Sem demoras, de hoje dia até domingo, em Almada, há que rumar ao Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB). Denis Rafter dá vida a Oscar Wilde em “Beloved Sinner”.
Agora, com a calma necessária: Paris, ano de 1900. Oscar Wilde enfrenta os seus últimos dias de vida. Está sozinho, arruinado, e “a morrer acima das possibilidades”. Perdeu tudo, excepto o seu extraordinário estro. O século que está à beira de iniciar-se devolve-lhe o reflexo cruel do seu fracasso. “Beloved Sinner” visita os fantasmas do génio irlandês, mas também – e sobretudo –aproxima-se da sua humanidade luminosa, da sua íntima compreensão do Homem, e do seu insondável talento. Rafter constrói com humor e ternura o auto-retrato de um homem que assoma perigosamente no precipício da auto-destruição; um herói quotidiano que enfrenta as grandezas e as misérias da condição humana. E fá-lo através de alguns dos textos mais conhecidos de Wilde, como “A rosa e o rouxinol”, “A casa da rameira”, “Salomé”, “A balada da prisão de Reading”, “O retrato de Dorian Gray” e a sua célebre carta “De profundis”. Se nunca leu nada de Wilde… nem sonha o que anda a perder, é só o que podemos dizer.
Denis Rafter (n. 1942), actor, autor e encenador irlandês, formou-se no Abbey Theatre, no Teatro Nacional da Irlanda, e na Guildhall – a prestigiada escola de teatro e música de Londres. Radicado em Espanha durante uma grande parte da sua vida, já dirigiu nesse país mais de 50 clássicos espanhóis, ingleses e irlandeses. É autor de adaptações para monólogos de textos de Merriman, Joyce e Dickens. Como actor interpretou peças de Synge, O’Casey, Stoppard, Tchecov, Carroll, Wilde e Shakespeare.
De 11 a 13 de novembro, hoje (sexta-feira) e sábado, às 21h00, e domingo, às 16h00, “Beloved Sinner” sobe ao palco do TMJB e é obrigatório. O espectáculo é em língua inglesa com legendagem em português. Há uma Conversa com o público no sábado dia 12, agendada para as 18h00, com o ator e encenador. Rume ao teatro e mergulhe num universo Wilde. •