“I want no power procura a utopia. Desprover-se de qualquer tipo de poder. Propondo, apenas, a hipótese de aceitar todos os seres humanos sejam eles como forem. Tratou-se deste tema no feminino. Por haver mais casos de subjugação neste género. Por me ser mais próximo. Por ser mulher (…).”
As palavras são de Andrea Inocência, a autora da exposição “I want no power” feita de fotografias de mulheres, “umas mais alegres e descontraídas, outras mais reservadas”, captadas pela objetiva da artista trans e pluridisciplinar coimbrã, para mostrar quão importante é aceitarmo-nos tal como nós somos “não só em relações amorosas, mas também em relações sociais”.
A exposição é inaugurada hoje, dia 2 de outubro, às 17 horas, na Sala de Exposições Temporárias do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, e está patente até 16 de novembro. As portas do mosteiro estão abertas de terça a domingo, entre as 10 e as 19 horas.
Sobre Andrea Inocêncio (Coimbra, 1977), cuja obra pauta pelo diálogo crítico e irónico associado ao contexto social e político apresentado numa linguagem sem preconceitos e de não-preconceitos, sobretudo em torno da mulher, apraz-nos informar que conta com um vasto currículo de performances individuais e coletivas, desde 1996, passando a sua interdisciplinaridade artística pela fotografia, pela performance, pela instalação, pelo desenho, pela cenografia, por figurinos para teatro… Os seus projetos são desenvolvidos em colaboração com artistas portugueses e internacionais de várias áreas, por forma a explorar a transdisciplinaridade e enriquecer a sua atividade artística; e é fundadora do coletivo de performance Malparidas, com Valeria Cotaimich (Argentina) e Melina Peña (México). •