Chega hoje às salas de cinema o filme de Jalil Lespert sobre Yves SAint Laurent. O retrato da vida de um homem que revolucionou o mundo da alta costura, imortalizou um estilo e se consagrou um dos expoentes máximos da sofisticação e da elegância. Mas não é apenas sobre este lado pautado pelo talento que versa a história contada no grande ecrã.
A paixão pelo desenho denota a criatividade de Yves Saint Laurent, interpretado – muito bem interpretado e caracterizado, diga-se – por Pierre Niney, pelo mundo da moda transporta-nos para a Paris de 1957 quando, com 21 anos, é nomeado para dirigir o futuro da conceituada casa de Christian Dior, com quem trabalhava desde os 17. Um universo que o cruza com Pierre Bergé (Guillaume Gallienne), por quem se apaixona, e o mergulha em dois mundos paralelos retratado no filme.
Ora dominado pelas suas obsessões e tormentos, paixões e promiscuidades nas noites passadas na capital francesa e na casa do Jardim Majorelle, em Marraquexe; ora marcado pelo talento ímpar, pela elegância, pelo vanguardismo e pela provocação, como a implementação do (le) smoking feminino, esse universo denota uma abordagem moderna e iconoclasta, porque, não nos esqueçamos, foi Yves Saint Laurent quem popularizou o prêt-à-porter, com a abertura do boutique Rive Gauche, em Paris, e o primeiro a usar manequins negras nos desfiles de moda.
A longa metragem de Jalil Lespert, com a participação especial do português Ruben Alves (realizador de “A gaiola dourada”), é uma adaptação do livro homónimo de Laurence Benaim. •
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