Cheira bem, cheira a Claus Porto em Lisboa!

Da Invicta para a cidade das sete colinas viajou a centenária casa de fragrâncias e de produtos de beleza portugueses que, em 2017, celebra 130 anos.

Montra da loja por Joana Astolfi

Onde, em tempos, fora uma farmácia é, agora, a primeira flagship store da Claus Porto, composta por um espaço reservado à mítica marca portuense, uma pequena zona museológica com elementos icónicos que fizeram história e, num segundo piso, uma espécie de barbearia dedicada à Musgo Real.

Um dos elementos icónicos que fez história na empresa

Falamos do n.º 135 da rua da Misericórdia, no Chiado lisboeta, onde peças de mobiliário foram restaurados e mantidos, assim como o teto, devidamente cuidado por quem sabe, o mosaico hidráulico e a pedra mármore. Um património enaltecido pelo arquiteto João Mendes Ribeiro e conjugado pelas intervenções de Joana Astolfi, arquiteta de formação dedicada ao design e às artes da cenografia, que interveio na área museológica e nas montras, e construiu uma chaminé a partir de sabonetes Claus Porto, da qual borbulham bolas de sabão feitas de vidro soprado resultantes de uma colaboração com a Fábrica da Marinha Grande.

As velas Deco Collection assinadas pela perfumista britânica Lyn Harris

Mas as boas novas não ficam por aqui. A linha de barbear Musgo Real, que chegou ao mercado em 1936, apresenta uma nova e mui sofisticada imagem gráfica, a qual reflete as origens art déco com a assinatura de Eduardo Aires, diretor artístico do White Studio. Em simultâneo, e para assinalar a nova era da Claus Porto, é apresentada a coleção de velas Deco Collection, disponíveis em seis versões, e da autoria da perfumista britânica Lyn Harris.

Quanto à história da Claus Porto, que se prepara para abrir, em dezembro, uma loja no Porto e completar 170 anos no ano que se avizinha, aquela remonta o final do século XIX, quando os alemães Ferdinand Claus e Georges Schewder abrem, na Invicta, a Claus & Schewder, a primeira fábrica de perfumes e sabonetes que, após a Primeira Guerra Mundial, é nacionalizada passando, em 1924, para o colaborador e sócio português Achilles Alves Brito que, deste modo, a integra na Ach Brito. Em 1953, a Ach Brito começa a controlar, de fio a pavio, o processo de produção, bem como do fabrico de sabonetes e perfumes ao design de embalagens, com padrões enaltecidos pela estética da belle époque e dos  movimentos art noveau e art déco.

Quem já se rendeu aos encantos das fragrâncias da marca portuense em Lisboa? •

+ Claus Porto
© Fotografia: João Pedro Rato (exceto a da entrada)

Partilhe com os amigos: