, without further ado…!” A ouvir, sons nacionais. •
+ Mancines
© Vídeo: Mancines, “Time”.
© Fotografia: Sara Quaresma Capitão.
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