Trienal de Lisboa / Open House Lisboa

25/09/2015

O grande (e imperdível) Festival da Arquitetura de Lisboa está de regresso com um roteiro renovado e tão apetecível.

Pelo quarto ano consecutivo, porque em “evento que ganha não se mexe” e deve continuar a existir, Lisboa recebe aquele que já se tornou uma referência na e da cidade. Dias 10 e 11 de Outubro, o Open House Lisboa reafirma o seu compromisso sério e oficial com a promoção do conhecimento da capital e do reconhecimento do valor do seu património arquitetónico e urbano. Nesta nova edição, o Open House Lisboa continua a abrir portas ao que de melhor se construiu e planeou na cidade lisboeta e apresenta um roteiro amplamente renovado que contempla um leque diversificado de tipologias, contextos, épocas e autores que vão dos mais consagrados até às novas gerações. Conhece, verdadeiramente e bem, a Lisboa que percorre e tantas vezes habita?

JM Edifício Gaveto © João Morgado.

Este novo roteiro propõe um novo olhar sobre Lisboa através da escolha de pontos elevados que permitem a observação ampla da sua malha urbana, de percursos em bairros estratégicos e visitas que desvendam as particularidades de edifícios de referência que, muitas vezes, o olhar rápido não retém. Do vasto programa deste ano, fazem parte escolas, palácios, igrejas, teatros, edifícios de escritórios, infra-estruturas icónicas e habitações privadas – resultantes ora de projectos de raiz, ora de reabilitações, pois só assim se conhece em toda a essência uma cidade e o que dela vive e o que a faz ser cidade viva.

De forma a enriquecer a experiência dos participantes e de estreitar a ligação entre quem faz e quem vê e vive – uma trilogia singular, estarão disponíveis três tipos de visitas: visitas livres, visitas acompanhadas por voluntários e visitas comentadas pelos próprios autores do projeto ou outros especialistas (sendo este último modelo de visita o mais recomendado para os mais curiosos e estudiosos). Esta 4.ª edição irá envolver um maior número de especialistas para uma maior aproximação dos autores ao visitante contextualizando opções de projeto, explicando inspirações e desvendando processos de criação – da ideia ao primeiro traço, do conceito à obra; uma aula, mais do que uma visita. Para garantir maior fluidez nas visitas, a grande maioria é sem marcação, sendo apenas necessário consultar os horários no site do Open House Lisboa (ver link no final do artigo) que estará disponível a partir de hoje, dia 25 de setembro.

© Palacete do Relógio.

Dirigido a todos e totalmente gratuito (não pode haver queixas para não ir), o Open House Lisboa é organizado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa. Sobre o Open House Worlwide, o Open House nasceu em Londres, em 1992, com o intuito de mostrar a todos, de forma gratuita, arquitetura de qualidade e, desde então, já se estendeu a mais de 30 cidades em todo o mundo como Roma, Oslo, Atenas, Melbourne, Praga, Helsínquia ou Chicago. Introduzido em Portugal pela Trienal de Arquitectura de Lisboa em 2012, o Open House Lisboa tem como missão promover a descoberta e interesse do público em geral pelo património edificado, através de visitas e outras iniciativas gratuitas. No seguimento do sucesso das três edições anteriores e da estreia em julho passado do Open House Porto, pelo quarto ano consecutivo, abrem-se as portas da cidade.

Faculdade de Ciências Médicas, Edifício da Biblioteca © AlbertoSeverino.

Quanto ao roteiro, eis os locais já confirmados:
• Aqueduto das Águas Livres, Arq. António Canevari, Eng. Manuel da Maia, Eng. Custódio Vieira,Arq. Carlos Mardel | Arq. Miguel Angelo Blasco, Arq. Reinaldo Manuel dos Santos, Eng. Honorato José Correia de Macedo e Sá, 1731 – 1799Atelier Pedro Pacheco, Arq. Pedro Pacheco, 2012-14.
• Atelier Pedro Pacheco, Arq. Pedro Pacheco, 2012-14.
• Atelier-Museu Júlio Pomar, Arq. -Museu Júlio Pomarq. Ped.
• Biblioteca Nacional, Arq. Pardal Monteiro, 1969.
• Apartamento em Santa Catarina, Aspa (Arq. Rita Laginha, Rita Brito), 2012-15.
• Casa Príncipe Real, Arq. Rita , Camarim, 2013.
• Centro de Comando Operacional de Lisboa, Arq. Gonçalo Louro & Cláudia Santos, Arquitectos Lda, 2007.
• Central de Recolha de Resíduos Urbanos Compactos, Parque Expo, 1997.
• Convento Madre Deus – Museu do Azulejo, Arq. Andreia Galvão (2003); Pedro Carvalho e Diogo de Torralva (1551); Francisco Conceição Silva (1958); José Maria Nepumoceno (1871-1895); Liberato Teles (1895-1899); Sebastião Formosinho Sanchez (1983), 1509, 1550.
• Escola Secundária Braamcamp Freire, CVDB Arquitectos, 1986-2012.
• Escola Vergílio Ferreira, Atelier Central Arquitectos, 2009-2011.
• ETAR de Alcântara, Manuel Aires Mateus, Frederico Valsassina e Jossi Nunes (Proap), 2007-11.
• Extensão do Oceanário de Lisboa, Arq. Pedro Campos Costa.
• Fundação Calouste Gulbenkian, Arq. Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Athouguia / Sir Leslie Martins, 1969/1983Fundação Champalimaud, Charles Correa, 2010.
• Garage Films, Inês Lobo, 2005-2006.
• Museu da Eletricidade, Vários, 1909-1951.
• Observatório Astronómico de Lisboa, Arq. Jean Colson, 1861-67.
• Padrão dos Descobrimentos, Arq. Cottinelli Telmo e escultor Leopoldo de Almeida, 1940 e 1960.
• Palácio da Justiça de Lisboa, Manuel Caetano de Sousa, José da Costa e Silva, Francisco Xavier Fabri, 1970.
• Palácio de Santos / Embaixada de França, João Antunes e Carlos e Guilherme Rebelo de Andrade), Gonçalo Byrne, 1711/1937/1980-82.
• Palácio Nacional da Ajuda, Manuel Caetano de Sousa, José da Costa e Silva e Francisco Xavier Fabri, 1796-1833.
• Panoptico Hospital Miguel Bombarda, 1894.
• Ponte 25 Abril, Steinman, Boynton, Gronquist & Birdsall, 1962-66.
• Reabilitação na Baixa, Casca arquitectura e design, séc. XVIII/2015.
• Reabilitação Príncipe Real, Fala Atelier, 2014.
• Reservatório da Mãe de Água, Arq. Carlos Mardel | Arq. Reinaldo Manuel dos Santos | Arq. Honorato José Correia de Macedo e Sá, 1746 – 1834.
• Reservatório da Patriarcal, Eng.º Charles Mary, 1860-1864.
• Banco de Portugal, Antiga Igreja de São Julião, – Gonçalo Byrne e João Pedro Falcão de Campos, 1810/2012.
• Supremo Tribunal de Justiça, Arq. Eugénio dos Santos, Séc. XVIII.
• Teatro Thalia, Fortunato Lodi / Gonçalo Byrne Arquitectos e Barbas Lopes Arquitectos, 1842 / 2012.