Álbum ao vivo: “Lotação 136” / Trêsporcento

Um dado concerto dos Trêsporcento , que aconteceu no dia 25 de maio de 2013, foi gravado para álbum e pela Mutante ouviu-se o CD, ao vivo, desta rapaziada. “Lotação 136” foi um concerto gravado na Sala Vermelha do Teatro Aberto em Lisboa, e foi mui especial, para um público de 136 pessoas (capacidade da sala). O que ficou registado e editado, neste disco que teve lançamento marcado para dia 7 de janeiro de 2014 (e foi cumprido). Foi um concerto marcado pela grande de proximidade e cumplicidade para com o público, uma renovada dose de adrenalina ao vivo para ouvir em casa… Sons mais cheios e preenchidos de guitarras que são a grande alma deste projeto, sempre acompanhadas por uma bateria incansável, tão a tempo, tão no ritmo. Com o Tiago, o Lourenço, o António, o Salvador e o Pedro começamos num “Lotação 136” instrumental que nos prepara para as seguintes nove canções que são uma lotação de bom indie rock. Seguimos para “És Mais Sede” porque eles dão-nos sede por ainda melhor música e matam-na porque seguem non stop para “Cascatas“, canção em qualquer ocasião boa, muito boa de se ouvir no ar, onde um palco de guitarras se rasga num despique seguro com as vozes. E entra Capitão Capitão que escreveu “Grande Mentiroso“, um bom momento com o público e que os Trêsporcento reinventam, bem, antes de nos explicarem o que são “Genes” porque tens o meu riso natural o genes não te fizeram mal. “Dás A Mão Que Não Sentes” e “Quero Que Sejas Minha” porque há indie rock romântico, do bom, na lírica e instrumental… dá-me a mão sou teu, eu sei eu sei que o caminho é longo (…) que existe paixão. É neste meio no álbum que o rock abre, ganha território merecido, ganha uma velocidade perfeita porque a letra assim o pede, quero que sejas minha mesmo não sendo, quero-te a ti mesmo não querendo. A viagem continua e “Se Não Queres Estar Presa” a música de Trêsporcento é liberdade, acreditem. Rumamos para a penúltima e tão ouvida “Elefantes Azuis” repetido refrão diz-me o que sou, no estado em que estou e chega o fim perfeito para quem, no fundo, toca e canta emoções e amores. “Espero” é uma das canções fortes destes rapazes e ganha, ao vivo, emoção redobrada e especial com uma viagem alargada pela melodia. Para comprovar que este álbum é escolha certa, é ter o disco.

Álbum gravado por Miguel Mendes e Manuel Pinheiro, misturado e masterizado por Diego Salema Reis @ Islington Arts Factory – Londres, capa sobre fotografia de Joana Barra Vaz. Produzido por Trêsporcento, pela mão d’Azáfama. •

© Fotografia: Sara Quaresma Capitão.