Vem por aí, no Theatro Circo

Em ano de Capital Portuguesa da Cultura, o Theatro Circo promete reforçar a sua referência como um polo artístico de excelência no país, em 2025.

Entre janeiro e abril, as propostas da icónica sala bracarense passam por apresentações inéditas, encomendas e novas criações de nomes como Tiago Rodrigues, Tarta Relena, Mário Laginha, Teatro Nacional de São Carlos, Meg Stuart e Francisco Camacho, entre outros.

2025 é o ano de Braga. A cidade dos arcebispos, como é assim conhecida, passará a ser conhecida também como a capital da arte e da cultura, e tem o Theatro Circo como um dos seus epicentros. Emblemática e majestosa, esta sala centenária quer afirmar-se em 2025 como um dos centros mais importantes e ousados da programação artística a nível nacional. Do teatro à música, da dança aos projetos de mediação e público infanto-juvenil, da ópera aos projetos participativos, 2025 promete ser um ano mágico para o público bracarense, regional e nacional, com tantos e tão inéditos espetáculos.

Parte do programa da Braga 25, o Theatro Circo recebe no dia 25 de janeiro, o Programa de Abertura da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura, com uma agenda que se irá alongar por todo o dia em vários pontos da cidade. Inserido na programação da Capital, e logo no 01 de fevereiro, o festival Square – Mapping the Atlantic traz a cantora espanhola Adelaida e a marroquina Asmâa Hamzaoui com o grupo Bnat Timbouktou. Integrado no SUPRACASA, nos dias 14 e 15 de março, recebe “O Duelo e Outras Histórias”, espetáculo para público infanto-juvenil de Joana Providência (Teatro do Bolhão), e no dia 15, inserido no CINEX, o regresso da pianista e compositora escocesa Kathryn Joseph, para musicar o filme “Faust” de F.W. Murnau. Dia 22 de março, também no SUPRACASA, apresenta o espetáculo “HIDE TO SEEK”, do coreógrafo Júlio Cerdeira.

No domínio da Música, dia 11 de janeiro, o espetáculo Rzewski e Shostakovich pela Jovem Orquestra Portuguesa, momento do ciclo Contraponto, e no dia 18, os Mão Morta voltam a pisar o palco do Theatro Circo com “Viva la Muerte!” e, como parte integrante deste projeto, no dia 11, terá lugar a conversa “Do Fascismo à extrema-direita e vice-versa”, que conta com os convidados Carlos Martins, Manuel Loff, Sílvia Correia e Luís Trindade com moderação de Miguel Pedro. A fechar janeiro, dia 31, Sérgio Godinho regressa para apresentar LIBERDADE25, espetáculo de celebração da sua carreira. Fruto de uma encomenda ao pianista Mário Laginha para celebrar o centenário de Carlos Paredes, será uma noite dedicada ao mestre da guitarra portuguesa, dia 21 de fevereiro. O duo catalão Tarta Relena regressa a Braga dia 22, para apresentar o novo trabalho “És pregunta” (2024), depois de uma passagem memorável pelo gnration em 2022.

Também no ciclo Contraponto, mais dois espetáculos: dia 07 de março, “Music for 18 musicians”, obra do emblemático Steve Reich, aqui pelo Drumming GP, e dia 4 de abril, com “Metamorfose”, pelo Suelen Estar Quartet numa homenagem ao repertório para quarteto de cordas da compositora Caroline Shaw. Dia 21 de março, Panda Bear traz a Braga a apresentação do novo disco “Sinister Grift” (2024) e, a 29 de março, a estreia em Portugal da compositora e cantora inglesa Keeley Forsyth para apresentar o seu terceiro disco de originais “The Hollow” (2024). Mark Eitzel & Octeto de Cordas acontece no dia 05 de abril, na companhia do Ensemble da Escola Profissional de Música de Espinho e do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, numa encomenda em conjunto com a Culturgest e o Auditório de Espinho.

No Teatro, e logo a 10 de janeiro, o encenador Marco Paiva, pela sua companhia Terra Amarela, apresenta “Ricardo III”, de William Shakespeare, e a 15 de fevereiro, o ator, dramaturgo e encenador Mário Coelho leva “Quando eu morrer, vou fazer filmes no Inferno!”. A 27 e 28 de fevereiro, é o diretor artístico do Festival de Avignon, Tiago Rodrigues, que apresenta a sua mais recente encenação, “No Yogurt for the Dead”, e a 28 de março, o Theatro recebe “Limbo”, do ator e encenador Victor de Oliveira.

Na Dança, chegam dois nomes incontornáveis da dança contemporânea, Francisco Camacho e Meg Stuart, num espetáculo conjunto, de nome “Steal you for a moment”, dias 11 e 12 de abril, e na Ópera é o Teatro Nacional de São Carlos que viaja até Braga para apresentar “Il trionfo del tempo e del disinganno”, de Georg Friedrich Händel com dupla sessão, dias 26 e 27 de abril.

O programa dedicado ao público infanto-juvenil começa nos dias 10 e 11 de janeiro com uma oficina de escrita com Capicua, e todas as segundas-feiras até abril, há oficina de criação musical com Inês Malheiro, ambas parte do projeto Três Tempos, que liga o Theatro Circo à Culturgest e ao Teatro Viriato. Dias 17 e 18 de janeiro, há cineconcerto de Pierre Bastien com curtas-metragens japonesas das décadas de 1920 e 1930, e entre os dias 06 e 08 de fevereiro, será a apresentação de “micro micro coisas”, da Plataforma285. No dia 29 de março, “Será de Voar?”, uma oficina de música para bebés e crianças das criadoras Aurora Miranda e Joana Mafalda Araújo. Em abril, há sessão de cinema infantojuvenil “Animação e Fascinação” no dia 5 de abril pelo MONSTRA – Festival de Animação de Lisboa, e nos dias 15 e 16, a Confederação – Coletivo de Investigação Teatral dará a “Officina Teatro de Sombras”.

Na mediação e oficinas, a Companhia de Espectadores estará de regresso e terá três datas durante os primeiros quatro meses do ano, dias 04 e 18 de janeiro e 01 de março. Nasce um novo ciclo, o “Formas de Fazer”, com a primeira sessão “Como desenhar um território?” com o encenador Marco Paiva, a 11 de janeiro, e a 13 de fevereiro, “É possível respirar debaixo de água” com o encenador Mário Coelho. O ciclo de pensamento Contexto terá também dois momentos neste quadrimestre, sendo o primeiro dia 08 de março, com as convidadas Raquel S. e Ana Gabriela Macedo, e no dia 12 de abril com Francisco Camacho, Meg Stuart e Vera Mota. O Dia Mundial do Teatro, 27 de março, será celebrado com uma conversa com o encenador e ator Victor de Oliveira acompanhado de um jantar volante.

É ir começando a reservar estas datas de 2025 para ter tempo para viver esta Capital da Cultura que promete ser uma Capital de excelência, na continuidade do que já tem vindo a mostrar, ao longo dos anos. •

+ Theatro Circo
© Fotografia: Camacho Stuart – “steal you for the moment”, por Dajana Lothert.

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