Dias da Música de volta ao CCB

Um dos mais aguardados eventos da capital está de regresso em maio, sob o tema “Mudam-se os tempos… Música para tempos de mudança”

“Arquitetura é música congelada”, terá dito Schopenhauer. E se a arquitetura é a única arte que assiste às mudanças e ao passar do tempo, a música é uma das formas de arte que melhor ilustra essas mudanças. Por isso, porque não assistirmos às mutações à nossa volta rodeados de sons? Dias 2, 3 e 4 de maio o CCB, em Lisboa, abre novamente as suas portas ao festival de música que, este ano, propõe um reflexão sobre esta mudança dos tempos tal como nos é narrada através da arte musicada. Serão abordados compositores que fizeram parte desses muitos mundos que vieram abalar as fronteiras do estabelecido; artistas que fizeram questão de integrar essas mudanças e obras que refletem as alterações nas vidas dos seus criadores, como Monteverdi, Bach, Beethoven, Debussy, Schoenberg, Stravinsky, Shostakovic e Prokofiev, entre outros. São mais de 60 concertos que, no mesmo ambiente informal de sempre, nos irão dar a ouvir e a descobrir música inspirada na História mundial, nas grandes revoluções, nos pontos de viragem, onde não faltará a referência aos 100 anos da 1.ª Guerra Mundial, à Revolução Francesa e às Invasões Napoleónicas e aos 40 anos do 25 de abril.

© Fotografa: Rita Delille

Mas não faltarão também as celebrações de efemérides relacionadas com alguns compositores: Bach (300 anos do nascimento), Jean-Philippe Rameau (250 anos da morte) e Richard Strauss (150 anos do nascimento). Outra “revolução musical” dos Dias da Música será a presença do jazz, com concertos de bandas, como os Desbundixie, a Big Band Junior, e composições de Maurice Ravel e de George Gershwin. E, porque aqui também se fala de mudanças em português, há ainda compositores portugueses para ouvir, como João Domingos Bontempo, Alexandre Delgado, João Madureira, Luís Tinoco, Nuno Corte-Real, Sérgio Azevedo, alguns deles com estreias de obras nos Dias da Música. Mas isto é apenas uma parte do que poderá ser escutado e visto no início de maio, lá para os lados de Belém. O melhor é mesmo ir até lá e não perder nada.

Preços:
Concerto de abertura Grande Auditório, 10,50€ / Galerias, 6€
Concerto de encerramento Grande Auditório, 10,50€ / Galerias, 6€
Todos os outros concertos do Grande Auditório, 9€ / Galerias, 6€
Pequeno Auditório, Sala Sophia de Mello Breyner, Sala Almada Negreiros, Sala Fernando Pessoa, Sala Luís de Freitas Branco, 7€
Sala Amália Rodrigues, 6€
Bilhetes de recinto, 4€
Não há Descontos / Não se aceitam reservas de bilhetes.

www.ccb.pt
© Entrada: Pavel Gomziakov / Fotografia: Felix Broede