“LAUF (in a course of a lifetime)” / CCVF

O imparável Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, volta a apresentar o espetáculo “LAUF (in a course of a lifetime)”, da coreógrafa alemã Silke Z., do realizador e compositor sonoro André Zimmermann e do bailarino e criador de vídeo António Cabrita. Esta peça, parte integrante do programa do GUIdance’15, que por impossibilidade técnica não foi apresentado, sobe finalmente ao palco do CCVF em sessão única, a não perder.

“LAUF (in a course of a lifetime)” é uma viagem, ao vivo, entre o nascimento e a morte. “Abordando a vida como se de apenas uma tarefa se tratasse, o performer leva-nos – incansável – do guião de uma vida para uma próxima. Ele reinventa-se uma e outra vez em busca de soluções. O que nos leva exatamente em frente neste ciclo permanente da vida? O que acontece com retrocessos? ‘LAUF’ explora a complexidade da vida, desafiando as suas coincidências e os seus perigos. Os seres humanos são atirados para a vida e tem que começar a correr imediatamente. Correr para reuniões, correr para produzir resultados, correr para consumir, correr para criar e resolver conflitos. Mas porquê e para quem? ‘LAUF’ examina a fisicalidade própria de cada idade; uma fisicalidade que envolve cada centímetro do corpo, incluindo todas as pequenas células, mas também o complexo universo dos sentidos“.

“LAUF” é uma cocriação da coreógrafa Silke Z., do realizador e compositor sonoro André Zimmermann e do bailarino e criador de vídeo António Cabrita. Nesta produção, quatro estilos são entrelaçados numa performance: o cinema encontra a dança, que encontra a coreografia, que encontra as artes multimédia – um encontro de formas de expressão artística que criam uma dependência e cumplicidade única entre o corpo, o filme, o som e cenário – todos são um existir. Esta “interdependência reconstrói um fluxo de memórias que pode já ter sido esquecido; ao mesmo tempo visões de um futuro possível de se construir – um guião subconsciente da vida“.

Os artistas desconstroem todos os elementos, a fim de reconstruir um novo guião do sentido da vida, gerando uma nova gramática performativa, levando-o a descobrir novas formas de contar, de comunicar. Desde a infância, passando pela maturidade e, por fim, a morte, a fisicalidade humana e o movimento mudam permanentemente – o sentido de tudo isto, do existirmos. “Como é que este movimento da própria vida influencia as decisões que tomamos? Que encontros criam pontos de viragem essenciais na nossa vida e porquê?” Dança, som, cinema e multimédia vão envolver o público de uma forma bem intensa e leva-lo numa viagem que começa na primeira e termina na última batida do coração (a vida) – a batida da vida que corre através de todos os sentidos, que liga todas as células para criar algo maior… A vida que cria novas formas de existir.

Esta sexta-feira, dia 04 de dezembro pelas 22h00, é marcar presença no CCVF para mais um espetáculo singular, com a qualidade a que Guimarães nos vem habituando. •

+ CCVF
© Fotografia: Meyer Originals.

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