Dança e Música no Maria Matos

No Maria Matos há progamação alinhada para o novembro que já começou e até dezembro, levantando já um pouco do véu de 2016, no mês de Janeiro. Dança e música estão na ribalta.

Comecemos com Dança de 11 a 14 de novembro com João Fiadeiro e “O que fazer daqui para trás”. No trabalho de Fiadeiro emerge um tempo circular, no qual um acontecimento passado surge somente quando uma outra ação, um outro gesto, lhe sucede. Dar a ver esse mecanismo, tem sido um lugar de exploração privilegiada de Fiadeiro que nesta peça foca a sua atenção no que fica e no que é esquecido. É a partir daí que se dará início à impossível tarefa de reconstruir o mundo, uma e outra vez. É de quarta a sábado, às 21h30.

Um passo na Música, a 24 de novembro, pelas 22h00 com Deradoorian e “The Expanding Flower Planet”. É ainda dos Dirty Projectors que se sente a maior influência – deixou-os em 2012, depois de cinco anos no grupo -, mas Angel Deradoorian conseguiu o feito de se estrear com um disco de canções pop bem feito, armadilhado com arranjos inesperados e pouco ortodoxos, mostrando os vários mundos que o seu planeta em expansão tem.

Mais Dança a 28 de novembro com Giuseppe Chico e Barbara Matijevic em “Forecasting”. Forecasting parte de uma coleção de vídeos amadores retirados do Youtube. Em palco, um performer manipula um laptop onde se mostram vídeos. O ecrã torna-se o local de interseção entre o corpo do performer e o mundo bidimensional das imagens. O resultado é uma estonteante experiência híbrida. Espetáculo marcado para as 21h30.


Meg Stuart – “Hunter” © Maarten Vanden Abeele

De 11 a 13 de dezembro é a pensar nas crianças e jovens, maiores de quatro anos, com Joana Providência e “Uma Família é uma Família”. Nesta nova criação de Joana Providência, a partir de um texto de Eugénio Roda, contam-se as histórias que as famílias guardam. “Afinal… o que é uma família? Em que bolso da família… cabem os amigos? E as árvores… têm família? E uma família de números… quantos são à mesa? E de que cor é a lã… da ovelha negra da família? E o miar do gato… soa familiar? Cada família tem uma história para contar“. Durante a semana às 10h00, sábado e domingo às 16h30.

E para despertar para 2016, de 28 a 30 janeiro, pelas 21h30, há Dança com Meg Stuart e “Hunter”. “Como é que posso apreender as múltiplas influências e traços que me deram forma enquanto pessoa e artista?”. “Hunter” é um solo no qual a coreógrafa Meg Stuart explora o seu próprio corpo como um arquivo povoado de memórias pessoais e culturais, antepassados e heróis, fantasias e forças invisíveis.

A ir, no Maria Matos. •

+ Maria Matos
© Fotografia: Deradoorian – “The Expanding Flower Planet” por Bennet Perez.

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