Julho é um dos meses do ano com mais música no ar e há sempre aqueles festivais que já são, naturalmente, parte de uma agenda Mutante. Jazz im Goethe Garden (JiGG) está de regresso, em julho, para mais uma edição de concertos num dos jardins mais bonitos da capital portuguesa.
© Grid Mesh
Os finais de tarde de 5 a 15 de julho, no Goethe-Institut em Lisboa, vão ser para ouvir sons que revelam as tendências atuais do jazz europeu, numa verdadeira viagem sonora repleta de revelações e descobertas, num ambiente descontraído e familiar, aquele a que já está habituado de edições anteriores. A 12.ª edição do festival apresenta um total de oito concertos de grupos provenientes de oito países, Alemanha, Áustria, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Suíça e Portugal, que espraiam a diversidade de expressões e linguagens abordadas no jazz por músicos nativos do nosso continente, que representam várias gerações.
© Journal Intime por Maarit-Kytöharju
A abertura do festival terá lugar no dia 5 de julho, pelas 19h00, com Clocks and Sounds, um quarteto colaborativo sem leader dos criativos e irreverentes músicos portugueses Luís Vicente, Rodrigo Pinheiro, Hernâni Faustino e Marco Franco. No dia 6 de julho, sobem ao palco os Sputnik Trio, um power trio de Espanha radicado em Londres – e que conta com Ricardo Tejero, uma referência na música improvisada da capital inglesa – que herdou a linguagem do free jazz americano e que o renova abrindo horizontes. Na quinta-feira, 7 de julho, é a vez dos Ambiq se apresentarem em concerto, um trio suíço que cria uma música ousada, classificada recorrentemente como música eletrónica de câmara com composições improvisadas e plenas de groove. Por fim, a fechar a primeira série de concertos do JiGG, chegam da Áustria os Hang em High, com a presença do imparável músico e produtor Alfred Vogel, para um concerto marcado por uma música sem limites e que, simultaneamente, evoca Coltrane, Morphine ou ainda bandas de heavy metal.
© Hang em high
A segunda série de quatro concertos começa no dia 12 de julho com o projeto Journal Intime, trio francês de músicos virtuosos que aborda de forma original o repertório de Jimi Hendrix. No 13 de julho, regressa Gianluca Petrella, desta vez acompanhado pelo já consagrado, mas igualmente jovem, pianista Giovanni Guidi, um duo que representa em pleno a nova geração do jazz italiano. No dia seguinte, 14 de julho, o duo germano-luxemburguês Georg Ruby e Michel Pilz, este último sendo um dos clarinetistas mais reconhecidos na Europa desde os anos 1960. Por fim, e em jeito de tradição, o JiGG encerra no dia 15 de julho com o grupo alemão Grid Mesh, mais um quarteto colaborativo que marca presença nesta 12.ª edição do festival, e que trará uma música representativa do que é a música improvisada do século XXI, com sons acústicos e eletrónicos a criarem um ambiente de suspense multidimensional.
© Ruby & Pilz por Nelly Stockburger
A 12.ª edição do JiGG visa, assim, proporcionar mais uma visão da atualidade sonora, compartilhando e consagrando a diversidade de expressões da linguagem jazz na Europa, que não cessa de se transformar. Sem mais demoras, os concertos alinhados para colocar na agenda:
05/07, 19h00 – Clocks and Clouds | Portugal.
06/07, 19h00 – Sputnik Trio l Espanha.
07/07, 19h00 – Ambiq l Suíça.
08/07, 19h00 – Hang em High | Austria.
12/07, 19h00 – Journal Intime | França.
13/07, 19h00 – Gianluca Petrella & Giovanni Guidi | Itália.
14/07, 19h00 – Georg Ruby & Michel Pilz | Alemanha e Luxemburgo.
15/07, 19h00 – Grid Mesh | Alemanha.
Alinha em mais edição do Jazz im Goethe Garten? A ir, no próximo julho. •
+ Jazz im Goethe Garten – JiGG
© Fotografia de destaque: Ambiq.
Partilhe com os amigos:
