Agendas de verão abertas, pois vamos falar dos muito estimados finais de tarde no Goethe-Institut, em Lisboa. Sim, adivinhou. Temos em mão o programa de Jazz im Goethe-Garten (JiGG) 2018 que regressa ao delicioso jardim do Goethe-Institut para apresentar uma série de concertos, ao longo de duas semanas, que vêm dar a conhecer as tendências mais atuais do jazz europeu.
Assim, de 3 a 13 de Julho, o Goethe-Institut propõe seis imperdíveis concertos dos quais quatro são apresentados em estreia nacional. Nestes finais de tarde, o público vai poder desfrutar não só da música inovadora programada pelo diretor artístico do festival, Rui Neves, como do verão já totalmente instalado na cidade e, por fim, de algumas iguarias típicas da Alemanha, servidas no restaurante do jardim. Se nunca foi, vá e delicie-se com boa música, bom cenário, bom ambiente.
A interligar os quatro trios, o quarteto e o duo que marcam presença nesta 14.ª edição do JiGG estão a ousadia e a independência do jazz criado em solo europeu, numa constante procura pela rutura com linguagens e géneros instalados, aqui apresentado num evento de verdadeira parceria europeia graças ao papel desempenhado pelo Goethe-Institut como produtor do evento e pelas entidades parceiras do JiGG 2018: as Embaixadas da Áustria e da Suíça, o Instituto Cervantes e o Instituto Italiano de Cultura. O JiGG abre no dia 03 de julho com o trio de Lisboa e Roterdão, de Gonçalo Almeida, Rodrigo Amado e Marco Franco, que vem apresentar uma súmula do trabalho desenvolvido nos últimos anos, com referências ao álbum “The Attic”, lançado em 2017. No dia seguinte, o trio de Barcelona Chaosophy vem revelar a cena pouco conhecida do jazz da Catalunha, em particular o que se move nos meandros da improvisação livre, que é possível descobrir no álbum lançado no início deste ano, “Who are these people and what do they believe in?”
De Brescia, Itália, Gabriele Mitelli, um multi-instrumentista em ascensão, revela com o seu quarteto O.N.G. ambientes tropicais e psicadélicos em longas composições alusivos ao álbum “Crash” de 2017 no dia 05 de julho. Entre o minimalismo, o noise e o metal, o suíço Trio Heinz Hebert, descoberto no Festival de Willisau 2016, apresenta a 06 de julho a sua irreverente música com sonoridades eletrónicas surpreendentes, alguma delas alusivas a “Phiii”, álbum de 2016, fechando assim a primeira semana do JiGG. A 12 de julho, o JiGG apresenta o projeto ALSO, do duo vienense composto por Katharina Ernst e Martin Siewert, que cria ambientes eletrónicos díspares numa só composição e que estão em linha com o álbum homónimo lançado em finais de 2016. O encerramento do JiGG tem lugar a 13 de julho com o concerto do berlinense trio Gorilla Mask, que cria uma música punk, rock e metal enraízada no jazz, na improvisação livre e na vanguarda contemporânea.
Eis o alinhamento para a edição deste ano:
03/07, 19h00 – Concerto de Abertura. Gonçalo Almeida, Rodrigo Amado, Marco Franco. [Portugal].
04/07, 19h00 – Chaosophy. [Espanha].
05/07, 19h00 – Gabriele Mitelli O.N.G. [Itália].
06/07, 19h00 – Trio Heinz Herbert. [Suiça].
12/07, 19h00 – Katharina Ernst, Martin Siewert – Also. [Austria].
13/07, 19h00 – Concerto de Encerramento. Gorilla Mask. [Alemanha].
Para mais informações, é só clicar no link abaixo. Entretanto, tome nota de tudo e viva os finais de tarde de verão, neste ambiente ímpar do JiGG. •