Agora que os dias frios se instalaram na trivial dança das estações do ano, o pássaro negro de bico amarelo assinala a sua presença entre cantarolices nos espaços verdes, servindo de mote para mais uma estória da dupla Rute Rosa e Sérgio Vieira acompanhada pela escrita de Afonso Cruz.
Na Primavera, canto do melro-preto toma conta dos sons que envolvem a paisagem, refugiando-se no silêncio durante o Verão, voltando a fazer-se ouvir no Outono pelo país fora. Falamos dos melros machos, que entraram no imaginário do Laboratório d’Estórias, dando asas a mais uma criação, desta feita, de faiança desdobrada em dois e que, agora, entram em nossas casas, para nos remeter para os campos agrícolas e os bosques ou os jardins e os parques verdes das cidades, entre planícies e aglomerados de montanhas.
Para aprimorar ainda mais a 10ª peça da colecção, Rute Rosa e Sérgio Vieira convidaram o músico, escritor e ilustrador Afonso Cruz, que fala sobre “uma antiga tradição de que os melros levam as almas das pessoas no bico, precisamente o contrário do que fazem as cegonhas, mas não é disto que vamos falar, é de algo muito mais profundo, daquelas coisas que suspeitamos poderem saltar do barro, da terra, e começar a voar, como se fossem ideias. Além de várias histórias de melros que incluem um pintor modernista que se celebrizou explicando as suas obras sempre da mesma maneira, com a enigmática frase ‘é um melro, evidentemente’, haverá também referência a pássaros capazes de milagres e, ao mesmo tempo, de levar alguém à mais radical descrença. Mas sobretudo, teremos uns melros mágicos, que qualquer pessoa poderá ter em casa, apenas para decoração, ou para a admirável tarefa de os fazer voar, bastando para isso alimentá-los com genuína esperança e imaginação”.
A acompanhar a estória está a ilustração de Pedro Lourenço, a qual se encontra numa cinta de papel que envolve a caixa de cartão microcanelado onde está a peça de faiança das Caldas da Rainha, um objecto 100 por cento nacional.
Relembramos que pode ler a história sobre o Laboratório d’Estórias aqui, à qual se soma, em 2016, a aposta na internacionalização, iniciada logo em Janeiro com a participação na Maison et Objet, em Paris, onde voltou a marcar presença em Setembro, tendo estado também na edição de Outono/Inverno da Top Drawer, em Londres, numa acção conjunta de seis empresas portuguesas.
Assim, as peças do Laboratório d’Estórias encontram-se à venda além fronteiras – Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Reino Unido, Singapura e Suíça – e nos locais habituais – Hangar Design Store, A Vida Portuguesa, Lx Design, Verso Branco Design, em Lisboa, entre outras. Caso prefira fazer uma encomenda, basta aceder aqui.
A propósito, já faz a sua lista de compras para o Natal? •
+ Laboratório d’Estórias
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