Ao vivo: “Estilhaços Cinemáticos”

“Entre Deus e o Diabo”, nunca com um ou com o outro, Adolfo Luxúria Canibal subirá aos palcos com “Estilhaços Cinemáticos”. Um espetáculo spoken word a não perder.

Já vos falámos, em universos Mutante(s), do álbum “Estilhaços Cinemáticos” (aqui) e já partilhámos convosco a conversa que tivemos, com Adolfo Luxúria Canibal, no Majestic (aqui). Convidados pela associação AO NORTE para musicarem oito dos livros publicados na colecção “Os Filmes da Minha Vida”, Adolfo Luxúria Canibal (voz), António Rafael (piano e programação), Henrique Fernandes (contrabaixo) e Jorge Coelho (guitarra) trabalharam a partir da ideia de que quem conta um conto acrescenta um ponto e o resultado é simples: oito filmes, oito livros, oito poemas, oito músicas. O músico compositor e escritor, Adolfo Luxúria Canibal inspirou-se nas imagens dos livros para escrever novos textos, apagando da memória os filmes que deram origem aos livros, os outros três músicos pegaram nos textos saídos da pena original de Adolfo e compuseram novas músicas. A soma, se ainda não ouviram, é exata e perfeita.

“Estilhaços Cinemáticos” começou há dez anos, em 2004, na sequência de um convite feito pelas “Quintas de Leitura” do Teatro do Campo Alegre, no Porto. Na altura, a figura irreverente de Adolfo Luxúria Canibal apresentou um espetáculo de spoken word onde lia textos e poemas do seu livro homónimo, acompanhado ao piano e outros teclados por António Rafael. Um espetáculo musical-poético singular, um novo formato para a voz inconfundível de Adolfo. O formato deu origem à gravação do primeiro disco (2006), homónimo, pela Transporte de Animais Vivos. Mais tarde, na mesma linha, passou a contar com a participação de Henrique Fernandes (contrabaixo) e de Jorge Coelho (guitarra). Prosseguindo com apresentações regulares, o coletivo foi renovando o reportório, acrescentando novos textos e poemas aos inicialmente interpretados. Em 2010, foram convidados para uma sessão de homenagem a Mário Cesariny, e passam a incluir, a par dos escritos de Adolfo Luxúria Canibal, poemas do poeta surrealista, configuração que constituiria a base para uma nova digressão e para a gravação de um novo disco, “Estilhaços e Cesariny” (2011), editado pela Assírio & Alvim. Estilhaços é, portanto, projeto consolidado, música falada. Não. É palavra musicada, não o inverso.

E o que esperam saber. As datas e espaços onde a palavra será musicada:
19/09, (hoje), 22h00 – Biblioteca Almeida Garrett, Porto;
24/09, 21h30 – Teatro Municipal de Bragança,
17/10, 22h30 – Salão Brazil, Coimbra;
23/11, 17h30 – Teatro José Lúcio da Silva, Leiria.

Um espetáculo a não perder e… deixe-se estilhaçar! •

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© Fotografia: Carlos Gomes .