A sustentabilidade, a qualidade e o trabalho contínuo e articulado entre produtores e trabalhadores espalhados pelo mundo são os pontos fortes de uma viagem que, durante três dias, deu o mote para o primeiro Atelier Nespresso em Portugal, que contou com a presença de dois chefs portugueses e duas boas novas.
Como são os grãos por colher também conhecidos por “cerejas de café”
Por ocasião do 30.º aniversário, e com o intuito de partilhar como é feito o café, a Nespresso criou, entre 21 e 23 de setembro, o primeiro atelier em Portugal, no Mercado de Santa Clara, em Lisboa. Para o efeito, Marta Mimoso, Coffee Ambassador da marca, abordou os três pontos fulcrais na criação de tão apreciada bebida por muitos portugueses – génese do grão, transformação da matéria-prima (a torra do grão de café) e libertação (da máquina para a chávena) – e de quão “seletivos” são na ordem dos trabalhos, pois dos dez por cento de “cafés gourmets”, apenas entre 1 e 2 por cento desta produção “tem o perfil que queremos”, sublinhou, por forma a garantir a qualidade que exigem para o produto final.
Em cena entra, deste modo, a sustentabilidade, o Programa Nespresso AAA para a Qualidade Sustentável, projeto criado em 2003 com o objetivo de acompanhar, em direto, os agricultores, para que a produção de café seja feita através de práticas agrícolas, sociais e ambientais sustentáveis. Ao todo são acompanhados 320 engenheiros agrónomos e técnicos em 12 países espalhados pelo mundo, como Ciro Pereira, administrador da Fazenda Irmãs Pereira, em Minas Gerais, no Brasil, que esteve presente no primeiro dia do atelier.
Grãos verdes depois de lhes ter sido removida a casca e antes de serem torrados
“Só três anos depois do plantio é que as plantas têm capacidade de produção”, afirmou Ciro Pereira, que falou sobre a altura que as plantas podem atingir – “podem chegar aos seis metros de altura, por isso fazemos a poda, para que a planta fique os 70 e os 2,20 metros”, a fim de permitir uma colheita mais célere – e mostrou como acontece a viragem da flor para o fruto (o grão). Segue-se a colheita manual, a seleção – momento em que também é retirada a casca do grão com o auxílio de uma máquina “que separa o grão bom do grão bóia” (o grão bóia é aquele que não corresponde aos parâmetros de qualidade exigidos), nas palavras do convidado – a secagem – feita no chão ou em camas suspensas, as quais são também conhecidas por camas africanas – “para, depois, ser ensacado, para seguir viagem”, continuou o administrador da fazenda do Brasil, e não sem antes ser avaliada a qualidade do grão.
Segundo Ciro Pereira, o processo de produção incide na sustentabilidade em resposta à estratégia The Positive Cup, a fim de que o café utilizado na gama de Grands Crus seja obtido de forma a não esgotar os recursos naturais nem causar impacto ambiental.
Nepal Lamjung e Kilimanjaro Peaberry, os exclusivos para os restaurantes com estrela Michelin
Aqui entram as boas novas. Primeiro o Cafezinho do Brasil, a última Limited Edition da marca, que reflete o aroma do café apreciado no Brasil – encorpado, amargo q.b. e de intensidade 9 –, e que gera uma onda de visitantes pelas fazendas para o experimentar, à semelhança do que acontece com o enoturismo.
No segmento profissional, apresenta dois cafés criados especialmente para restaurantes com estrela Michelin em Portugal, uma vez que são produzidos em quantidades muito limitadas e todo o processo é manual. Falamos do Nespresso Exclusive Selection Nepal Lamjung, com origem no sopé dos Himalaias, e do Exclusive Selection Kilimanjaro Peaberry, criado nas encostas do monte Kilimanjaro, na Tanzânia – o primeiro resulta num café mais escuro e com mais corpo do que o segundo, daí que a intensidade seja 8, ao contrário do segundo, a qual é de 5. Ambos estarão disponíveis nos referidos espaços de restauração a partir de outubro. E para dar a conhecer a versatilidade do café, os chefs Ricardo Costa, do restaurante do The Yeatman (1 estrela Michelin), em Vila Nova de Gaia, e Kiko Martins, de O Talho, Cevicheria e Cafetaria da nova sede da EDP, na avenida 24 de Julho, e um novo espaço para jantares especiais que abrirá portas em breve. •
+ Nespresso
© Fotografia: Gentilmente cedidas pelas Nespresso
Legenda da foto de entrada: Colheita dos grãos de café na Fazenda Irmãs Pereira, em Minas Gerais, no Brasil
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