Numa abordagem coletiva e humanista, AVINHAI é um encontro cultural que aproxima a Arte e o Vinho das pessoas. E se nós, Mutantes, gostamos de arte e de vinho… e de boa companhia, claro. Acolhido por um grupo de pequenos produtores de vinho independentes, este encontro tem como objetivo promover a Arte e a Cultura do vinho, enquanto património humano e natural, na Quinta do Olival da Murta, no Cadaval.
O dia está escolhido e é no dia 21 de maio, um domingo, para bem se aproveitar a primavera com um programa a preceito e impossível de resistir.
Para vos acicatar a ir até ao Cadaval, neste maio, eis o programa que nos chega à redação Mutante.
16h – 18h Receção, prova, venda e visita às adegas com os produtores: Serra Oca / COZs / Serradinha / RAIZ / Humus / Flui / Safado / Casa Pratas
Somos um grupo de pequenos produtores e amigos. Temos em comum cultivarmos vinhas próprias e fazermos vinhos com uma viticultura biológica provenientes de terras ou regiões ligadas às nossas origens, com vinificações naturais de baixa intervenção. Trabalhar de modo natural e artesanal não é um fim mas sim um meio para evidenciar a identidade do território de origem. Vivemos todos na região vitícola de Lisboa e o que nos une é gostarmos de vinho e estarmos a fazer um caminho conjunto na produção. Teremos vinhos raros à prova e à venda!
O grupo: Quinta do Olival da Murta; Os Eternautas; António Marques da Cruz; Tiago Teles Vinhos Portugal; Humus Wines; Flui Wines; Safado Vinhos; Casa Pratas.
18h – 19h Concerto de música com Luca Argel
Músico encartado na sua casa-mãe, Luca Argel – músico, compositor e poeta – trocou o seu Brasil por Portugal, com a justificativa oficial do seu mestrado em Literatura na Universidade do Porto. E de uma coisa temos a certeza, em Luca é impossível separar o encantador de palavras do sedutor de acordes e ritmos; músico-poeta carioca que transforma o seu ADN (carioca) musical em melodias de uma simplicidade que de simples nada têm.
Criativo imparável que conta com vários trabalhos editados, na música e na poesia. Na música, começou com um “Livro de Reclamações”, deu-nos de seguida “Tipos que Tendem para o Silêncio” e hasteou uma “Bandeira” mesmo antes de dar a conhecer “Conversa de Fila”, para depois nos dizer que “Fui ao Inferno e Lembrei-me de Ti”; pelo meio musicou poesia de Fernando Pessoa, junto com Ana Deus, em “Ruído Vário”. Luca Argel é um músico com um samba só seu que lhe habita a alma e se cola aos nossos ouvidos, e que nos deu um surpreendente e excepcional trabalho discográfico, em forma de Jornal. “Samba de Guerrilha”, um Samba Opera irrepreensível – Samba Opera, braço da Rock Opera popularizada por Peter Townshend (The Who) com “Tommy” (1969) – feito de histórias que intercalam músicas com personagens vários; canções que interligadas nos dão uma narrativa forte e coesa que foca o homem e seus conflitos, uma viagem na história do seu Brasil. Luca Argel é música obrigatória. Mais recentemente editou “Sabina” – o quarto álbum de originais, onde recupera e homenageia a história e o mito de uma quitandeira que foi símbolo da persistência do racismo após a abolição da escravatura e exemplo da solidariedade de rua que, historicamente, o enfrentou. Os álbuns de Luca continuam a ser, assim, uma lição de história do seu Brasil.
O seu concerto, com curadoria da Blue House, é pecado perder.
A pequenada será muito bem-vinda, pois haverá atividades a pensar nos mais pequenos. Para mais informações é clicar no link no final desta nota.
A ir, no Cadaval. •