Marinho + Sallim / Lugar Comum

Após um incomum interregno, a Lugar Comum tem regresso agendado para sua programação regular, a que tão bem nos habituou, já para amanhã, dia 8 de fevereiro, no Salão Brazil, em Coimbra.

Para marcar o desejado regresso, a Lugar Comum traz-lhe duas promissoras autoras nacionais: “de regresso a Coimbra, desta vez em formato duo, Marinho apresentará o seu primeiro longa duração ‘~’ [Til], ao passo que a também lisboeta Sallim trará, em formato banda, um registo igualmente lançado em 2019, o seu muito elogiado ‘A Ver O Que Acontece’. Depois de um concerto repleto em julho, na companhia de Joana Espadinha, a Lugar Comum prossegue em português, não faltando bons motivos para voltar ao Salão Brazil e repetir um filme sempre pop.

Focando-nos primeiro em Marinho.
Na sua passagem por Coimbra, no âmbito do Festival InComum, Marinho levou consigo “algumas das faixas que integrariam o seu primeiro álbum, simplesmente intitulado de ‘~’ [Til], e logo ali, nas três actuações que protagonizou, a reacção do público deixou pistas seguras de que não passariam indiferentes aos demais.”
Desde julho que “‘Ghost Notes’, ‘Window Pain’ ou ‘Freckles’ cresceram na rádio e no palco, ao passo que a sua autora vem conquistando um consensual apreço por parte da crítica. Seja pela descomplicada depuração da escrita ou pela elegância da produção, motivos vários subsistem para que ‘~’ se afirme cada vez mais como um sólido primeiro passo no percurso de Marinho.
O apego à indie folk norte-americana, que nos transporta para paragens distantes, surge pleno de autenticidade, na certeza de que cada composição comporta um sincero e forte afecto por autoras como Joni Mitchell ou Martha Wainwright.

Agora espaço para Sallim.
Mais que uma editora, a lisboeta Cafetra Records é uma matiné juvenil, por vezes confessional, e logo depois eléctrica, na confluência do sarcasmo do Éme com as guitarras das Pega Monstro. Em 2016, por entre as suas fileiras, emergiu o álbum ‘Isula’, de Francisca Salema, que se deu a conhecer como Sallim.
É certo que nem todos deram por ela, mas aqueles que com as suas composições se cruzaram não lhe pouparam elogios, dando conta da sua escrita cuidada e do conforto da sua voz. À inevitável economia de meios, sobrevivia então uma promissora bedroom pop cantada em português.
Cerca de três anos volvidos, Sallim editou o seu segundo álbum. Apropriadamente intitulado ‘A Ver O Que Acontece’, aportou à sua autora uma maior exigência e envolvimento, contando com o precioso auxílio de Lourenço Crespo (Iguanas) e de Leonardo Bindilatti (produtor de ‘Isula’).
O resultado é o apuramento melódico, a profusão de teclados e o advento de uma Primavera pop.

Tudo a não perder amanhã, em Coimbra, com início marcado para as 22h00 (não se atrase!). •

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© Imagem de destaque: Marinho.

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